A bondade é o coração da vida. É ela que sustenta o mundo (não a maldade). Toda bondade humana deriva da bondade de Deus. Por isso, é legítima. Expressões de afeto são formas de traduzir a bondade de Deus ao nosso mundo.


Em termos teológicos, a bondade misericordiosa de Deus chama-se graça (charis em grego) – um conceito fundamental para entender a espiritualidade cristã. É pela graça divina (bondade misericordiosa de Deus) que somos salvos. É pela graça justa (bondade sacrificial de Cristo) que somos reconciliados com a Verdade. Daí somos despertados para uma nova humanidade que tem Jesus como modelo e o Espírito Santo como companheiro.


O que muda então? Começamos a viver o que Paulo, o apóstolo, chama de “viver de acordo com o Espírito”. Em outras palavras, há um jeito diferente de viver, baseado num transcendente, porém real relacionamento com Deus. Essa é a verdadeira espiritualidade: viver pelo Espírito.


Portanto, falar de bondade apenas como um esforço humano é reduzi-la a expressões isoladas de afeto (muitas vezes, no fundo egoístas). A bondade que move a vida procede de Deus e estende-se profundamente a todo aquele que vive segundo o Espírito Santo. Essa dimensão concreta de bondade chama-se graça.

O caminho da graça é o único que faz sentido em um mundo confuso e malvado como o nosso. Como disse certo teólogo, “ela é a cola de Deus para um mundo quebrado”.


Para ler: Efésios 2.8,9, 15, Rm 8.5,6; 12-15.

  1. “O caminho da graça é o único que faz sentido”.. graças ao Bom Deus..Creio que esse caminho não só faz sentido por si, mas também embute sentido onde não havia. Vivamos por ele ainda que traga consequencias difíceis, pois como viver fora dele? Curioso, em um caminho estreito está a grandeza do amor de Deus, não que este seja estreito, mas que sua abundancia se manifesta ali. muito belo texto Lissânder, aliás tenho acompanhado seu blog, não pare!prossigamos..

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