A terra em que eu piso é santa. É santa porque a presença de Deus assim o é. E é santa porque Deus a criou, a sustentou e a abençoou, como um infinito jardim fruto da bondade Dele.

Ontem (30/09/2025), completamos exatos 9 anos em Maringá. É a quarta cidade em que tenho a experiência de morar: de Igarapé-Açu para Belém (PA); de Belém para Viçosa (MG); de Viçosa para Maringá (PR). Em cada uma delas – mesmo sendo tão diferentes umas das outras – a terra era e é santa. Minhas raízes (Igarapé-açu), meus primeiros passos como homem (Belém), minhas maiores escolhas (Viçosa) e minha consolidação como profissional (Maringá) são as pegadas que eu deixo no chão, enquanto caminho.

Certa vez, no Monte Sinai, Deus ordenou a Moisés: “Tire as sandálias dos pés, pois o lugar em que você está é terra santa” (Ex 3.5). Essa é uma das cenas mais incríveis da Bíblia: um pastor de ovelhas se encontra com o Altíssimo! Epifania marcada pelos pés descalços no chão. Sem vestes de luxo, sem discursos pomposos, sem cerimônias elitistas.

A terra é o palco para Deus se encontrar conosco

A terra é o palco para Deus se encontrar conosco. É nela que meus pés se firmam e meus passos seguem em direção ao propósito do Senhor. Foi assim com Moisés que, depois daquele dia, assumiu seu chamado e conduziu um povo inteiro à libertação. É assim com cada um de nós que entende a santidade – não em lugares específicos, mas no chão em que estamos, neste exato momento, pisando. Mesmo que, aos nossos olhos, seja apenas um lugar perdido na vastidão do mundo.

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