Crédito: http://www.flickr.com/photos/naja_helal/

Há um risco eminente em usarmos a palavra “santidade”. Tanto pelo seu desgaste e aversão na geração atual, quanto pela tendência ao legalismo religioso, que nos isola das pessoas e da realidade. A palavra, no original, significa “separado”. Uma separação que tem a ver com resgate. Somos resgatados de uma vida má, e somos colocarmos em solo limpo e seguro. O que torna o termo complexo é que, ao mesmo tempo que somos separados, Deus não nos exime da responsabilidade de continuar junto com os outros que ainda não o foram. Estamos “separados, mas juntos”. Como pode isso? Em João 17.13-19, Jesus foi precisamente certo em dizer que mesmo que não sejamos mais do mundo, Deus nos convoca para continuar lá, expressando o seu amor e lutando contra o Maligno. Como água e óleo que não se misturam, mas que são juntamente utilizados pela cozinheira no preparo da comida.

 

Chamados para ser santos
O caminho da santidade começa com o simples e profundo ouvir de uma voz. A voz de Deus nos chamando para junto dele, para seguir seus passos, para iluminar o mundo. É o que nos ensina Paulo em 1 Coríntios 1.2: “… aos santificados em Cristo Jesus e chamados para serem santos…”. Ouvimos a Voz. Discernimos seu chamado e seguimos integral e radicalmente quem nos chama.

A santidade não é meramente um código de condutas cristãs. É antes de tudo uma caminhada íntima e transformadora com um Deus santo e compassivo. Para isso, como diria Larry Crabb em seu livro “Chega de Regras” (Mundo Cristão), não devemos nos banhar para chegar até Ele. Chegamos, e Ele nos banha. Santificação é ser banhado pelo amor de Deus. Ao ouvir e aceitar a voz divina, somos justificados pelo sacrifício de Jesus. Mas para continuarmos seguindo esta voz em um mundo tão complexo, precisamos ser santificados continuamente.

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