Cenas do cotidiano II
– Belo Horizonte. Pego um táxi. Sérgio, o taxista, fala rápido e é apressado em nos convencer de que ele é bondoso, muito bondoso. Não nos dá chance para contrariá-lo em suas formulações “filosóficas” sobre o gênero feminino, sobre o amor, sobre família e sobre Deus. No final da corrida, ele mostra a foto da avó que hoje tem 103 anos e diz: ela é uma santa! Como gostaria de ser metade do que ela é!
– Domingo. Chego à igreja. No fundo do salão, algumas cadeiras muito bonitas (mais parecem tronos). São reservadas aos líderes. Eles chegam vestidos soberanamente com terno e gravata. Feições concentradas. O pastor fala. As pessoas ouvem.
Depois tem mais…