A relação entre a maldade e a bondade é estranha porque, como são antitéticas, deveriam se anular mutuamente, como matéria e anti-matéria, o que tornaria a existência uma impossibilidade.

Entretanto, a maldade tornou-se dependente da bondade.

Para, quem quer que seja, cometer maldade é preciso existir, desejar, decidir e implementar. Tanto existir como desejar, decidir e implementar são coisas boas em si. Para praticar a maldade é preciso lançar mäo de atributos da bondade e subvertê-los.

Não se pode falar de equilíbrio, porque este exige que o fiel da balança se mantenha no meio, o que determina que não haja encontro entre os opostos. Encontro soma ou provoca mútua anulação.

Algo necessariamente exógeno interferiu e alterou a relação entre elementos antitéticos por definição.

Ariovaldo Ramos (retirado do seu blog pessoal)
http://ariovaldoramos.zip.net/index.html

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