Passado, presente e futuro na Páscoa
Três dias inesquecíveis. A Trindade cumpriu seu plano traçado desde o início, desde quando ela mesma criou o mundo. Pai, Filho e Espírito Santo forjando ininterruptamente a redenção, a fé e a esperança.
O que seria da sexta-feira sem o sábado e sem o domingo? O sábado sem a sexta e sem o domingo? O domingo sem os dois dias anteriores? A vida é mais do que o momento. Ela é toda a história, do início ao fim. Passado, presente e futuro, juntos para contar a verdade completa.
Na sexta-feira, o sofrimento.
No sábado, o silêncio.
No domingo, a alegria.
Talvez nós não saibamos mais conjugar tão bem tais sentimentos e atitudes. Sofremos, mas não aprendemos a silenciar a alma. Às vezes, nos escondemos no silêncio, fugimos dos outros na tentativa ilusória de evitar o sofrimento. E, por fim, tentamos buscar a alegria ansiosamente, mas não aprendemos a lidar com os momentos tristes e com a ausência de palavras.
Que tal olhar para os últimos dias de Jesus Cristo como um roteiro indelével para a vida hoje?
Cada momento tem um universo de significados. Ainda agora, já.
Cada momento é uma oportunidade de revelação de Deus e de sua maravilhosa obra, de expressão do seu infindável amor.
A Páscoa Cristã foi essa janela aberta para as profundezas da eternidade, para o “centro da terra”, para o coração de cada um de nós e, acima de tudo, para a essência de Deus.
Não é um feriado qualquer.
Estamos falando de encontrar o que temos buscado por toda a vida, desde a infância até hoje.
É encontrar um Amor surpreendente, não baseado apenas em palavras e teorias religiosas. É um Amor que se despiu no limite da força, no extremo da existência, vivo, visceral, contracultural, retumbante, despojando os poderes das trevas diante da reluzente ressurreição.
Três dias, três Pessoas em uma só. Três momentos, três sentimentos, três tempos. Todos incrivelmente conectados em uma única pessoa que, com gesto de renúncia voluntária jamais visto, transformou o mundo para sempre.
Bárbara
Surpreendente e emocionante!
Lissânder Dias
Que bom que gostou, Bárbara! Abraço!