Maísa foi líder de Pequeno Grupo (PG)

Maísa (centro) foi líder de Pequeno Grupo (PG)/ Foto: Vocare2016

 

Por Maísa Haddad

Sou envolvida no mundo missionário há 21 anos. Minha mãe foi estudar no Centro Evangélico de Missões (CEM), em Viçosa (MG), quando eu tinha 1 ano de idade, e eu cresci no meio de missionários, de pessoas que tinham algo peculiar dentro de si. Vivi aproximadamente 7 anos no CEM, e descobri desde cedo que pessoas entregavam sua vida a Cristo por amor a Ele e ao próximo.

Era comum achar que eu era cristã e que entendia esse mundo do reino quase paralelo ao mundo “real”. Era normal pra mim me sentir parte de uma igreja, da escola dominical, das boas ações etc. Mas foi com 13 anos, em um acampamento de adolescentes, que eu realmente entendi o que era missão e onde eu me encontrava nela. Tive plena certeza naquele dia que eu queria ser missionária, ainda que para isso eu tivesse que abrir mão de muitas coisas. Mas eu entreguei minha vida a Cristo confiante no cuidado dele.

Participei de alguns cursos preparatórios, fiz trabalhos de evangelização com crianças na África do Sul, programas de impacto na Inglaterra, estudei em escolas de treinamento e me planejei para ser líder de pequenos grupos em um evento chamado Vocare.

Um desses missionários, que me viu crescer, foi quem me chamou para participar do Vocare. Me lembro bem que ele disse: “Maísa, você já é vocacionada. Vá como líder de PG”. Aquilo ficou no meu coração por um ano. Somente na segunda edição do encontro foi que eu pude participar. Arrumei minha mala, preparei minha mochila com bons biscoitos e peguei o avião pro Paraná.

Apesar de eu ter certeza da minha vocação transcultural e de saber que esse é mesmo o caminho que quero e devo seguir, nada foi mais esclarecedor pra minha vida vocacional quanto o Vocare. Eu finalmente entendi, depois de 21 anos nesse meio, que minha missão é apenas ser. Descobrir quem sou, e ser. Finalmente entendi que minha missão não é mostrar algo, mas sim Alguém.

Minha missão é mostrar o Cristo para todos com quem eu estiver, ser o Cristo onde quer que eu esteja. Minha missão é apenas ser Maísa, e utilizar isso em função do reino; compartilhar o tesouro que me foi dado com quem precisa dessa riqueza: que não é riqueza material, é riqueza de alma. Ter plena certeza de que eu nunca serei completamente vocacionada, pois minha vocação é aprimorada todos os dias; e que muito além de ensinar, eu vim aprender. Aprender mais de Deus, aprender mais do outro, aprender a amar. E que se esse amor é inspirado por Deus, que ele seja o transformador da minha geração, o transformador do meu século.

Que esse amor cresça em você e em mim todos os dias, e que amemos os mínimos detalhes, e que descubramos o que é amar com o amor do Pai, que deu seu único filho para morrer por nós.

Meu chamado é amar. Minha vocação é amar. Sejamos o amor de Deus nesse mundo cada dia mais frio. Sejamos Vocare, a voz que clama no deserto e prepara o caminho para o Senhor: o caminho aos corações.

 

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  1. Antonia Leonora van der Meer

    Gostei muito de ler o testemunho da Maísa, a menina, moça que conheço desde que era bebê e vi crescer no conhecimento do Senhor e no compromisso com o testemunho missionário!

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