A arte mambembe de Jota Zer0ff
#artedeproposito
Por Duda Martins
Difícil mesmo é escolher quais os trabalhos de Jota Zer0ff, artista pernambucano, mais mexem com a gente. Jota é grafiteiro, ilustrador, às vezes rabisca os seus devaneios em um moleskine, onde normalmente figuram os carismáticos personagens Lorival e Lico. Desenhos despretensiosos, mas que dizem tanta coisa, que acabam se tornando tatuagens na pele dos apreciadores da sua arte. Mas o que Jota gosta mesmo é da rua. É com essa arte mambembe que lançamos a primeira “Arte de Propósito” de 2016.
JOTA ZER0FF – PERNAMBUCO
AP – Quando você descobriu que queria ser artista?
Zer0ff – Não sei ao exato, eu sempre duvidei que era um. Aos poucos fui me entregando a repercussão que meu trabalho tomava.
AP – O grafite sempre foi persona non grata na sociedade. Apenas de um tempo pra cá tem sido valorizado enquanto arte transformadora do meio urbano. A que você atribui essa mudança de mentalidade?
Zer0ff – A restrição que o museu ainda é pra muitos e demanda de artistas que têm se apropriado das técnicas da arte urbana.
AP – Você já sofreu algum tipo de preconceito por grafitar?
Zer0ff – Que eu me lembro não. Por incrível que pareça, consigo pintar em paz na rua.
AP – E o termo “pixar” de fato é pejorativo? Eu acho massa! Hehehe
Zer0ff – Não acho. Respeito muito a pichação; o graffit nasceu dela. Ela existe antes da escrita, na pintura rupestre.
AP- Onde tu enxergas Deus na tua arte?
Zer0ff – Em tudo, principalmente na capacidade que Ele me deu de assimilar as técnicas e o meu desempenho autodidata.
AP – Qual o melhor momento pra grafitar? E o que tu pensas enquanto desenha?
Zer0ff – Eu tenho um momento particular de quando as ideias começam a transbordar, aí sim é o melhor momento. Não posso forçar, tem que deixar vir. Geralmente minha mente fica limpa ou fico vislumbrado com as cores e formas que vão surgindo.
AP – Você também começou a tatuar as tuas artes e de outros na pele das pessoas. É uma forma de “eternizar” o teu trabalho?
Zer0ff – Também, mas o que me fez entrar na tatuagem foi a curiosidade em uma nova técnica para meu currículo.
AP – Tem algum nome a técnica que tu usa pra grafitar ou pra desenhar? Ou alguma escola? A gente sempre vê bastante pontilhismo.
Zer0ff – Bem, pontilhismo é uma das, mas têm várias outras envolvidas que juntas formam o conceito de todo meu trabalho. Creio que sim, porém aprendi tudo observando outros artistas e artes.
AP – Tenho acompanhado os teus trabalhos e visto que há cada vez mais convites bacanas. Tem algum projeto legal pra 2016 já?
Zer0ff – Bem, prefiro deixar em segredo. hehehe. Deixa as pessoas serem pegas de surpresa.
AP – Qual o desenho que tu fizeste que mais gostou?
Zer0ff – Aprendi a dar importância a todos. Juntos, eles formam a obra que eu mais gosto.
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UMA AMOSTRA DA ARTE DE ZER0FF:
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- Duda Martins tem 27 anos, é cristã, jornalista, atriz e diretora de teatro em Pernambuco. É apaixonada pela palavra “arte” e o que ela representa.
Danyllo Andrade
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Telma Angelo de Farias Gonçalves
Este eu conheço você é fera que Deus continue te abençoado e nunca esqueça o que Ele fez por você.
Virginia
Conhecemos e acompanhamos este artista faz anos! Sempre somos abençoados com o talento que Deus deu a ele!