Toda luz que não podemos ver e o Cristo entre nós
Ainda sob o impacto emocional da nova série da Netflix “Toda luz que não podemos ver”, e refletindo no sermão de ontem do pastor da minha igreja sobre o Cristo entre nós, me vejo, de joelhos, diante da imensidão da realidade.
A série que narra a história de uma menina cega quando as tropas nazistas invadiram Paris em 1944 traz a beleza da vida em meio ao profundo sofrimento da guerra e me ensina que a verdadeira luz é mais forte que a escuridão.
Ouvindo o sermão do Pr. Denis sobre a presença real de Cristo “entre nós”, fui transportado para o solo sagrado da espiritualidade cotidiana e questionado em meu coração sobre com quem, de fato, eu tenho caminhado.
Ambas as referências me levam a um destino: o sofrimento.
As mortes na Faixa de Gaza, os desalentos na Ucrânia e os assassinatos contínuos dos mais vulneráveis nas grandes periferias do mundo (entre outras realidades) me pegam fortemente pelo braço e me mostram que o Evangelho em que creio é maior que minha própria necessidade. Sim, é maior até que a minha própria história. Isso não é diminuir o que sou; ao contrário, é me colocar no lugar certo, na grande história de Deus no mundo.
A última coisa que devemos fazer é manipular o sofrimento. Sofrer é algo imprevisível. Não cabe em nossas teorias mesquinhas.
Sofrer é um esmagamento de percepções e crenças. Sofrer nos faz querer fugir.
Dói. O corpo sente. A alma chora. E parece que uma força contrária vai desidratando nossa esperança.
Não tenho nada a falar sobre como lidar com o sofrimento. Ninguém tem.
Mas uma coisa é certa: a luz é mais forte que a escuridão, mesmo nos tempos e lugares mais sombrios.
A Luz veio e habitou entre nós.
O amor de Deus na dor do outro é solo sagrado e, diante dele, me ponho de joelhos. Em silêncio.
Ali estava a luz verdadeira, que ilumina a todo o homem que vem ao mundo”. (João 1:9 – ACF)
#consciênciadoreino