Perdemos muita coisa quando deixamos de olhar para a vida com olhar de gratidão.

Perdemos porque o que dá sobriedade sobre as causas e os efeitos é um coração grato. Parece fácil, mas não é. Exige humildade, fé e menos egocentrismo, porque gratidão pressupõe a convicção de que o outro fez algo bom em meu favor; não porque sou o centro das coisas, mas por pura graça.

Quem não experimenta o caminho da gratidão, vive desperdiçando. Desperdiça as pequenas conquistas, porque está ocupado procurando outras maiores que nunca virão. Desperdiça legados, porque joga fora o que não o satisfaz mais. Desperdiça relacionamentos, porque ainda acha que felicidade se constrói só com pessoas perfeitas.

A verdade é que a gratidão é um elemento fundamental para encontrarmos alegria num mundo tão confuso, triste, sem confiança e – em muitos aspectos – até absurdo como o nosso.

Sem gratidão, buscamos a felicidade com um coração vazio. Com gratidão, a procura continua, mas com o coração preenchido pelo que já encontramos em outras buscas. Este é o combustível que nos sustentará em tão nobre caminhada.

Eu preciso aprender a ser grato. Muitas vezes não sou. Menosprezo o que tenho de mais precioso e mergulho num mundo cinza de queixas, infantilidades e ilusões.

Que Deus, a fonte de todo contentamento, me faça enxergar o melhor da vida. E então louvá-lo.