O menino
Olha o menino!
Sorri, com lábios compridos.
Vento, vem, vai, me leva.
Alegre brisa se esvai.
Minha vista não.
Dedos, miúdos, lisos,
Toca meus sonhos
E diz: não vai embora.
Já não te vejo, mesmo a olhar.
Corredores escuros, passos curtos.
Não se inventa o sol;
Ele é maior que a invenção.
O menino espera,
Saltitando, sorrindo.
Aguarda, em inebriante paz,
Quando confia naquele que chega.
Há uma verdade profunda,
Já esquecida há tempos.
De tão profunda, esquecida.
Não se vive sem esperar;
Não se apercebe o menino
Sem a esperança de que ele crescerá.
Os olhos não se contentam
com o que está.
O que será é a própria
razão do que é.
Olha o menino!
Ele brinca, ele cresce, ele espera pelo pai!
O menino sou eu.
O menino somos nós.
Edson
Que sejamos esse menino, aos pés do Pai, nos braços dEle, em todo tempo!
Lissânder Dias
Amém!
Carlos
A esperança do povir molda o caráter do hoje…
Que possamos viver plenamente a alegria e a confiança no Pai, como bons meninos!
Lissânder Dias
Que assim seja, Carlos!