Embriaguez
Traga-me a garrafa! Lhe darei o líquido.
O que queres é mais do que podes ter. Basta a ti esperar…
Espera pelo que ainda se faz,
[pelo que se constrói com as mãos e o coração quente.
Traga-me o gole profundo do fel. Beberei; sem prazer, mas beberei.
O que queres é ter o invisível. Basta a ti fechar os olhos…
Olha tua própria face! Tens olhos de amêndoas.
Traga-me o que de melhor há. Juro permanecer em pé, imóvel.
Este é o ambiente que desejo: pessoas indo e vindo, som ao fundo, luz fraca.
Enquanto isso, minha viagem segue rumo ao infinito.
Esperando a próxima embriaguez da poesia,
[mas sempre com os pés no chão.
(Lissânder D. do Amaral)
Albert
ou mto massa!me lembrei de um trecho de um poema do drummond:”Meu verso é minha consolaçãoMeu verso é minha cachaça. Todo mundo tem sua cachaça”