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- 31 de agosto de 2016
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Três gerações de artistas, juntas
Guilherme Kerr, Gerson Borges e Paulo Nazareth
Por Amanda Almeida
Sonhos, oportunidades e transformação são alguns dos elementos essenciais que movem as ações da ChildFund Brasil, que completa 50 anos de atuação no país. Para celebrar esse marco, uma série de apresentações passa por algumas cidades, destacando a atuação de colaboradores e voluntários da organização e a relação entre os padrinhos do projeto e apadrinhados em meio a muita música.
Em Belo Horizonte, o projeto Batuca Lata, do Centro Social de Apoio à Criança e ao Adolescente do Conjunto Paulo VI, abriu a noite, e depois foi a vez de Gerson Borges, Paulo Nazareth e Guilherme Kerr subirem ao palco, com canções autorais que trouxeram temas como convívio, aconchego, justiça social e esperança.
Autor de Ser Evangélico sem Deixar de Ser Brasileiro e responsável pelo convite a Paulo e Guilherme, Gerson Borges sente como se fizesse uma ponte nesse espetáculo. “De um lado temos o Paulinho, 15 anos mais novo que eu, e do outro o Guilherme, 15 anos mais velho que eu. Ao chamá-los, entendi que poderia relacionar a música do Guilherme, que é pastoral e poética, e a do Paulo, jovem e alegre, com a minha, que dialoga tanto com essa tradição quanto com a contemporaneidade”, disse.
As apresentações ainda são chances de reunir amigos. “Desde que comecei a ouvir os discos de Vencedores por Cristo, desejei compor como o Guilherme. O Paulinho sempre me viu tocando na igreja na qual o pai é pastor, e me tem como uma referência, e quando ele mesmo começou a compor, passei a tê-lo como referência também. O corpo de Cristo proporciona essa troca”, afirmou Gerson.
Em uma noite focada nas crianças e em possibilitar oportunidades para seu futuro, Gerson crê que a relação das novas gerações no diálogo entre cultura brasileira e fé cristã será cada vez melhor. “A igreja está começando a perceber que só há uma coisa pior que divinizar a herança europeia e norte-americana: demonizar tudo que é brasileiro. Acho que tanto o livro quanto esse tipo de espetáculo de hoje, com bons artistas e profissionais cristãos, faz com que pontes sejam construídas”, disse o cantor, que concluiu que “a igreja evangélica precisa aprender a ser mais brasileira e o Brasil precisa mais da igreja evangélica”.
Ser evangélico sem deixar de ser brasileiro
O autor revelou estar surpreso com a recepção de seu livro. Gerson temia que pudesse soar como uma obra direcionada apenas a artistas, mas muitos pastores e até pessoas que não são cristãs têm ficado felizes com a proposta e com o formato do livro. “Ele não tem um tom pesado e acadêmico, mas apresenta algo mais próximo a uma conversa pastoral”, explicou.
“Uma amiga minha, que é produtora de vários artistas da música secular, ficou tão empolada com o livro que propôs entregar um exemplar a cada um dos músicos citados nele. Beth Carvalho já recebeu, Diogo Nogueira também. Se continuar assim, vai chegar até ao Gilberto Gil!”, disse Gerson, apontando que a abrangência de público também vêm sendo maior do que ele imaginava.
Outro encontro de artistas
Uma bela surpresa para Gerson Borges foi o encontro com os artistas que elaboraram a capa de Ser Evangélico Sem Deixar de Ser Brasileiro. Pri Sathler (à direita) e seu esposo Rick Szuecs (à esquerda) presentearam Gerson com um quadro com o desenho da capa do livro. “Uau, que surpresa e delícia de presente!”, disse Gerson. “Nós é que fomos presenteados com a oportunidade de trabalhar na capa do seu livro, Gerson!! E ninguém mais do que você merecia ficar com essa escultura/quadro!”, respondeu Pri.
Uma foto publicada por agenda@gersonborges.com (@gersonborges) em
ChildFund Brasil
A ChildFund Brasil é uma organização de desenvolvimento social que apoia crianças, adolescentes, jovens, famílias e comunidades em situação de risco social por meio da elaboração e monitoramento de programas e projetos sociais, para que esses grupos possam exercer com plenitude o direito à cidadania.
No Brasil, a organização beneficia, por meio de projetos sociais, mais de 148 mil pessoas, das quais quase 50 mil são crianças, adolescentes e jovens. Para isso, o ChildFund Brasil conta com a parceria de mais de 40 organizações sociais, que atuam em mais de 40 municípios.
A apresentação em celebração dos 50 anos da ChildFund Brasil é gratuita e ainda passa por Fortaleza, em 14 de setembro. Você pode apadrinhar uma criança, passando a manter contato constante com ela e a contribuir com um valor mensal para possibilitar a manutenção dos projetos, através do site ou ligando para 0300 313 2003.
• Amanda Almeida tem 23 anos e é formada em Comunicação Social pela UFMG. Sua monografia tratou de jornalismo cultural, arte e cristianismo. Amanda escreve para o blog Ultimato Jovem sobre cinema.
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