Opinião
- 08 de fevereiro de 2017
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Terra Prometida? Para quem?
Por Timóteo Carriker
No Novo Testamento* a promessa a respeito Terra Prometida vai muito além da terra de Canaã e abrange o mundo inteiro. Pronto, esta é a resposta curta e direta. Agora, vamos por partes.
A promessa é maior que a terra
Primeiro. Não há nenhuma referência à “Terra Prometida”, “terra de Israel”, “terra por herança” ou frase semelhante no Novo Testamento, a não ser no sermão de Paulo para os judeus registrado em Atos 13.16-41. Ali, Paulo menciona duas promessas: a de herdar a terra de Canaã (v.19) e a promessa de um descendente do Rei Davi (vv.22-25). A primeira promessa, segundo Paulo, já se realizou na conquista de Canaã séculos anteriores. A promessa do descendente de Davi se realizou em Jesus no tempo (atual) de Paulo. Esta é a mesma perspectiva que Paulo desenvolve em Gálatas 3.
Segundo. Quando Paulo finalmente elabora teológica e biblicamente a respeito do futuro de Israel em Romanos 9-11, nada se fala de uma Terra Prometida ou retorno a esta. Mas fala que o cumprimento (“fim”) das promessas de Deus para eles e para todos está no Messias (Romanos 10.4). Esta perspectiva já foi prevista na introdução desta carta (1.1-4) e serve de base teológica da carta toda. A esperança de Israel não está na terra, mas na vinda do Libertador de Sião (11.25-26), claramente uma referência ao Messias Jesus.
Como as promessas de terra no Antigo Testamento são vinculadas à promessa de descendência, e como a descendência de Abraão se cumpriu em Jesus e por meio de Jesus aos seus discípulos (este é o consenso comum de todos os autores do Novo Testamento), da perspectiva cristã não se pode mais conceber a dimensão geográfica da promessa de terra sem passar pelo cumprimento da promessa da dimensão geográfica do messias, e esta dimensão é declaradamente universal, tanto na previsão do Antigo Testamento como na afirmação do Novo.
Terceiro. Paulo, de fato, cita em Efésios 6.2-3 a promessa de terra que se encontra em Êxodo 20.12 e Deuteronômio 5.16, só que, pela troca simples em hebraico da preposição “em” (“na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá”) – veja Êxodo e Deuteronômio – para “sobre” (“sobre a terra”) em grego e não cita “que o SENHOR, teu Deus, te dá” (o hebraico permite os dois). Ou seja, Paulo entendeu que a referência a uma terra específica no Antigo Testamento se refere, a partir da nova época inaugurada por Jesus, à terra em geral, isto é, o mundo inteiro.
Quarto. A mesma perspectiva está por trás da “Grande Comissão” em Mateus 28.18-20 (“fazei discípulos de todas as nações”), Marcos 16.15-16 (“ide por todo o mundo”), Lucas 24.44-47 (“pregasse... a todas as nações), João 1.16 (“pois Deus amou ao mundo de tal maneira) e Atos 1.8 (“até aos confins da terra”).
A promessa dentro da promessa
Enfim, a promessa de uma terra específica no Antigo Testamento faz parte da promessa maior de Abraão e seus descendentes abençoarem todas as famílias da terra (Gn 12.1-3). Mais especificamente, a promessa para o maior rei de Israel – Davi –, de ter um descendente, é colocado em termos do seu reinado não apenas na terra de Israel, e sim no mundo inteiro (Sl 72.8), inclusive como cumprimento das promessas de Deus para Abraão (Sl 72.17) que acabamos de mencionar. E isso com a finalidade de que o conhecimento da glória de Deus encha toda a terra (Sl 72.19). Claramente, portanto, a Grande Comissão deve ser entendida dentro das promessas de terra que Deus deu para Abraão e todo o Israel.
O princípio por trás desta reinterpretação por Paulo e os outros autores do Novo Testamento não é a anulação da Lei, mas seu cumprimento. Ou seja, a lei é interiorizada e intensificada, jamais diminuída. Veja os múltiplos exemplos de Jesus no seu Sermão no Monte (Mateus 5.17-48). Também acredito que ampliação da Terra de Israel para o mundo todo está na base da descrição da Nova Jerusalém em Apocalipse 21-22, mas a linguagem confessadamente permite múltiplas interpretações. Uma coisa está clara, porém: o tamanho da cidade comporta as nações (21.24-26).
Agora, levanto uma pergunta: por que esta perspectiva não é tão popular hoje?
Por que está essencialmente equivocada ou por que ainda sofremos, como no primeiro século, de uma tendência de não levar em conta o Novo Testamento ao interpretar as promessas de Deus no Antigo Testamento?
Ainda debaixo da lei?
Acredito que o perigo dos judaizantes – no Novo Testamento, aqueles que insistiram, para si e para os gentios, na validade contínua da Lei sem considerar o seu cumprimento no Messias – ainda está conosco.
Digo isto, porque, apesar do ensino de Paulo, reconhecido pela igreja como inspirado pelo Espirito Santo, o movimento dos “zelosos pela lei” (Atos 21.20-21) – fariseus cristãos que entendiam que a interpretação do Antigo Testamento permanece sem revelação posterior –, sobreviveu e até cresceu não apenas durante os primeiros séculos (nos ebionitas e nos nazarenos), mas levantou se reergueu diversas vezes ao longo da história, através de diversos grupos e de diversas maneiras.
Evidentemente era uma influência na formação do islã, se manifestou no século XVI na Rússia e até hoje sobrevive em ensinos da igreja adventista, no evangelicalismo popular e na teologia dispensacionalista – que amplia as duas dispensações reconhecidas no Novo Testamento em sete e nega a autoridade conclusiva da atual dispensação da graça de Deus.
A promessa da Graça
É unicamente pela graça de Deus que somos salvos. Este era o consenso dos reformadores protestantes a respeito da colocação de Paulo em Efésios 2.8-9.
Embora a palavra “unicamente” em si não apareça na passagem, esta é a maneira mais óbvia de interpretá-la, especialmente à luz da discussão de Paulo em Romanos 3. A divisão dos primeiros cristãos entre aqueles que seguiam esta perspectiva (hoje, grosso modo, chamamos esta perspectiva de “teologia da aliança”) e aqueles que não entendiam nenhuma modificação na legislação da lei (os judaizantes), continua se manifestando.
No caso da promessa de Deus para o seu povo ocupar a terra de Canaã, a partir de Cristo, ela se amplia. Amplia-se porque o conceito de Israel se cumpre e assim passa de, simplesmente Israel, para o Israel de Deus (Gálatas 6.16, veja também 3.29 e a discussão toda do capítulo 4). E isto já era previsto como o propósito da vocação de Abraão e os seus descendentes que constituíram o povo judeu: de abençoar todas as famílias da terra (Gênesis 12.3). Logo, o domínio geográfico de Israel eventualmente só poderia ser o domínio geográfico do seu descendente, o Messias, que seria sobre toda a terra (Salmo 72.8, veja a amplitude como “céu e terra” em Efésios 1.10, 23, Colossenses 1.20, Filipenses 1.10 e semelhantemente “todas as coisas” em 1 Coríntios 15.24-27).
O futuro de Israel
Talvez, ainda permaneça a pergunta na cabeça do leitor sobre o que diremos a respeito das promessas de Deus para o Israel físico, os judeus.
Foi exatamente este o assunto de uma longa elaboração por Paulo em Romanos 9-11, cujo centro é Romanos 10.4: “o Messias é o fim da Lei para a justiça de todo aquele que crê”. Isto significa que o Israel de Romanos 11.26 (“e assim todo Israel será salvo”) só pode ser entendido como o Israel crente composto de judeus e gentios que creem! E se for assim com o cumprimento das promessas e da vocação dada para Abraão, é fácil entender porque nesta longa passagem sobre o futuro de Israel, nada se fala de uma terra prometida. E quando Paulo finalmente cita as passagens clássicas a respeito da terra prometida (Efésios 6.2-3), ele amplia o conceito para se referir a terra toda.
Tudo isso é a base fundamental para toda a discussão contemporânea a respeito do país atual que se chama “Estado de Israel” cujos cidadãos são judeus (75%), muçulmanos (17%), sem religião (3%), drusos (2%), cristãos (2%) e outros. Mas isto é outra história, mais longa e mais complexa.
A cruz de Cristo estabeleceu uma encruzilhada – uma separação do véu (a velha dispensação) –, e precisamos perguntar de que lado da cruz nós estamos: do lado de cá que se caracteriza pela graça de Deus ou o lado de lá onde rege ainda a Lei como babá?
*Para entender melhor o contexto bíblico apresentado no artigo, leia também A promessa de terra para Israel no Novo Testamento.
Leia Mais
De Quem é a Terra Santa? O contínuo conflito entre Israel e a Palestina
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A promessa é maior que a terra
Primeiro. Não há nenhuma referência à “Terra Prometida”, “terra de Israel”, “terra por herança” ou frase semelhante no Novo Testamento, a não ser no sermão de Paulo para os judeus registrado em Atos 13.16-41. Ali, Paulo menciona duas promessas: a de herdar a terra de Canaã (v.19) e a promessa de um descendente do Rei Davi (vv.22-25). A primeira promessa, segundo Paulo, já se realizou na conquista de Canaã séculos anteriores. A promessa do descendente de Davi se realizou em Jesus no tempo (atual) de Paulo. Esta é a mesma perspectiva que Paulo desenvolve em Gálatas 3.
Segundo. Quando Paulo finalmente elabora teológica e biblicamente a respeito do futuro de Israel em Romanos 9-11, nada se fala de uma Terra Prometida ou retorno a esta. Mas fala que o cumprimento (“fim”) das promessas de Deus para eles e para todos está no Messias (Romanos 10.4). Esta perspectiva já foi prevista na introdução desta carta (1.1-4) e serve de base teológica da carta toda. A esperança de Israel não está na terra, mas na vinda do Libertador de Sião (11.25-26), claramente uma referência ao Messias Jesus.
Como as promessas de terra no Antigo Testamento são vinculadas à promessa de descendência, e como a descendência de Abraão se cumpriu em Jesus e por meio de Jesus aos seus discípulos (este é o consenso comum de todos os autores do Novo Testamento), da perspectiva cristã não se pode mais conceber a dimensão geográfica da promessa de terra sem passar pelo cumprimento da promessa da dimensão geográfica do messias, e esta dimensão é declaradamente universal, tanto na previsão do Antigo Testamento como na afirmação do Novo.
Terceiro. Paulo, de fato, cita em Efésios 6.2-3 a promessa de terra que se encontra em Êxodo 20.12 e Deuteronômio 5.16, só que, pela troca simples em hebraico da preposição “em” (“na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá”) – veja Êxodo e Deuteronômio – para “sobre” (“sobre a terra”) em grego e não cita “que o SENHOR, teu Deus, te dá” (o hebraico permite os dois). Ou seja, Paulo entendeu que a referência a uma terra específica no Antigo Testamento se refere, a partir da nova época inaugurada por Jesus, à terra em geral, isto é, o mundo inteiro.
Quarto. A mesma perspectiva está por trás da “Grande Comissão” em Mateus 28.18-20 (“fazei discípulos de todas as nações”), Marcos 16.15-16 (“ide por todo o mundo”), Lucas 24.44-47 (“pregasse... a todas as nações), João 1.16 (“pois Deus amou ao mundo de tal maneira) e Atos 1.8 (“até aos confins da terra”).
A promessa dentro da promessa
Enfim, a promessa de uma terra específica no Antigo Testamento faz parte da promessa maior de Abraão e seus descendentes abençoarem todas as famílias da terra (Gn 12.1-3). Mais especificamente, a promessa para o maior rei de Israel – Davi –, de ter um descendente, é colocado em termos do seu reinado não apenas na terra de Israel, e sim no mundo inteiro (Sl 72.8), inclusive como cumprimento das promessas de Deus para Abraão (Sl 72.17) que acabamos de mencionar. E isso com a finalidade de que o conhecimento da glória de Deus encha toda a terra (Sl 72.19). Claramente, portanto, a Grande Comissão deve ser entendida dentro das promessas de terra que Deus deu para Abraão e todo o Israel.
O princípio por trás desta reinterpretação por Paulo e os outros autores do Novo Testamento não é a anulação da Lei, mas seu cumprimento. Ou seja, a lei é interiorizada e intensificada, jamais diminuída. Veja os múltiplos exemplos de Jesus no seu Sermão no Monte (Mateus 5.17-48). Também acredito que ampliação da Terra de Israel para o mundo todo está na base da descrição da Nova Jerusalém em Apocalipse 21-22, mas a linguagem confessadamente permite múltiplas interpretações. Uma coisa está clara, porém: o tamanho da cidade comporta as nações (21.24-26).
Agora, levanto uma pergunta: por que esta perspectiva não é tão popular hoje?
Por que está essencialmente equivocada ou por que ainda sofremos, como no primeiro século, de uma tendência de não levar em conta o Novo Testamento ao interpretar as promessas de Deus no Antigo Testamento?
Ainda debaixo da lei?
Acredito que o perigo dos judaizantes – no Novo Testamento, aqueles que insistiram, para si e para os gentios, na validade contínua da Lei sem considerar o seu cumprimento no Messias – ainda está conosco.
Digo isto, porque, apesar do ensino de Paulo, reconhecido pela igreja como inspirado pelo Espirito Santo, o movimento dos “zelosos pela lei” (Atos 21.20-21) – fariseus cristãos que entendiam que a interpretação do Antigo Testamento permanece sem revelação posterior –, sobreviveu e até cresceu não apenas durante os primeiros séculos (nos ebionitas e nos nazarenos), mas levantou se reergueu diversas vezes ao longo da história, através de diversos grupos e de diversas maneiras.
Evidentemente era uma influência na formação do islã, se manifestou no século XVI na Rússia e até hoje sobrevive em ensinos da igreja adventista, no evangelicalismo popular e na teologia dispensacionalista – que amplia as duas dispensações reconhecidas no Novo Testamento em sete e nega a autoridade conclusiva da atual dispensação da graça de Deus.
A promessa da Graça
É unicamente pela graça de Deus que somos salvos. Este era o consenso dos reformadores protestantes a respeito da colocação de Paulo em Efésios 2.8-9.
Embora a palavra “unicamente” em si não apareça na passagem, esta é a maneira mais óbvia de interpretá-la, especialmente à luz da discussão de Paulo em Romanos 3. A divisão dos primeiros cristãos entre aqueles que seguiam esta perspectiva (hoje, grosso modo, chamamos esta perspectiva de “teologia da aliança”) e aqueles que não entendiam nenhuma modificação na legislação da lei (os judaizantes), continua se manifestando.
No caso da promessa de Deus para o seu povo ocupar a terra de Canaã, a partir de Cristo, ela se amplia. Amplia-se porque o conceito de Israel se cumpre e assim passa de, simplesmente Israel, para o Israel de Deus (Gálatas 6.16, veja também 3.29 e a discussão toda do capítulo 4). E isto já era previsto como o propósito da vocação de Abraão e os seus descendentes que constituíram o povo judeu: de abençoar todas as famílias da terra (Gênesis 12.3). Logo, o domínio geográfico de Israel eventualmente só poderia ser o domínio geográfico do seu descendente, o Messias, que seria sobre toda a terra (Salmo 72.8, veja a amplitude como “céu e terra” em Efésios 1.10, 23, Colossenses 1.20, Filipenses 1.10 e semelhantemente “todas as coisas” em 1 Coríntios 15.24-27).
O futuro de Israel
Talvez, ainda permaneça a pergunta na cabeça do leitor sobre o que diremos a respeito das promessas de Deus para o Israel físico, os judeus.
Foi exatamente este o assunto de uma longa elaboração por Paulo em Romanos 9-11, cujo centro é Romanos 10.4: “o Messias é o fim da Lei para a justiça de todo aquele que crê”. Isto significa que o Israel de Romanos 11.26 (“e assim todo Israel será salvo”) só pode ser entendido como o Israel crente composto de judeus e gentios que creem! E se for assim com o cumprimento das promessas e da vocação dada para Abraão, é fácil entender porque nesta longa passagem sobre o futuro de Israel, nada se fala de uma terra prometida. E quando Paulo finalmente cita as passagens clássicas a respeito da terra prometida (Efésios 6.2-3), ele amplia o conceito para se referir a terra toda.
Tudo isso é a base fundamental para toda a discussão contemporânea a respeito do país atual que se chama “Estado de Israel” cujos cidadãos são judeus (75%), muçulmanos (17%), sem religião (3%), drusos (2%), cristãos (2%) e outros. Mas isto é outra história, mais longa e mais complexa.
A cruz de Cristo estabeleceu uma encruzilhada – uma separação do véu (a velha dispensação) –, e precisamos perguntar de que lado da cruz nós estamos: do lado de cá que se caracteriza pela graça de Deus ou o lado de lá onde rege ainda a Lei como babá?
*Para entender melhor o contexto bíblico apresentado no artigo, leia também A promessa de terra para Israel no Novo Testamento.
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De Quem é a Terra Santa? O contínuo conflito entre Israel e a Palestina
teólogo, missionário da Igreja Presbiteriana Independente, capelão d’A Rocha Brasil e surfista nas horas vagas. Pela Editora Ultimato, é autor de O Propósito de Deus e a Nossa Vocação, A Visão Missionária na Bíblia e Trabalho, Descanso e Dinheiro. É blogueiro da Ultimato.
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