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- 26 de fevereiro de 2019
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Sem graça e sem nutrientes
Mais do que notícia
Por Marcelo Renan D. Santos
Muita gente reclama que os alimentos hoje são mais sem graça do que antigamente ou que os alimentos orgânicos são mais saborosos do que os não orgânicos. Isso é uma característica atual das variedades de alimentos cultivados em escala. Em busca de variedades mais produtivas e resistentes, o sabor nem sempre é priorizado.
Além da falta de sabor, um estudo recente publicado na revista científica Nature mostra que as plantas no futuro terão menores níveis de nutrientes também. Isso acontecerá devido aos altos níveis de CO2 na atmosfera, que interferem na captação de nutrientes pelas plantas. Alguns alimentos serão mais pobres em zinco, ferro e proteínas, aumentando ainda mais o déficit nutricional, especialmente em países pouco desenvolvidos, cujas populações já sofrem com a insegurança alimentar.
Inicialmente achava-se que os impactos decorrentes do aquecimento global seriam em relação à produção de alimentos, porém a crise climática também deixará os alimentos mais pobres.
Assumindo que a trajetória de elevação de CO2 na atmosfera alcance 500 ppm (partes por milhão) em 2050, o que é bem provável, 175 milhões de pessoas a mais serão deficientes em zinco, 122 milhões serão deficientes em proteínas e 1,4 bilhão de crianças e mulheres gestantes viverão em regiões com alto risco de apresentar anemia, sendo 662 milhões por deficiência de ferro.
Esse estudo vem em boa hora, num momento em que falar de aquecimento global e mudanças climáticas está fora de moda. Devemos vigiar, pois o aquecimento global está aí. As mudanças climáticas estão a todo vapor, e a cada dia somam-se perspectivas negativas sobre esse assunto, ainda mais quando grandes líderes mundiais estão voltando suas costas para isso, por causa de ideais econômicos. Como cristãos, precisamos estar atentos e mostrar para a sociedade, com nossas atitudes, que nos importamos com o futuro da criação divina. Vale a pena nos lembrarmos de 1 Pedro 2.16. Temos a liberdade de fazer escolhas no nosso dia a dia que diminuam o aquecimento global, portanto não devemos usar dela para escolher o mal. Sejamos ecologicamente corretos.
Nota: Notícia originalmente publicada na edição 375 de Ultimato.
• Marcelo Renan D. Santos, médico veterinário e ecólogo, congrega na Igreja Batista da Praia do Canto, em Vitória, ES.
Leia mais
» O que a igreja precisa saber sobre alimentação e fome no mundo
» Feijão com arroz. Veneno e amargura
» Jesus e a Terra
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Muita gente reclama que os alimentos hoje são mais sem graça do que antigamente ou que os alimentos orgânicos são mais saborosos do que os não orgânicos. Isso é uma característica atual das variedades de alimentos cultivados em escala. Em busca de variedades mais produtivas e resistentes, o sabor nem sempre é priorizado.
Além da falta de sabor, um estudo recente publicado na revista científica Nature mostra que as plantas no futuro terão menores níveis de nutrientes também. Isso acontecerá devido aos altos níveis de CO2 na atmosfera, que interferem na captação de nutrientes pelas plantas. Alguns alimentos serão mais pobres em zinco, ferro e proteínas, aumentando ainda mais o déficit nutricional, especialmente em países pouco desenvolvidos, cujas populações já sofrem com a insegurança alimentar.
Inicialmente achava-se que os impactos decorrentes do aquecimento global seriam em relação à produção de alimentos, porém a crise climática também deixará os alimentos mais pobres.
Assumindo que a trajetória de elevação de CO2 na atmosfera alcance 500 ppm (partes por milhão) em 2050, o que é bem provável, 175 milhões de pessoas a mais serão deficientes em zinco, 122 milhões serão deficientes em proteínas e 1,4 bilhão de crianças e mulheres gestantes viverão em regiões com alto risco de apresentar anemia, sendo 662 milhões por deficiência de ferro.
Esse estudo vem em boa hora, num momento em que falar de aquecimento global e mudanças climáticas está fora de moda. Devemos vigiar, pois o aquecimento global está aí. As mudanças climáticas estão a todo vapor, e a cada dia somam-se perspectivas negativas sobre esse assunto, ainda mais quando grandes líderes mundiais estão voltando suas costas para isso, por causa de ideais econômicos. Como cristãos, precisamos estar atentos e mostrar para a sociedade, com nossas atitudes, que nos importamos com o futuro da criação divina. Vale a pena nos lembrarmos de 1 Pedro 2.16. Temos a liberdade de fazer escolhas no nosso dia a dia que diminuam o aquecimento global, portanto não devemos usar dela para escolher o mal. Sejamos ecologicamente corretos.
Nota: Notícia originalmente publicada na edição 375 de Ultimato.
• Marcelo Renan D. Santos, médico veterinário e ecólogo, congrega na Igreja Batista da Praia do Canto, em Vitória, ES.
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