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- 14 de maio de 2019
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Hortas comunitárias: serviço cristão
Meio Ambiente
Por Marcelo Renan D. Santos
Você imaginaria que as hortas urbanas respondem por 20% da produção de alimentos no mundo? Elas são uma importante alternativa de geração de renda e segurança alimentar para populações carentes das cidades, especialmente no terceiro mundo, segundo o relatório Estado do Mundo – Inovações que nutrem o planeta, do Worldwatch Institute, divulgado em 2011. A agricultura urbana é uma atividade incentivada pela ONU como estratégia de aumento da resiliência das cidades e adaptação às mudanças climáticas e um importante elemento na segurança alimentar da população.
Diversas cidades têm investido em hortas comunitárias. Detroit, Estados Unidos, criou um bairro agrícola dentro da cidade em parceria com a Universidade de Michigan que fornece alimentos gratuitamente para 2 mil famílias. Espaço não é problema, como ilustram a horta flutuante sobre uma balsa no rio Hudson em Nova York ou os telhados de um shopping em São Paulo. Também em São Paulo, a Horta das Corujas, na Vila Madalena, foi uma das primeiras que surgiram a partir de movimentos coletivos impulsionados pelas redes sociais. Além da produção de alimentos, as hortas urbanas são espaços de convivência, de organização social e de educação.
Em Vitória, ES, a Igreja Batista da Praia do Canto mantém uma fundação beneficente (FBPC) que atende crianças no contraturno escolar, em um bairro de periferia que tinha uma área ociosa. Alguns membros da igreja propuseram a criação de uma horta para produzir alimentos frescos para a própria cozinha da fundação e também para capacitar os alunos e pais na atividade de horticultura, gestão de resíduos, preparo e comercialização de alimentos. As atividades relacionadas à horta urbana podem melhorar as condições de vida para familiares desocupados das crianças atendidas, oferecendo possibilidade de geração de renda complementar, senso de valor e autoestima.
Com as hortas, além das 120 crianças já atendidas, a fundação pretende atender trinta famílias de baixa renda que estão em situação de desemprego ocupando-as com atividades positivas, geradoras de autoestima, como capacitar-se e buscar novas fontes de renda complementar. Nesse aspecto a agricultura urbana traz uma gama de possibilidades de aprendizado e oportunidades que podem ser a linha divisória entre uma situação de fracasso social e sucesso.
As hortas urbanas são mais uma excelente oportunidade para as nossas igrejas se engajarem na comunidade, com legitimidade, serviço cristão e amor ao próximo, além de contribuírem para a reconciliação entre o homem e a criação, tão distante de nós no mundo cimentado e cinza das cidades.
Notícia originalmente publicada na edição 373 de Ultimato.
Leia mais:
» Hortas familiares: uma boa ideia
» A esperança floresce no semiárido nordestino
Por Marcelo Renan D. Santos
Você imaginaria que as hortas urbanas respondem por 20% da produção de alimentos no mundo? Elas são uma importante alternativa de geração de renda e segurança alimentar para populações carentes das cidades, especialmente no terceiro mundo, segundo o relatório Estado do Mundo – Inovações que nutrem o planeta, do Worldwatch Institute, divulgado em 2011. A agricultura urbana é uma atividade incentivada pela ONU como estratégia de aumento da resiliência das cidades e adaptação às mudanças climáticas e um importante elemento na segurança alimentar da população.
Diversas cidades têm investido em hortas comunitárias. Detroit, Estados Unidos, criou um bairro agrícola dentro da cidade em parceria com a Universidade de Michigan que fornece alimentos gratuitamente para 2 mil famílias. Espaço não é problema, como ilustram a horta flutuante sobre uma balsa no rio Hudson em Nova York ou os telhados de um shopping em São Paulo. Também em São Paulo, a Horta das Corujas, na Vila Madalena, foi uma das primeiras que surgiram a partir de movimentos coletivos impulsionados pelas redes sociais. Além da produção de alimentos, as hortas urbanas são espaços de convivência, de organização social e de educação.
Em Vitória, ES, a Igreja Batista da Praia do Canto mantém uma fundação beneficente (FBPC) que atende crianças no contraturno escolar, em um bairro de periferia que tinha uma área ociosa. Alguns membros da igreja propuseram a criação de uma horta para produzir alimentos frescos para a própria cozinha da fundação e também para capacitar os alunos e pais na atividade de horticultura, gestão de resíduos, preparo e comercialização de alimentos. As atividades relacionadas à horta urbana podem melhorar as condições de vida para familiares desocupados das crianças atendidas, oferecendo possibilidade de geração de renda complementar, senso de valor e autoestima.
Com as hortas, além das 120 crianças já atendidas, a fundação pretende atender trinta famílias de baixa renda que estão em situação de desemprego ocupando-as com atividades positivas, geradoras de autoestima, como capacitar-se e buscar novas fontes de renda complementar. Nesse aspecto a agricultura urbana traz uma gama de possibilidades de aprendizado e oportunidades que podem ser a linha divisória entre uma situação de fracasso social e sucesso.
As hortas urbanas são mais uma excelente oportunidade para as nossas igrejas se engajarem na comunidade, com legitimidade, serviço cristão e amor ao próximo, além de contribuírem para a reconciliação entre o homem e a criação, tão distante de nós no mundo cimentado e cinza das cidades.
Notícia originalmente publicada na edição 373 de Ultimato.
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