Por Escrito
- 18 de maio de 2017
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Em um janeiro de luz fui iluminado
Por Carlinhos Veiga
Eram os primeiros meses de 1980 quando recebemos em casa a visita de alguns parentes do interior. Havia algum tempo que o meu primo Israel se mudara para a capital com o fim de fazer o segundo grau e se preparar para a universidade. Nessa altura éramos dois rapazolas saindo da adolescência que tinham o gosto comum pela música.
Em nossas conversas surgiu a ideia: porque a gente não se prepara para o vestibular juntos? Assim o Israel praticamente se mudou para a nossa casa. Fazíamos o pré-vestibular à noite e durante o dia seguíamos no segundo grau. Sempre sobrava um tempo para as cantorias.
Certa feita ele me disse que não iria assistir as últimas aulas da quarta-feira porque tinha um compromisso. Iria tocar num culto de formatura. E me convidou a passar por lá mais tarde. Culto? Eu?!?, pensei.
Minha família era católica nominal. Íamos raras vezes às missas. E, confesso, não era um programa que me atraía. Mas naquele dia atendi ao convite do Israel. Saí da formatura impactado pelas orações, pelo ambiente e pelas músicas.
Dali em diante passei a me oferecer para ir aos cultos dominicais com ele. No início de 1981 foi realizado o Acampamento da Juventude e eu fui convidado a participar. Ali Deus se revelou a mim de uma maneira maravilhosa. Enquanto a Palavra de Deus era pregada num culto da fogueira, a minha mente divagava em mil questionamentos sobre a minha vida, sobre o meu futuro, sobre a minha necessidade de Deus. Foi algo que não consigo descrever completamente, mas era como se Deus me acolhesse em seus braços e dissesse: “Venha, meu filho, eu quero ser o Seu Salvador e Senhor”. Era o dia 20 de janeiro de 1981. Eu estava com 17 anos de idade.
Meses depois eu fui batizado na igreja evangélica. Rapidamente me envolvi na música e depois com a liderança da mocidade da igreja. Na faculdade conheci um grupo ousado de jovens que se reunia no intervalo para pregar o Evangelho aos estudantes. Era um dos clubinhos bíblicos da missão Mocidade Para Cristo. Comecei a participar dos clubinhos, depois passei a colaborar no Clubão (reunião dos clubinhos que acontecia no sábado à noite).
Em 1985 fui desafiado a trabalhar como obreiro da MPC. Com a anuência dos meus pais deixei a promissora profissão no banco e dediquei-me integralmente à pregação do Evangelho. Assumi a secretaria executiva da MPC em Goiânia e depois da região Centro-Oeste. O caminho foi muito rápido. Deus estava conduzindo todas as coisas. Meses depois me casei com a Cláudia, que passou
a partilhar comigo dos mesmos projetos.
Já se passaram 36 anos desde aquele maravilhoso janeiro de luz. Não tenho a menor dúvida em dizer que foi o mais surpreendente evento da minha vida. Supera a todos. Foi o dia em que a minha vida encontrou sentido e significado, ao perceber que Deus não é uma religião enfadonha e descontinuada, mas uma pessoa que me convida a caminhar com Ele todos os dias. Jesus me encontrou em minhas trevas de dúvidas e medos. Ele me salvou!
Caminhamos muito desde então. Nessa jornada fui conhecendo melhor o meu Senhor e sendo por Ele transformado. Olho adiante e vejo que tenho uma eternidade de conhecimento pela frente.
Obrigado, meu Senhor por ter me encontrado. Obrigado pela transformação que continua operando em mim através do Espírito Santo, da Tua Palavra e da Tua Igreja. Obrigado por minha família que, pela Tua graça, segue no mesmo caminho para o qual um dia fui chamado a seguir. Use a minha vida para que outros também possam ser encontrados por Ti. Usa o pouco que tenho e o pouco que sou. Que a Tua luz resplandeça nas trevas de tantos ao meu redor através dos Teus reflexos em mim.
• Carlinhos Veiga é pastor, músico e jornalista. Conheça o blog do autor.
Leia mais
Biografia: Carlinhos Veiga
Religioso era, mas perdido estava [Ary Velloso]
Jesus transformou a minha vida e tornou fecundo o meu caminho [Ebenézer Ferreira]
Surpreendido pela Alegria [C.S. Lewis]
Eram os primeiros meses de 1980 quando recebemos em casa a visita de alguns parentes do interior. Havia algum tempo que o meu primo Israel se mudara para a capital com o fim de fazer o segundo grau e se preparar para a universidade. Nessa altura éramos dois rapazolas saindo da adolescência que tinham o gosto comum pela música.
Em nossas conversas surgiu a ideia: porque a gente não se prepara para o vestibular juntos? Assim o Israel praticamente se mudou para a nossa casa. Fazíamos o pré-vestibular à noite e durante o dia seguíamos no segundo grau. Sempre sobrava um tempo para as cantorias.
Certa feita ele me disse que não iria assistir as últimas aulas da quarta-feira porque tinha um compromisso. Iria tocar num culto de formatura. E me convidou a passar por lá mais tarde. Culto? Eu?!?, pensei.
Minha família era católica nominal. Íamos raras vezes às missas. E, confesso, não era um programa que me atraía. Mas naquele dia atendi ao convite do Israel. Saí da formatura impactado pelas orações, pelo ambiente e pelas músicas.
Dali em diante passei a me oferecer para ir aos cultos dominicais com ele. No início de 1981 foi realizado o Acampamento da Juventude e eu fui convidado a participar. Ali Deus se revelou a mim de uma maneira maravilhosa. Enquanto a Palavra de Deus era pregada num culto da fogueira, a minha mente divagava em mil questionamentos sobre a minha vida, sobre o meu futuro, sobre a minha necessidade de Deus. Foi algo que não consigo descrever completamente, mas era como se Deus me acolhesse em seus braços e dissesse: “Venha, meu filho, eu quero ser o Seu Salvador e Senhor”. Era o dia 20 de janeiro de 1981. Eu estava com 17 anos de idade.
Meses depois eu fui batizado na igreja evangélica. Rapidamente me envolvi na música e depois com a liderança da mocidade da igreja. Na faculdade conheci um grupo ousado de jovens que se reunia no intervalo para pregar o Evangelho aos estudantes. Era um dos clubinhos bíblicos da missão Mocidade Para Cristo. Comecei a participar dos clubinhos, depois passei a colaborar no Clubão (reunião dos clubinhos que acontecia no sábado à noite).
Em 1985 fui desafiado a trabalhar como obreiro da MPC. Com a anuência dos meus pais deixei a promissora profissão no banco e dediquei-me integralmente à pregação do Evangelho. Assumi a secretaria executiva da MPC em Goiânia e depois da região Centro-Oeste. O caminho foi muito rápido. Deus estava conduzindo todas as coisas. Meses depois me casei com a Cláudia, que passou
a partilhar comigo dos mesmos projetos.
Já se passaram 36 anos desde aquele maravilhoso janeiro de luz. Não tenho a menor dúvida em dizer que foi o mais surpreendente evento da minha vida. Supera a todos. Foi o dia em que a minha vida encontrou sentido e significado, ao perceber que Deus não é uma religião enfadonha e descontinuada, mas uma pessoa que me convida a caminhar com Ele todos os dias. Jesus me encontrou em minhas trevas de dúvidas e medos. Ele me salvou!
Caminhamos muito desde então. Nessa jornada fui conhecendo melhor o meu Senhor e sendo por Ele transformado. Olho adiante e vejo que tenho uma eternidade de conhecimento pela frente.
Obrigado, meu Senhor por ter me encontrado. Obrigado pela transformação que continua operando em mim através do Espírito Santo, da Tua Palavra e da Tua Igreja. Obrigado por minha família que, pela Tua graça, segue no mesmo caminho para o qual um dia fui chamado a seguir. Use a minha vida para que outros também possam ser encontrados por Ti. Usa o pouco que tenho e o pouco que sou. Que a Tua luz resplandeça nas trevas de tantos ao meu redor através dos Teus reflexos em mim.
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Religioso era, mas perdido estava [Ary Velloso]
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