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Por Escrito

Eis o mundo de meu Pai

*Conteúdo oferecido como “Mais na Internet” na matéria de capa da edição 378 (julho-agosto) da revista Ultimato.

Por Redação

Muitos cânticos e poemas da tradição cristã e, mais ainda, composições recentes celebram Deus como Criador. This is My Father’s World, poema de dezesseis estrofes, foi escrito pelo pastor norte-americano Maltbie Davenport Babcock (1868-1901). Conhecido por ter “vivido ou cantado seus pensamentos”, Babcock também lutou contra a depressão. O poema foi publicado postumamente por sua esposa. Algumas estrofes se tornaram a base para um hino publicado pela primeira vez em 1915, cantado também no Brasil. 
 
EIS O MUNDO DE MEU PAI
(Tradução de This is My Father’s World, de Maltbie Davenport Babcock)
 
Eis o mundo de meu Pai
Nos primórdios da existência
As cintilantes estrelas clareando
Júbilos celestiais em sua presença.
 
Eis o mundo de meu Pai
Aos meus ouvidos regresso
Toda a natureza em cantos
Ressoa a música do universo.
 
Eis o mundo de meu Pai
Descanso ao pensar
Rochas e árvores, céus e mares, 
Ah! Suas mãos tudo a forjar.
 
Eis o mundo de meu Pai
Os pássaros hinos entoam
A luz da alva e o alvo lírio
Louvor ao Criador ressoam.
 
Eis o mundo de meu Pai
Ele resplandece em todo o belo
Na relva farfalhante, os seus passos
Ouço: “Onde quiser eu me revelo”.
 
Eis o mundo de meu Pai
De seu trono permanente
Ele me sustenta enquanto eu velo
Sob seu cuidado onipotente.
 
Eis o mundo de meu Pai
Atravesso solitário um deserto,
Vejo um arbusto incandescente e penso:
É a glória dele decerto!
 
Eis o mundo de meu Pai
Por entre colinas,
Por entre penhas e tremores,
Estou o cicio de sua voz a ouvir.
 
Eis o mundo de meu Pai
Da rutilante corte celestial
O Amado, seu Filho Unigênito, 
Veio. Promessa de amor eternal.
 
Eis o mundo de meu Pai
Agora tão perto das fronteiras do Céu,
Pois querida do Pai é a terra que o Filho pisou
O Nazareno sagrado o solo tornou.
 
Eis o mundo de meu Pai
Seu amor enche o meu peito,
Sou reconciliado, sou seu filho amado,
Minh’alma diz: nele eu me deleito!
 
Eis o mundo de meu Pai
Peregrino, muito posso eu por aí vagar
Não importa quanto...
Meu coração ainda tem um lar.
 
Eis o mundo de meu Pai
Ah! Não quero me esquecer
De que, apesar de o erro parecer sempre mais forte, 
Deus governa e para valer.
 
Eis o mundo de meu Pai
Ainda não acabou a batalha,
O Cordeiro que venceu há de se gloriar:
Para Terra e Céu um tornar ele trabalha.
 
Eis o mundo de meu Pai
Por que se entristece, ó minh’alma?
O Senhor é Rei – que celebre o Céu!
Deus reina – que a Terra bata palmas!
 
Poema traduzido por Edson Munck.

• Edson Munck é professor, jornalista e escritor. É doutor em ciência da religião e mestre em estudos literários. Mora em Juiz de Fora, MG.

>> Conheça o livro O Mundo Perdido de Adão e Eva, de John Walton

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