Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Opinião

Como se livrar de um mau casamento

Por Rubem Amorese

Artigo publicado originalmente na seção “Vamos ler!”, da edição 292 da revista Ultimato.
 
Quanto estão valendo, no mercado futuro, seus votos de casamento? Você compraria de volta, sem deságio, as promessas que fez no altar? Ou elas já valem menos que placa de 20 km/h na estrada?
 
Desculpe o humor cáustico, leitor, mas a culpa é do Catito. Refiro-me ao Carlos “Catito” Grzybowski, psicólogo e terapeuta familiar, que acaba de lançar um livro com o título: Como se Livrar de um Mau Casamento [e construir um relacionamento verdadeiramente significativo]. Ora brincando, ora falando sério, Catito nos oferece um texto leve e direto, que nos conduz, inclusive por meio de exercícios práticos, ao centro de nossas experiências conjugais.
 
Ao nos apresentar as relações familiares — em particular a conjugal — como um organismo vivo, que nasce, cresce, amadurece e morre, o autor nos chama para uma visita a cada uma das etapas do “Ciclo Vital da Família”, trabalhando as tensões trazidas pela transição de uma etapa para a outra. Essas “crises de passagem” do estágio anterior para a “nova vida” são muito doloridas. Tão sofridas quanto naturais.
 
Tudo começa com um divórcio, que Catito chama de “um bom começo”. Na verdade, ele se refere ao divórcio emocional entre filhos e pais. Aplicando o princípio bíblico de deixar pai e mãe, seu texto fala do resultado destrutivo da excessiva “presença” paterna ou materna na vida conjugal. Há que entender a fase do ciclo e deixar pai e mãe.
 
Na etapa seguinte, somos estimulados a eliminar nosso cônjuge — o cônjuge idealizado. Muitas circunstâncias emocionais podem nos conduzir a nos relacionar com um parceiro irreal, não-verdadeiro, imaginário, pronto para “virar abóbora” ao primeiro toque do relógio, desastre de variáveis intensidades possíveis.
 
Nunca ceder é o lema do terceiro capítulo. Mais uma vez, Catito proporá um caminho alternativo para aqueles que sempre cedem e se magoam: o caminho do aprendizado e da criatividade. Aprenda como o outro enxerga as mesmas realidades e descobrirá um caminho de conciliação e perdão.
 
Bem, chega a hora de uma terceira pessoa no relacionamento. Não é o que você está pensando. Trata-se do herdeiro. Juntamente com o filho, surgem novas demandas, novos papéis, novas necessidades de alocação de tempo, energia etc. É possível que muitas das brigas dessa etapa sejam arquivadas para um tratamento futuro, quando estivermos sozinhos de novo, daqui a uns 25 anos. Que arquivo perigoso!
 
Sim, mas antes disso, os filhos crescem e buscam seu espaço, sua independência, vão para a escola, criam novas amizades. E nós, o que fazemos? Como lidar com essa fase? Entramos em crise porque os filhos não dependem mais de nós? Temos ciúmes da nova professora? Ou porque preferem o lanche da escola?
 
Mas tudo passa. Os filhos crescem e... se vão. Casam-se, mudam-se, encontram sua própria vida e família. Reiniciam o ciclo vital. “Enfim, sós”, diz o casal de meia-idade. Definitivamente sós. É preciso aprender com Catito a viver essa fase. Crise é seu sobrenome.
 
A “melhor idade” pode não corresponder a essa expressão otimista. Pode ser um tempo de crescimento, realizações e alegria ou um tempo de grande amargura e depressão. Em especial se um deles já se tiver ido. Como se preparar para a velhice? Existe preparo possível para essa fase extrema da vida?
 
A resposta é dada a cada momento da leitura, que perpassa todas as estações da vida. Somos confrontados com a perspectiva da mudança, da tomada de decisão, da esperança. Até o momento em que o próprio autor verbaliza o desafio: “Você está disposto a mudar? Dê um primeiro passo, um pequeno passo. Faça algo objetivo por seu casamento e por sua família”.
 
E eu acrescentaria: faça isso agora.
 
Viva com sabedoria a presente estação. É como o exercício físico: você pode começar a caminhar aos 80; mas se começar agora, certamente lucrará.
 
  • Rubem Amorese é presbítero na Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília. Foi professor na Faculdade Teológica Batista por vinte anos e consultor legislativo no Senado Federal. É autor de, entre outros, Fábrica de Missionários e Ponto Final. Acompanhe seu blog pessoal.

A BÍBLIA NÃO ERRA. OS LEITORES, NEM TANTO | REVISTA ULTIMATO
 
O Ano-Novo é sempre uma oportunidade de renovação de votos. E não há voto mais importante e definidor para 2023 do que o propósito de se expor regularmente à Palavra de Deus, por meio da leitura das Escrituras. A Bíblia deve ocupar lugar central em nossa vida e na vida da igreja.

A matéria de capa desta edição não só incentiva o leitor à leitura regular da Bíblia, mas também o encoraja a aceitar o desafio de olhar reverentemente para as Escrituras como “um diário de Deus”, a partir da “chave” do amor.

É disso que trata a edição 399 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.

Rubem Amorese é presbítero emérito na Igreja Presbiteriana do Planalto, em Brasília. Foi professor na Faculdade Teológica Batista por vinte anos e consultor legislativo no Senado Federal. É autor de, entre outros, Fábrica de Missionários e Ponto Final. Acompanhe seu blog pessoal: ultimato.com.br/sites/amorese.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Leia mais em Opinião

Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.