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- 16 de julho de 2019
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A febre amarela e a ardente expectativa da criação
Por Marcelo Renan D. Santos
As doenças têm sido um flagelo para a humanidade desde a queda. Elas não escolhem vítimas nem distinguem ricos, pobres, raças ou qualquer outra característica. Afetam qualquer um indistintamente, apesar de haver condições sociais e ambientais que implicam em maior risco para uns do que para outros. Até mesmo animais, plantas e o meio ambiente adoecem, revelando que a maioria das doenças tem um aspecto ecológico importante e está relacionada à qualidade ambiental.
Um exemplo é a atual epizootia (epidemia em animais) de febre amarela silvestre, que afeta macacos e acidentalmente o homem. O governo está em alerta máximo na região Sudeste sobre o risco da reemergência da febre amarela urbana. Isso seria trágico, uma vez que, diferente das outras doenças transmitidas por mosquitos, a febre amarela mata em torno de 50% das pessoas acometidas.
Esta tem sido a maior epizootia de febre amarela que se tem notícia no Brasil, com mais de 7 mil animais mortos em 1412 locais confirmados na região Sudeste. Estima-se que a mortandade tenha sido muito maior, pois muitas áreas de mata não foram monitoradas. Em diversos lugares a população de macacos desapareceu completamente, especialmente os bugios (gênero Alouatta sp.), deixando as florestas silenciosas.
O alarme criado pelas medidas de prevenção adotadas pelo governo, associado ao verdadeiro pânico fomentado por notícias incompletas e as fake news das redes sociais, criou uma situação caótica com milhões de pessoas em busca de vacina. Situações de crise como essa fazem brotar o que há de pior em certas pessoas, tanto nas que querem se precaver, bem como naqueles que, tentando minimizar o problema, alardeiam teorias conspiratórias de que tudo não passa de marketing sujo para vender vacinas. Muitos partem para resolver o problema com as próprias mãos matando macacos, o que demonstra a ignorância, o lado primitivo, brutal, e o desprezo pela criação de pessoas que buscam pretexto para matar.
Mas o que esperar daqueles que têm esperança e conhecem a verdade reconciliadora da expectativa da glória que em nós será revelada? (Rm 8.18-23). A natureza aguarda nossa atitude gemendo como em dores de parto. Precisamos nos levantar em apoio às ações de prevenção, mas especialmente para reforçar nossa ação pela conservação da natureza, pois é dela que virá o equilíbrio capaz de manter doenças como a febre amarela sob controle. Para isso precisamos ser ajudadores de Cristo na obra reconciliatória da restauração da criação.
Notícia originalmente publicada na edição 370 de Ultimato.
Leia mais:
» A Criação e a responsabilidade cristã
» O surto de febre amarela no Brasil e a morte de animais
As doenças têm sido um flagelo para a humanidade desde a queda. Elas não escolhem vítimas nem distinguem ricos, pobres, raças ou qualquer outra característica. Afetam qualquer um indistintamente, apesar de haver condições sociais e ambientais que implicam em maior risco para uns do que para outros. Até mesmo animais, plantas e o meio ambiente adoecem, revelando que a maioria das doenças tem um aspecto ecológico importante e está relacionada à qualidade ambiental.
Um exemplo é a atual epizootia (epidemia em animais) de febre amarela silvestre, que afeta macacos e acidentalmente o homem. O governo está em alerta máximo na região Sudeste sobre o risco da reemergência da febre amarela urbana. Isso seria trágico, uma vez que, diferente das outras doenças transmitidas por mosquitos, a febre amarela mata em torno de 50% das pessoas acometidas.
Esta tem sido a maior epizootia de febre amarela que se tem notícia no Brasil, com mais de 7 mil animais mortos em 1412 locais confirmados na região Sudeste. Estima-se que a mortandade tenha sido muito maior, pois muitas áreas de mata não foram monitoradas. Em diversos lugares a população de macacos desapareceu completamente, especialmente os bugios (gênero Alouatta sp.), deixando as florestas silenciosas.
O alarme criado pelas medidas de prevenção adotadas pelo governo, associado ao verdadeiro pânico fomentado por notícias incompletas e as fake news das redes sociais, criou uma situação caótica com milhões de pessoas em busca de vacina. Situações de crise como essa fazem brotar o que há de pior em certas pessoas, tanto nas que querem se precaver, bem como naqueles que, tentando minimizar o problema, alardeiam teorias conspiratórias de que tudo não passa de marketing sujo para vender vacinas. Muitos partem para resolver o problema com as próprias mãos matando macacos, o que demonstra a ignorância, o lado primitivo, brutal, e o desprezo pela criação de pessoas que buscam pretexto para matar.
Mas o que esperar daqueles que têm esperança e conhecem a verdade reconciliadora da expectativa da glória que em nós será revelada? (Rm 8.18-23). A natureza aguarda nossa atitude gemendo como em dores de parto. Precisamos nos levantar em apoio às ações de prevenção, mas especialmente para reforçar nossa ação pela conservação da natureza, pois é dela que virá o equilíbrio capaz de manter doenças como a febre amarela sob controle. Para isso precisamos ser ajudadores de Cristo na obra reconciliatória da restauração da criação.
Notícia originalmente publicada na edição 370 de Ultimato.
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» A Criação e a responsabilidade cristã
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