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Palavra do leitor

Acessórios: entre Bráulia e Botelho, fico com a primeira

Quando a conta fechou eu percebi que o preço básico e o carro com seus acessórios fazia uma enorme diferença. Metade dos acessórios nunca usei. A própria leitura do manual daquela parafernália de que fala no painel já é em si uma leitura que só um tradutor da Pedra da Roseta poderia fazer sentido.

Aqui em Natal tem um restaurante imperdível. Peça camarão alho e óleo (valor básico muito acessível) e corra o risco de pedir entrada e outros acessórios e você sentirá no bolso o preço!

Festa de quinze anos, bodas de prata, formatura, casamento, e outros babados, os acessórios são os mais notados. Cores, luzes, o serviço antes, durante e depois é incrível.

Sim, nas igrejas ou comunidades também. Dê uma lida nas ofertas de acessórios que o Marcos Botelho oferece aqui na ULTIMATO para você ter uma ideia. Ele especializou-se em acessórios! Sortidos!

“Nos últimos anos vemos as coisas ao nosso redor mudarem rapidamente, muito mais rápido do que nós estávamos preparados. O que demorava décadas para mudar em uma sociedade, agora em poucos anos, tudo fica diferente”, escreveu Botelho. E arrematou: “As pessoas estão mudando, a cultura está mudando e a liturgia tem que mudar para atingir o seu objetivo”. Tudo precedido por uma curiosa definição de ‘liturgia’.

Li também uma observação de ‘acessórios’ (vinha com outras palavras) em artigo de Braulia onde ela, com a tradicional ousadia de sempre, ponderava sobre TERNOS COM E SEM COSTURA, onde a aparência não tem nada a ver com o conteúdo. No dele (Marcos Botelho) e no dela (Braulia Ribeiro) os ‘acessórios’ eram muito diferentes.

A essa altura você já percebeu que critico a definição do Botelho de liturgia, seu imaginário de como bombar liturgia, apreciando a observação de Braulia sobre a aparência de fé que os ‘Armanis’ da vida querem impingir.

A Braulia com certeza sim, o Botelho à época, ainda devia ser garoto, quando a Igreja Católica Romana viveu o ‘aggiornamento’ (a adaptação da tradição da igreja à evolução do mundo contemporâneo).

Até então se você entendia alguma coisa de latim dava para acompanhar pelo menos algumas palavras e frases chaves, o restante o sujeito voava mais perdido do que cachorro de pobre em dia de mudança. O Padre [Superficial] Marcelo é fruto desse ‘aggiornamento’.

O Botelho, no artigo (AQUI), tem liturgia como acessório no sentido dado pelo dicionário Sacconi: 1. Que se junta a alguma coisa, sem dela fazer parte essencial; suplementar; extra: as peças acessórias a um processo. 2. Que não é fundamental ou absolutamente necessário; secundário: despesas acessórias; medidas acessórias.

No artigo de Braulia ela abomina a ‘fé’ que vai substituindo a verdadeira por cores, cheiros, lustres, ambientes luzidios e outros 'Armanis' de modo a escamotear a Fé e torna-la quase imperceptível. O Botelho no seu artigo quer turbinar a liturgia. Braulia mostra a quanto anda a Fé hoje.

Assisti uma missa na Catedral Metropolitana do Natal. Sem Marcelo, nem Padre Zezinho nem outras duplas sertanejos da fé. É um bocado solene. A moçada, nem se o pai prometer uma viagem à Disney, iria. A média de idade dos presentes era de fazer inveja a Adão.

Algumas mudanças seriam necessárias, mas sou inteligente para perceber que a Igreja celebrava naquele instante o mistério da Fé de maneira solene e muito próxima à Fé Cristã histórica.

Cunhou-se no primeiro século pós ‘Reforma Protestante’ uma frase que correu mundo: ‘ecclesia reformata semper reformanda’ (igreja reformada, sempre reformando). Quer dizer: (igreja) aberta ao Espírito Santo, consciente de uma avaliação crítica de sua teologia e metodologia e vida; consciente de que ela é (igreja) parte integral da tradição Cristã (de ser igreja).

Não perdendo de vista a essência das Escrituras, ela (igreja) está disposta a negociar ‘acessórios’. Mas não traçaria o ‘oba-oba’ dos acessórios mercadejando pela essência da Fé. Se fizer, vai para salmoura para não apodrecer com o tempo.

‘Semper reformanda’ tem o sentido de voz passiva: isto é, ‘sendo reformada’. O que implica dizer que esse ‘sendo’ e esse ‘sempre’ e esse ‘reformada’ é Deus quem realiza.
Não é o Cristão que é reformado! Não é a liturgia que precisa de reforma, não é gelo seco e outros babados para levantar o astral; não é uma chamada para adotar uma modalidade de conservadorismo atualizado (tipo Mackenzie), nem a agitação televisiva que margeia uma prédica ‘moralista-politizada’ (Silas Malafaia) passando por um encontro de descompromissados litúrgicos (Botelho) --- para ir de um extremo a outro --- mas onde o Deus dos Cristãos faz a reforma, a turma do andar de baixo é reformada.

Gosto do meu novo carro, mas não entendo muito do que vem nele. Acessórios inúteis. Deixei-me levar pela aparência.

Achei o artigo do Botelho pueril, gostei das pontuações da Braulia e mesmo não sendo católico romano, gostei da missa. Com a Fé estão aqui há mais de dois milênios.

O resto é feirão de fim de feira!
P - RN
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