O fim desse mundo estranho não está em nossas mãos
Por Jeverton “Magrão” Ledo
Dizem que o mundo dá voltas. O que não quer dizer que muitas questões ou discussões que já deveriam ter encontrado seu fim não voltam como ondas que batem cada vez mais forte. Batem forte em uma sociedade que mostra cada vez mais uma incapacidade em lidar com aspectos fundamentais para viver tendo o respeito como bandeira.
Pessoas diferentes, será mesmo? Opiniões que contrapõem seu ponto de vista, intolerância, incoerência nos discursos inflamados que arrebatam multidões. Cuidado! Muitos seguem correndo a corrida errada.
Curta sua juventude, aproveite, mas não se esqueça de aprender a maior das lições. Os dias vão chegar para você também. Por isso, exercite cuidar daqueles que trazem no rosto não apenas as marcas do tempo. No dia chegado, você precisará de cuidado, atenção e, acima de tudo, de respeito.
Vivendo cercado por um certo ar de superioridade? Tendo atitudes que demonstram desprezo por aqueles que, na sua visão, são inferiores? Lembre-se todos os dias de sua condição. Condição essa que te coloca no seu devido lugar. E o mundo continua girando.
Pessoas se amando, se conectando através das redes sociais, paixões sendo despertadas ao redor do mundo.
Relações frustradas, para muitos um passado que por vezes deixou marcas, mas o amor está no ar. Esse ar embriaga a muitos. Pessoas que carregam um sentimento sincero, dispostas a compartilhar a vida, os dias com o outro.
Mas o mundo está estranho, as relações são efêmeras, não buscam o bem do outro, se tornam cada vez mais egoístas.
Espere um pouco quanto pessimismo. Pessimismo ou constatação de que muitos estão se afastando mais e mais, e seguem vivendo por si mesmos? Não se importam mais se vão magoar, machucar. O que importa mesmo é o Eu.
É verdade o mundo nunca mais será o mesmo. Mas não podemos deixar de lutar. Abrindo espaço para que o caos total se instale, é preciso manter a presença marcante na sociedade, nas relações, nas pequenas atitudes.
Respeite, abra seus ouvidos e escute, enxergue, dialogue e perceba que, através de uma transformação genuína, mudanças serão geradas.
Essa transformação não se dá como um passe de mágica e muito menos pelo seu próprio esforço, conhecimento adquirido ou qualquer outra ferramenta forjada por seres finitos.
A transformação que traz o novo só através do autor e consumador. Muitos podem até seguir ignorando o fato, mas a verdade é real e cumprirá todo o seu propósito independente de você.
Deixe o conforto do conformismo, não se esconda. Levante a bandeira e faça diferença.
O mundo clama e continuará a clamar até que se decrete o fim, porém o fim não está em nossas mãos.
- Jeverton “Magrão” Ledo é missionário e trabalha com juventude. É um apaixonado por quadrinhos e arte, e reside com a família na Bélgica.
Isaque Viza de Souza
Obrigado pelo texto, irmão.
Que o bom Deus nos guie nessa jornada e nos mantenha acordados e atentos.
Um grande abraço!