Liderança autêntica: multiplicando líderes, não seguidores
Por Anne Zuin
No Vocare 2019, tive a oportunidade de participar de uma oficina sobre liderança autêntica, ministrada pela missionária ugandense Winnie Namayanja. O foco da missionária foi mostrar a importância de um líder ser servo.
Esse “líder-servo” deve sempre ter sua identidade firmada em Cristo. Para isso, deve ser capaz de entender e apreciar sua condição de “filho de Deus”, uma expressão que é utilizada muitas vezes sem que a pessoa que diz tenha a real compreensão do que significa ser chamado e reconhecido como filho do Criador.
Ser filho de Deus significa que quando nos sentimos constrangidos pelos nossos pecados, podemos ter a convicção de que em Cristo nós temos a redenção e o perdão. Significa que quando nos sentimos como estrangeiros, órfãos ou refugiados, podemos ter a certeza de que somos amados e membros de uma grande família.
Com a identidade firmada em Cristo, podemos saber que Deus usa nossos fracassos, falhas e debilidades em prol de uma causa maior, a causa dEle. Isso nos faz entender que a graça de Deus basta. Não dependemos da nossa própria força nem das nossas capacidades. E, quando nos sentimos insignificantes, temos que lembrar que em Cristo nós fazemos parte de um corpo, e nesse corpo cada pessoa tem uma função.
Com isso, é possível entender melhor a importância de o líder reconhecer que é um filho de Deus, pois assim ele tem como exemplo o próprio Jesus, que era 100% Deus e 100% homem, aquele que mostrou a importância de se multiplicarem líderes (discípulos que fazem outros discípulos) e não meros seguidores.
Com o exemplo de Jesus, vemos o que realmente é um “líder-servo” e a importância de ser um líder como ele é. Um líder que compartilha a sua visão, trata todos como iguais e valoriza as diferenças e particularidades de cada um.
- Anne Zuin, 18 anos, é estudante de Enfermagem na UFV. Participou do Vocare 2019, onde fez a tradução simultânea da oficina ministrada pela missionária Winnie Namayanja.