Por Renato Alt

Mano, último dia! Como assim?? Parece que cheguei aqui não tem nem meia hora, velho… Pra quem nem queria vir eu agora fazendo o reclamão tô o máximo, falaí.

Mas aqui, antes de falar como foi o encerramento, deixa eu contar de ontem pra não esquecer. O negócio da trilha foi o seguinte: veio uma galera de convidados pra falar pra gente, só fera, mano. Então tinha um mega painel logo na entrada com um monte de tema e tal e o nome de quem ia falar sobre aquilo. Os caras chamaram de “trilha” porque cada um podia montar sua própria programação, saca? Por exemplo, ia lá pra ouvir sobre “igreja perseguida” e depois partia pra outra sala pra ouvir sobre “como descobrir sua vocação missionária”. Muito maneiro, foi show pra poder saber um pouco dessas paradas que ficam martelando… Esse lance de “descobrir a vocação” explodiu minha cabeça, mano, porque assim, uma das coisas que o maluco lá falou foi que tipo a gente não precisa abrir mão do sonho de ser um profissional de alguma área pra ser missionário, entendeu? Sempre rola aquela nóia de “putz, queria ir pro campo missionário mas quero ser… sei lá… geólogo. Não rola…” Rola muito, véi, demais, porque vai ser isso aí que tu vai usar mesmo, saca? De algum jeito vai, mano. E tipo, o evento rolou numa universidade, né… os caras toda hora falavam “termina tua faculdade aí, maluco, que lugar pra ti no campo vai ter sempre”. E é isso, brow, estar disposto a ir. A gente se instrui, se prepara e pá… é isso aí que Deus vai usar. Nada é por acaso.

Aí entra a parada do ConnecTED. Tá ligado nessas feiras que rolam de vez em quando pra galera da faculdade, onde vão empresas e tal pra se apresentar e mostrar oportunidades? É tipo isso, só que voltado pra missões. Então vamo dizer que tu queira ir pra Índia. Tem lá um stand de uma missão ou órgão que atua nesse campo e que te diz tudo o que você precisa saber pra ver se é isso que tu quer mesmo e, se for, o que é que tem que fazer pra isso acontecer. Tipo passo a passo mesmo. Aí enquanto você tá lá comendo um lanche e conversando com a galera, os caras tão te explicando tudo, clima informalzão mesmo… e tu sai cheio de contato. Essa é que a principal parada… como já falei um milhão de vezes, eu sempre tive essa coisa de ir pra missões mas ficava meio perdido sem saber o que fazer ou o que falar e o que precisava era disso aí. Ali tava tudo reunido, mano. Parada prática mesmo, faz você ver que não é nada de outro mundo não.

E mano, os caras do VOCARE pensaram em tudo mesmo. Muito sinistro. Tou dizendo isso porque ao mesmo tempo em que toda essa programação e informação traz um monte de resposta, traz junto um monte de pergunta, né? Normal, pô, já que de repente o cara sabe, por exemplo, que tem o chamado e tal mas sei lá… vamo dizer que o pai não quer que ele seja missionário. Lógico que rola um pancadão. Aí o que fizeram aqui? Botaram uma galera pra aconselhar quem quisesse, de tudo quanto é jeito. Olha que show. Eu enchi o saco do psicólogo que tava ali, falei tanto que a cabeça do cara deve estar latejando até agora,  mas assim… é bom demais falar com quem sabe do que tu tá falando, até porque  tem toda a chance de já ter vivido isso também. Afinal missionário não é só quem se joga do nada lá pro fim do mundo, é todo mundo que assume sua missão em qualquer lugar… inclusive dentro da própria clínica, no caso de um médico, psicólogo e tal. E tinha que ver a boa vontade do pessoal. Eu prestei atenção em volta e tava todo mundo sempre ocupado, envolvido com alguém, orando, ouvindo, chorando junto. Bonito de ver, de verdade. O nome dessa parada era Hangout, eu virei cliente VIP ali. Se ganhasse milhagem cada vez que fosse lá eu agora já teria o suficiente pra dar a volta ao mundo, serião.

Velho, na real, eu tento, tento, tento, mas não dá pra colocar aqui, escrevendo, o que foi participar desse evento ou o que rola lá. E olha que eu fui tipo direto ao ponto, falando dessas coisas mais pontuais e tal, só que o grande lance é o contato que você tem com as pessoas, mano. São sei lá, mil e tantas que tem a mesma vontade, o mesmo drama, a mesma dificuldade, os mesmos sonhos, e a cumplicidade que isso faz a gente ter é uma parada que não dá pra explicar.  É tudo muito intenso.

Sabe qual foi o fechamento? Bicho, sem palavras. Lembra que eu falei que tinha um revezamento lá pra ler a Bíblia, que desde o primeiro minuto do VOCARE ficava uma pessoa lá lendo um trecho? Pois é, o povo leu e inclusive durante o encerramento essa leitura ainda tava rolando. Aí a gente tava lá no ginásio e de repente entram uma menina e um cara com essa Bíblia e um microfone na mão, lendo o finalzinho de Apocalipse, cara. Aí se liga: sem ninguém falar nada, sem pedir, começou geral a ler junto com ela. Mano, que parada. Um minuto depois quem tava fazendo revezamento era eu, entre ler e chorar, porque foi bonito demais, cara. Imagina mil cabeça lendo aquelas palavras, todo mundo junto. Sério, encerrar o VOCARE encerrando junto a leitura da Bíblia inteira foi sensacional. Quando acabou eu fiquei lá parado, chapado com a presença de Deus. Na real, to chapado até agora. E nem quero que acabe essa sensação.

Aí depois não teve mais jeito, era hora de devolver o colchão que aluguei e preparar pra voltar. Troquei contato com geral, lógico, e já tou aqui com um monte de gente pra trocar ideia. Com certeza vai rolar alguma coisa.

E deixa eu te falar: acabou lá o evento, beleza, mas o VOCARE rola o tempo todo, cara. Tem vários outros eventos menores que vão acontecer direto o ano todo, tipo o VOCARE Xperience, blá blá blá. No site tem a agenda de tudo, véi. É só ver e se inscrever, vale total a pena, tou te falando. Eu, que comecei desanimadaço, agora já tou aqui contando os minutos pra estar no meio disso tudo de novo. Tenho certeza que tu também vai pirar quando participar, mano, é muito, muito irado. Daquelas paradas que dividem a vida da gente entre antes e depois.

E aliás, dá licença que a inscrição pro VOCARE 2018 já tá rolando e vou clicar ali pra fazer a minha. Mas qualquer coisa é só me mandar email perguntando que vou ficar amarradão em responder, beleza? É nóix!

  • Renalto Alt, ator e publicitário, voluntário na comunicação do Vocare.

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