Boto fé: Silvestre Kuhlmann
Eu boto fé no som de Silvestre Kuhlmann. Em termos de estilo, é a clássica MPB, que consegue envolver desde samba e bossa nova até forró e modas de viola.
Em termos de forma, sua poesia é única, sempre atento à métrica, às rimas diferenciadas e a jogos de palavras. Seus arranjos também são únicos, geralmente compostos de voz e violão, mas de vez em quando têm participações especiais de outros instrumentos.
Quanto à mensagem, é baseada nas Escrituras Sagradas, sendo reflexões sobre isso e sua relevância hoje.
Minha canção favorita é Composição, pois ela fala sobre várias das reações que podemos ter quando enfrentamos problemas. Há sempre várias possibilidades de passar pelo sofrimento, mas sempre a melhor de todas é se “achego-me Àquele que é Santo / e em êxtase, cheio de encanto, / saio do chão, me levanto” e então posso continuar a caminhar.
Além disso, nessa música, Silvestre fala não só sobre a dificuldade da vida, mas também sobre o processo de fazer arte. Raramente é algo inusitado, numa inspiração de 15 minutos na fila do pão.
Na maioria das vezes leva (bastante) tempo, (muito) suor e (longo) trabalho para conseguir escolher as pedras certas, tirar o limo delas e construir tudo de maneira que faça sentido.
Então, quando finalmente a obra fica pronta, posso dar uns passos pra trás, ver o quadro geral, perceber a beleza do que o Espírito Santo inspirou a fazer e só resta admitir que é “um presente, um mimo”, pra usar das palavras do Silvestre mesmo.
Silvestre tem um canal no Youtube, e lá posta quase semanalmente um vídeo caseiro com algum poema ou alguma música sua, vale a pena conferir!
Como ele já lançou muitos álbuns (uns 12) e centenas de poesias, ficam algumas dicas:
– Para os intelectuais de plantão, o samba: Cultos (letra de Wolô)
– Para os desanimados, o xote: Nem só de pão
– Para os cavaleiros solitários: A pedra de amolar (letra de Roberto Diamanso)
– E para os que procuram letras criativas e bem humoradas: Samba do cachorro e Canção do gato
– E para os músicos e poetas, o jazz, Composição:
Asaph Jacinto, 24 anos, é engenheiro de materiais, compositor e eterno abuense.
Helen Nascimento
O reconhecimento do trabalho é fruto de muito trabalho, que Deus continue o abençoando.
Petô
Silvestre é um talento musical e também um homem que Deus tem moldado a ser um exemplo para os músicos de qualidade como poucos do Brasil hoje!
Sinto até orgulho de dizer que o conheço e sou seu amigo de caminhada (quando começava a compôr).
Que o Eterno continue abençoando a sua vida…