O desafio da evangelização entre universitários
Por Amanda Almeida
Lidar com a saudade e com a liberdade quando se sai de casa para estudar em outra cidade, a falta de tempo por conta da carga horária pesada e pessoas que deixam a faculdade formados, mas espiritualmente mortos, são apenas alguns dos desafios a serem vencidos no evangelismo no contexto universitário. Duas das oficinas oferecidas no Vocare, na tarde desse sábado (23), trataram desse assunto.
Uma delas foi “Universidade: um grande campus missionário”, ministrada por Maurício Jaccoud, do ministério Alfa e Ômega. Na roda de conversa, vários dos participantes descreveram a faculdade como um local espiritualmente pesado. Maurício levou os jovens a pensarem sobre como transformar esse cenário. “Não tenho dúvida que é possível mudar essa realidade. O que tenho percebido nesses anos de ministério é que para a galera envolvida no ministério, a caminhada torna-se diferente, mais leve”, apontou.
Depois de compartilhar algumas de suas experiências no tempo da faculdade, Jaccoud apresentou algumas estratégias de evangelismo utilizadas no trabalho do Alfa e Ômega, como recepção de calouros, jogos interativos e campanhas criativas. Em certa ocasião, um grupo espalhou diversos cartazes com o número 4 pelo campus, o que gerou curiosidade e conversas sobre o motivo daqueles pôsteres. Os estudantes pertencentes ao movimento vestiram camisas com a estampa “Eu sei o que é o 4”. No fim das contas, a ação gerou um ambiente propício para que os participantes compartilhassem as 4 leis espirituais.
“O que eu tenho percebido é que compartilhar o evangelho é muito mais fácil do que a gente imagina. Precisamos é saber como chegar até as pessoas, conversando sem preconceito, sem hostilidade”, afirmou Maurício. Mesmo em um meio que muitas vezes é hostil à fé cristã, “quando levamos Deus a sério e conseguimos nos conectar com as pessoas através de relacionamentos, elas nos respeitam”, concluiu.
Relacionamentos também foi um tema abordado na oficina “Universitários com o pé na lama”, com Zé Libério, da Toca do Estudante. Como uma ONG cristã, a Toca é um local de refúgio para os estudantes e atua em duas frentes de trabalhos: grupos de estudos em universidades e projetos voluntários diversos, como PROVEX (Projeto Voluntário no Exterior), PROVOCAR (de Carnaval), PROVIN (de Inverno), PROVACOM (de Apoio à Comunidade), entre outros.
O objetivo é que cada jovem envolvido se disponha e alcançar pessoas, através de contatos e relacionamentos. “Para Jesus nos alcançar, ele teve que sair do céu e se fazer gente”, lembrou Libério. Nessa visão, dedicar tempo é essencial. “Quando alguém dedica tempo a nós, percebemos que a pessoa poderia estar fazendo qualquer outra coisa em qualquer outro lugar, mas escolheu estar com a gente”, afirmou Zé.
Na lógica da Toca, o universitário primeiro constrói amizades, para então apresentar seu melhor amigo, Jesus. Aí então fazem o convite aos novos amigos para fazerem parte da família de Cristo. Parece uma lógica simples, mas muitas vezes o que fazemos é apenas convidar pessoas para o culto, e programações da igreja. “A igreja deixa de ser quem eu sou, para se tornar um lugar para onde eu vou”, apontou Libério.
Para Zé, a universidade não é diferente dos outros campos missionários, por isso precisamos contagiar as pessoas através de nosso contato com elas, através do exemplo. “Os estudantes universitários têm que usar sua vocação para promover a cultura do reino. Precisamos ter resiliência, saber passar pelos desafios, sermos que nem corredores de maratona, não de cem metros rasos”, concluiu.
Você pode saber mais sobre o trabalho do Alfa e Ômega em suaescolha.com e suauniversidade.com, e sobre a Toca do Estudante em tocadoestudante.org.
• Amanda Almeida é jornalista e integra a equipe de comunicação da Ultimato no Vocare 2016.
Zé Libério
Por gentileza corrigir o nome do Zé de: ” Zé Lidório” para Zé Libério.
Bjs queridos
Zé Libério
ultimatojovem
Corrigido. Sorry!
Zé Libério
Vlw!!
Amanda Almeida
Ô, Libério, perdão! Que nem quando a gente erra na prova, agora nunca mais confundo.