Por Marlon Bruno

Foto: Yasmim Borba

De fato, são impressionantes e esquisitíssimos alguns atos daquele que diz ser o nosso criador. Seja pela limitação de nossa mente ou pela real esquisitice deste Deus, sem dúvidas, ele é totalmente estranho.

Primeiro, criou um ser que indubitavelmente iria se rebelar contra ele, não me refiro ao homem, falo de Lúcifer. Depois, criou outro cara que através da rebelião do primeiro, levaria não só a terça parte de seus semelhantes, mas todos eles para um castigo eterno: agora, o homem. Sem nos aprofundarmos nestes acontecimentos, o que vem insistentemente à nossa imaginação quando tomamos conhecimento deles é somente uma coisa: Deus não acertou quando criou estes dois formadores de opinião. Na verdade, quem não acertou fomos nós, pois Deus é onisciente.

Pouco tempo se passou e Deus decidiu matar todos os seres chamados de humanos, exceto uma família que, de certa forma, o agradara: a de Noé. Fora estas oito pessoas, ele afogou todos em um episódio aquático e trágico denominado “dilúvio”. Entretanto, Noé era homem também, e, portanto, ainda estava contaminado pela rebeldia de seu ancestral. Mas por que Deus não matou a todos sem nenhuma exceção? Por que ele não extinguiu da terra esta cadeia de desobediência apelidada de “pecado”? Por que deixou que continuasse da mesma forma? Não tem nexo.

Muitos anos depois destes ocorridos, recebemos a notícia que de tanto tentar e lidar com esta sua criatura, Deus decidiu resolver o problema pessoalmente: se tornou o próprio homem que havia criado e se rebelado contra ele, para salvá-lo daquele castigo que já era a sua condenação por desobediência. Que coisa sem sentido: antes Deus cria o homem, depois se torna o próprio homem para salvá-lo do que ele mesmo havia decretado: a morte. Mais uma ação incompreensível, diferente e exótica. Não sei!

Talvez o motivo de tantas incoerências seja a “graça”, este amor de graça, esta misericórdia que não passa. Enfim… realmente não sei. Mas se penso nele, me vejo com estas indagações e, se não reflito a seu respeito, acabo sem perguntas e sem respostas. O mais provável é que o ideal seja este: que ninguém o compreenda nem o alcance ou o veja. Afinal, ser Deus é algo único, intransferível e incognoscível. Portanto, para ser estranho para nós não é preciso muito, só é necessário ser transcendente, extra-humano e extraterrestre. É o caso de Deus.

Não entendemos para crer. Cremos para entender porque cremos”. (frase do autor)

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Marlon Bruno, 19 anos, é de Ipatinga, MG.

  1. Verdade mano, um lógica inalcançável para meros mortais, ultra limitados como nós, mortos em delitos e pecados, rastejando pelo vale da sombrio das trevas da natureza humana caída, cujo o labor é o pecado e o salário é a própria morte, até nisso há Graça, resgatados, acolhidos, vivificados, sem nem precisar entender como e nem por que, maravilhosa GRAÇA!!!

  2. “Sem nos aprofundarmos nestes acontecimentos, o que vem insistentemente à nossa imaginação quando tomamos conhecimento deles é somente uma coisa: Deus não acertou quando criou estes dois formadores de opinião. Na verdade, quem não acertou fomos nós, pois Deus é onisciente.”

    [1]. Eu quero concordar com você. Quero mesmo. Mas diga-me que tipo de raciocínio, ou pelo menos apelo ao raciocínio, em que você afirma que Deus errou para no mesmo diapasão dizer que fomos nós, e não Ele.

    “Por que ele não extinguiu da terra esta cadeia de desobediência apelidada de “pecado”? Por que deixou que continuasse da mesma forma? Não tem nexo.”

    [2]. Se não tem nexo de causalidade. Nada. Qual a razão de procurar um nexo?

    “Que coisa sem sentido: antes Deus cria o homem, depois se torna o próprio homem para salvá-lo do que ele mesmo havia decretado: a morte. Mais uma ação incompreensível, diferente e exótica. Não sei!”

    [3]. Se Deus errou, mas afinal, não errou, fomos nós que erramos; se não há nexo causal nos atos Dele; se não faz sentido o que ele faz, qual a razão de procurar uma razão para algo sem razão?

    “Talvez o motivo de tantas incoerências seja a “graça”, este amor de graça, esta misericórdia que não passa.”

    [4]. Se não há nexo, razão, sentido, se não há nem motivo, qual a razão de procurar uma razão diante de tanta incoerência. E tudo para falar de graça? Permita-me perguntar-lhe: se eu encontra-se uma razão, um sentido, um motivo um dia. Se o próprio Deus me dissesse a razão, o sentido, o motivo, etc., eu entenderia a “graça”, a ‘entrada’ da graça nessa construção absolutamente ridícula de tentar, como você fez, achar um suposto gato preto em um quarto escuro onde não tem gato nenhum?

    [5]. Uma das coisas mais feias das pessoas que tentam explicar o Cristianismo, pode ser ‘explicado’ nisso que você escreveu que julgo ser uma das maiores ofensas tanto à pessoa humano, como ao Seu Criador, e à razão. Vou repeti-la, para ter certeza de que li realmente. Note o seu ‘portanto’, o que estabelece uma conclusão onde você mesmo ao longo de seu ‘arrazoado’ repetiu que não há razão alguma: “Portanto, para ser estranho para nós não é preciso muito, só é necessário ser transcendente, extra-humano e extraterrestre. É o caso de Deus.”

    {A}. Como é que você vem apelando à razão para joga-la no lixo e propor ‘transcendência’. O que é transcendência aqui afinal? É algum conceito filosófico? É algo como, “o que não existe mas existe ‘do outro lado’ da coisa”?

    [B]. Que coisa, não? E esse ‘trans-‘ é Deus!

    [C}. “Não entendemos para crer. Cremos para entender porque cremos”. (frase do autor)” é sua mesmo ou uma cópia de “Cur Deus Homo” de Anselmo?

    [D]. Sabe o que eu acho que você fez da ‘ratio’. Um vazio total! A rigor, a ‘ratio’ para você, assumindo aqui o sentido dado nesse artigo, na verdade é zero à esquerda.

    • Meu querido Eduardo, primeiramente, eu agradeço o seu tom de fraternidade e de compaixão para comigo, e observo, que pelas palavras pomposas de seu discurso crítico, você não entendeu o que não quis entender. Provavelmente, você, um avaliador feroz de quem se dispõe a, imperfeitamente, avaliar o ser de Deus, não possui um relacionamento costumeiro com textos que expressam suas ideias, sobretudo, através de metáforas, figuras de linguagem diversas, expressões filosóficas e teológicas e etc.

      “Sem nos aprofundarmos nestes acontecimentos, o que vem insistentemente à nossa imaginação quando tomamos conhecimento deles é somente uma coisa: Deus não acertou quando criou estes dois formadores de opinião. Na verdade, quem não acertou fomos nós, pois Deus é onisciente.”

      1 – Quando eu disse isto, quis dizer, que eu (imperfeito), junto à massa (imperfeita) que avalia, através da Bíblia, as ações de Deus, pensamos, por uma fração de segundos, na possibilidade dele ter errado ao criar estes dois seres. Não questionei a inerrância de Deus. Questionei a errabilidade da avaliação humana, concluindo que: “Na verdade, quem não acertou fomos nós, pois Deus é onisciente.”

      “Por que ele não extinguiu da terra esta cadeia de desobediência apelidada de “pecado”? Por que deixou que continuasse da mesma forma? Não tem nexo.”

      2 – Sua pergunta (Qual a razão de procurar um nexo?), meu amigo, é que não tem nexo. Como eu posso saber se algo existe ou não, se eu não o procurar? Eu só posso concluir uma afirmação desta natureza, se eu a procurar, não é meu amigo lógico e coerente? Deus não tem nexo mesmo, porque a razão, como nós a concebemos, não é um de seus atributos comunicáveis ou incomunicáveis.

      “Que coisa sem sentido: antes Deus cria o homem, depois se torna o próprio homem para salvá-lo do que ele mesmo havia decretado: a morte. Mais uma ação incompreensível, diferente e exótica. Não sei!”

      3 – Novamente, o mesmo equívoco displicente e isento de compreensão. Meu jovem, eu não estou criticando o seu deus, ídolo racional e sistemático, com certeza. Só estou dizendo: “Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos!” (Rm 11:33). Paulo também tinha problemas com isto, não é?! Ele não entendia um Deus incontido em palavras e inefável em ações (o Deus da Bíblia).

      4 e 5 – Meu irmão, a frase de minha autoria, a qual você, ironicamente, atribuiu a um plagio que fiz da frase de Anselmo, é mais uma das provas de que você ainda, bebe leite, e não sabe que eu leio a mesma Bíblia que ele leu, que fui salvo pelo meu Cristo, que comungo da mesma fé, que como do mesmo pão e que, possivelmente, iremos morar no mesmo lugar um dia; ou será que, depois que alguém descobre alguma coisa ou faz alguma afirmação, é impossível que em 7 bilhões de pessoas no mundo, outra pessoa possa agir da mesma maneira, sem conhecer o fato de que isto já foi feito? Sua hipótese irônica é esdrúxula, infantil e indiretamente juíza de minha frase, que fiz para edificar e não para invejar.

      Contudo, sugiro a você, que passe a ler obras mais reflexivas e não determinantes, avaliativas e não absolutas, para que enfim, crie em si mesmo, uma maturidade espiritual, para conseguir fazer, de fato, como os Bereianos fizeram (At 17:11) e não como os judeus faziam, quando Jesus dizia algo que não os agradava (Jo 8:58-59). Tomara que você releia o seu comentário, e enxergue nele uma expressão agressiva e abrupta de juízos desnecessários, e por fim, não cristãos. Espero que você um dia, tenha humildade para estar no meu lugar, escrevendo em um site tão global e missionário como este, edificando vidas e vivificando edifícios sólidos em seus ouvintes. Você ainda não é um zero esquerda, pois é apenas um zero, que se colocado a direita, pode ser muito usado por Deus, para somar, seja concordando ou discordando. Não foi desta vez.

    • Meu amigo, usar do conhecimento que temos para qualquer tipo de humilhação não faz parte de um bom ser humano, observe que não estou falando de pecado nem mesmo de ser crente ou não, que você é uma pessoa cheia de conhecimento é notório, assim como também é notório sua vaidade de expor este conhecimento. Não há a necessidade de algo assim, se não acrescenta não faça.

      • Obs: Meu primeiro comentário foi para o Sr. Eduardo.

        Quanto ao texto, Temos que ter muito cuidado na interpretação da Bíblia. Não darei uma resposta definitiva mas deixarei como pergunta, para estimular nosso raciocínio:
        . Analise a formação da Bíblia e como ela chegou até nós, o contexto de cada texto é muito importante, como exemplo é o caso de Noé, o dilúvio não foi para toda a humanidade, mas o povo que sofreu entendia que só havia eles na terra, não conheciam nada além, e assim foi divulgado na Bíblia.
        .Se for observar a cultura do antigo testamento, tudo o que acontece foi Deus ou deus quem fez, e existem coisas que são da cultura do povo, contudo, devemos lembrar que realmente neste tempo a Bíblia nos mostra no novo testamento que as pessoas viviam debaixo da lei entregue a Moisés, mas não veja Deus como um ser assassino, muitas coisas quem faz não é Deus mas o ser humano.
        .Lucifer, Diabo é uma cultura que introduziu no meio do Judeu após o domínio Persa, exílio. Não estou dizendo que não existe, mas sim como chegou até nós.
        . Cristo, já vem sendo anunciado desde do A.T, e existe e existiu a necessidade de alguém morrer pelos pecados, mas por que morte? Tanto em Hebreus quanto em Levíticos a Bíblia mostra que era uma crença da época que “sem derramamento de sangue não há purificação de pecados”, por isso que Deus se fez cordeiro sem pecado e derramou seu sangue na Cruz.

        Eu creio, meu entendimento, é que Deus atuou em meio a história, mas a bíblia não diz isso, o principal em tudo isso é a fé que temos em Deus, o conhecimento pode nos trazer crescimento, quando usado para tal fim, mas falando de Deus faça como você fez Agostinho,
        “eu creio para compreender e compreendo para crer melhor” (Agostinho).

  3. Gente não sou analfabeto´porem fui mal alfabetizado então não sei escrever direito porem entendo o que leio,olha ao meu ver o texto é bom porem o escritor deveria ter repensado em algumas expressões porque fere o pensamento ou a fé de alguns a meu ver esses questionamentos que fazemos sobre Deus nos mostra quando estamos distantes e necessitados de mais renuncia perante ele para podermos ter mais intimidade e assim lançar por terra toda duvida,afinal o vaso não questiona o oleiro o por que de seu formato ele simplesmente se entrega para ser usado porque depois sabe que vai ser quebrado e refeito novamente.

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