O relógio rígido repousa na estante
No lugar que lhe cabe, uma caixa de instantes
Onde me encaixo.
É próprio cada qual ter um lugar.
(Inclusive o pardal acomoda-se em fenos
Com seus filhos pequenos;
E a andorinha achou seu ninho).
Tudo que tenho é um silêncio de altar,
Olhos de mar,
Telhas de estrelas,
Deus em entrelinhas,
Erva daninha
E um longo lugar.

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Sandro Pinto é graduado em Astronomia e Física pela Univerdade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e poeta por vocação. Visite seu blog, Poema sem foco

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