A cidade torta e a graça

Essa narrativa é de extrema beleza poética, e revela um bocado da nossa "alma evangélica" que, apesar de cansada, ainda tem a sensibilidade de sentir um (sempre) novo sopro do Espírito de Deus, nos fazendo enxergar o nossa dia-a-dia com os olhos da Graça. Parece-me que Bráulia, perita com as palavras, às vezes retrata a realidade cotidiana de modo quase cruel. Mas acredito ser ela uma voz necessária às nossas convicções.

Postado em 23/07/2009 às 15:09:50

Lembrei me de um conto do Guimarães Rosa,que se chama "a terceira margem do rio" O rio tem um poder de cura, e o filósofo já dizia, "não se entra duas vezes no mesmo rio". Quando atravessamos o rio, nunca chegamos do outro lado do mesmo jeito. Penso que a igreja deveria aprender mais com os rios. Nossa espiritualidade "de lagos" não permite que a teologia seja pensada, refletida e discutida. A igreja precisa apresentar ao "mundo" a terceira margem da vida, precisa correr lentamente como o rio, esperando sempre o encontro com o mar. Pois o mar é sempre o final e o recomeço do rio. Abraço

Postado em 24/08/2009 às 12:17:41