Opinião
- 22 de abril de 2015
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Vocare 2015: jovens conectados com a missão de Deus
A vocação foi o assunto principal de cerca de 700 adolescentes e jovens cristãos que reuniram-se de 18 a 21 de abril de 2015 em Maringá (PR). É que eles participaram do VOCARE 2015, um congresso sobre vocação e missões. Reflexões bíblicas, histórias de vida, oportunidades de evangelização e serviço, música, leituras contínuas da Bíblia, oficinas, aconselhamentos, teatro, humor e oração. Estes são alguns itens de um cardápio rico que contou com a presença de missionários experientes, mas também de jovens que assumiram sua vocação no mundo.
“Experimentamos realidades profundas nestes quatro últimos dias. Verdade, paixão, discernimento, compaixão, convocação, amor... Fomos convidados a mergulhar no chamado de Deus para nós”, diz a Carta de Maringá, declaração final do evento.
O Vocare foi realizado por 15 organizações e ministérios cristãos compromissados com a juventude, sob a liderança da AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras). Foi uma verdadeira jornada de unidade que começou no fim de 2012 e que, com a realização do evento, mostrou ser possível juntar esforços em favor da causa missionária. “Cada organização contribuiu com o que tem de melhor. Nenhuma envolveu-se com a intenção de competir, mas sim de somar”, disse Rodrigo Gomes, diretor da Missão Base e líder do Vocare.
Com uso abundante de tecnologia (com telas de LED, vídeos e luzes no palco) e com interação na internet (transmissão ao vivo e compartilhamento de fotos em tempo real pelo Instagram), o Vocare surpreendeu e conseguiu contextualizar o tema numa linguagem dos jovens imersos em seus smartphones. “Conseguimos conectar o tema da vocação com esta nova geração”, disse Weslley Silva, do Instituto TeenStreetBrasil.
Entre os vários momentos emocionantes, a oração pela igreja indígena (com a presença de nove jovens de diferentes tribos) foi um dos principais. Exatamente no Dia do Índio (dia 19), a professora indígena Esther pediu: “nos ame”. Todos oraram juntos para que Deus abençoe a Igreja Indígena. Outro momento que marcou os ouvintes foi a reflexão bíblica sobre vocação feita por missionário Ronaldo Lidório. No final de sua palavra, Lidório convidou jovens, que naquele momento sentiam que Deus os estava chamando especificamente para a obra missionária, que fossem à frente. Dezenas deles foram e, em lágrimas, oraram juntos.
Uma novidade do evento foi uma maratona de leitura bíblica. A Bíblia toda foi lida por pessoas diferentes em 75 horas, ininterruptamente. O último capítulo foi lido no auditório principal num coro feito por todos os participantes juntos. A maratona de leitura bíblica faz parte do projeto da JOCUM “Uma Bíblia em cada casa”.
Assuntos discutidos
Se a vocação foi o tema principal, muitos outros relacionados a ela foram discutidos, expostos e abordados nas plenárias principais: violência, desigualdade social, cultura jovem global, mandato cultural, chamado geral e chamado específico, realismo da caminhada vocacional. Em pequenos grupos, os jovens conversaram então sobre os assuntos abordados. Nas 15 oficinas oferecidas, os participantes puderam discutir, mas também conhecer diferentes áreas de atuação missionária, além de bases bíblicas para tal.
Havia também um momento específico para testemunhos de jovens que, ao assumirem suas vocações, fizeram diferença nas áreas que atuam. Luke Greenwood foi um deles. O jovem músico, filho de missionários, compartilhou sua busca por descobrir seu papel no reino de Deus. Ele trabalha com jovens urbanos e por meio do rock pesado, anuncia o Evangelho. “O chamado de Deus é poderoso e nos consome”, disse.
Uma das coincidências do Vocare: o congresso começou e terminou com uma reflexão a partir da história do profeta Jonas. No primeiro dia, Antonio Carlos Costa, da ONG Rio da Paz, falou que “Nínive” está mais próxima de nós do que podemos imaginar e que Jonas, a despeito de sua desobediência, teve que ouviu a voz de Deus: “o cristão não pode construir com uma mão e destruir com a outra. Optemos pela vida”. Na manhã do último dia (21), Ziel Machado refletiu sobre as surpresas, as crises e as oportunidades na vida de Jonas diante da missão que Deus lhe deu. “O campo missionário não é um lugar ideal, mas um lugar de obediência”, disse Ziel. “Não foi nada planejado, mas foi muito bom, um presente de Deus esta coincidência”, disse Rodrigo Gomes.
O Vocare terminou com olhar para 2016. A data do próximo evento está marcada (21 a 24 de abril) e as inscrições abertas. Será no mesmo local, na Universidade Cesumar, em Maringá (PR). Mais de 50 pessoas já haviam feito sua inscrição ontem mesmo. A expectativa é que no próximo encontro o número de participantes dobre.
Em muitos aspectos, o Vocare foi único:
- Reuniu quase 700 adolescentes e jovens de diversas denominações para o tempo de reflexão sobre missão.
- O evento é fruto de uma caminhada em unidade por uma igreja ativa e contextualizada.
- O evento não foi polarizado na compreensão sobre missões: ouvimos diversas ênfases e aprendemos com os outros sobre a dimensão e a profundidade do conceito.
- O evento ocorreu dentro de uma universidade no espaço secular, de estudos e de trabalho.
- O evento conseguiu aproveitar o uso das novas tecnologias e assim conectar muitos jovens.
- O evento valorizou a ênfase do movimento: “o Vocare é mais do que um evento, é um movimento”, disse Rodrigo.
“O que vimos aqui foi, de fato, algo especial”, disse Ronaldo Lidório. “Deus derramou sua graça sobre todos nós e muita gente fora daqui está impressionada com isso”, declarou.
Fotos: Ultimato e Vocare
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“Experimentamos realidades profundas nestes quatro últimos dias. Verdade, paixão, discernimento, compaixão, convocação, amor... Fomos convidados a mergulhar no chamado de Deus para nós”, diz a Carta de Maringá, declaração final do evento.
O Vocare foi realizado por 15 organizações e ministérios cristãos compromissados com a juventude, sob a liderança da AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras). Foi uma verdadeira jornada de unidade que começou no fim de 2012 e que, com a realização do evento, mostrou ser possível juntar esforços em favor da causa missionária. “Cada organização contribuiu com o que tem de melhor. Nenhuma envolveu-se com a intenção de competir, mas sim de somar”, disse Rodrigo Gomes, diretor da Missão Base e líder do Vocare.
Com uso abundante de tecnologia (com telas de LED, vídeos e luzes no palco) e com interação na internet (transmissão ao vivo e compartilhamento de fotos em tempo real pelo Instagram), o Vocare surpreendeu e conseguiu contextualizar o tema numa linguagem dos jovens imersos em seus smartphones. “Conseguimos conectar o tema da vocação com esta nova geração”, disse Weslley Silva, do Instituto TeenStreetBrasil.
Entre os vários momentos emocionantes, a oração pela igreja indígena (com a presença de nove jovens de diferentes tribos) foi um dos principais. Exatamente no Dia do Índio (dia 19), a professora indígena Esther pediu: “nos ame”. Todos oraram juntos para que Deus abençoe a Igreja Indígena. Outro momento que marcou os ouvintes foi a reflexão bíblica sobre vocação feita por missionário Ronaldo Lidório. No final de sua palavra, Lidório convidou jovens, que naquele momento sentiam que Deus os estava chamando especificamente para a obra missionária, que fossem à frente. Dezenas deles foram e, em lágrimas, oraram juntos.
Uma novidade do evento foi uma maratona de leitura bíblica. A Bíblia toda foi lida por pessoas diferentes em 75 horas, ininterruptamente. O último capítulo foi lido no auditório principal num coro feito por todos os participantes juntos. A maratona de leitura bíblica faz parte do projeto da JOCUM “Uma Bíblia em cada casa”.
Assuntos discutidos
Se a vocação foi o tema principal, muitos outros relacionados a ela foram discutidos, expostos e abordados nas plenárias principais: violência, desigualdade social, cultura jovem global, mandato cultural, chamado geral e chamado específico, realismo da caminhada vocacional. Em pequenos grupos, os jovens conversaram então sobre os assuntos abordados. Nas 15 oficinas oferecidas, os participantes puderam discutir, mas também conhecer diferentes áreas de atuação missionária, além de bases bíblicas para tal.
Havia também um momento específico para testemunhos de jovens que, ao assumirem suas vocações, fizeram diferença nas áreas que atuam. Luke Greenwood foi um deles. O jovem músico, filho de missionários, compartilhou sua busca por descobrir seu papel no reino de Deus. Ele trabalha com jovens urbanos e por meio do rock pesado, anuncia o Evangelho. “O chamado de Deus é poderoso e nos consome”, disse.
Uma das coincidências do Vocare: o congresso começou e terminou com uma reflexão a partir da história do profeta Jonas. No primeiro dia, Antonio Carlos Costa, da ONG Rio da Paz, falou que “Nínive” está mais próxima de nós do que podemos imaginar e que Jonas, a despeito de sua desobediência, teve que ouviu a voz de Deus: “o cristão não pode construir com uma mão e destruir com a outra. Optemos pela vida”. Na manhã do último dia (21), Ziel Machado refletiu sobre as surpresas, as crises e as oportunidades na vida de Jonas diante da missão que Deus lhe deu. “O campo missionário não é um lugar ideal, mas um lugar de obediência”, disse Ziel. “Não foi nada planejado, mas foi muito bom, um presente de Deus esta coincidência”, disse Rodrigo Gomes.
O Vocare terminou com olhar para 2016. A data do próximo evento está marcada (21 a 24 de abril) e as inscrições abertas. Será no mesmo local, na Universidade Cesumar, em Maringá (PR). Mais de 50 pessoas já haviam feito sua inscrição ontem mesmo. A expectativa é que no próximo encontro o número de participantes dobre.
Em muitos aspectos, o Vocare foi único:
- Reuniu quase 700 adolescentes e jovens de diversas denominações para o tempo de reflexão sobre missão.
- O evento é fruto de uma caminhada em unidade por uma igreja ativa e contextualizada.
- O evento não foi polarizado na compreensão sobre missões: ouvimos diversas ênfases e aprendemos com os outros sobre a dimensão e a profundidade do conceito.
- O evento ocorreu dentro de uma universidade no espaço secular, de estudos e de trabalho.
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- O evento valorizou a ênfase do movimento: “o Vocare é mais do que um evento, é um movimento”, disse Rodrigo.
“O que vimos aqui foi, de fato, algo especial”, disse Ronaldo Lidório. “Deus derramou sua graça sobre todos nós e muita gente fora daqui está impressionada com isso”, declarou.
Fotos: Ultimato e Vocare
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Lissânder Dias do Amaral é jornalista, blogueiro, poeta e editor de livros. Integra o Conselho Nacional da Interserve Brasil e o Conselho da Unimissional. É autor de “O Cotidiano Extraordinário – a vida em pequenas crônicas” e responsável pelo blog Fatos e Correlatos do Portal Ultimato. É um dos fundadores do Movimento Vocare e ajudou a criar as organizações cristãs de cooperação Rede Mãos Dadas e Rede Evangélica Nacional de Ação Social (RENAS).
- Textos publicados: 125 [ver]
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Site: http://www.fatosecorrelatos.com.br
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