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- 18 de outubro de 2023
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VII Fórum Refugiados: devoção, cuidado e informação
Cerca de 7 milhões de migrantes e refugiados vivem na América Latina. O Brasil é um dos países mais impactados, com mais de 623 mil pessoas em necessidade de proteção internacional.
Por Juliana Gonçalves
Em um encontro marcante que reuniu mentes e corações dedicados, o VII Fórum Refugiados - acolher na comunidade de fé, realizado em São Paulo, entre os dias 28 a 30 de setembro provou ser um evento verdadeiramente inspirador e esclarecedor. Durante 21 horas repletas de conteúdo relevante e envolvente, o Fórum serviu como um farol de conhecimento e engajamento pela causa dos refugiados e migrantes.
Com uma participação impressionante, o evento atraiu 178 participantes presenciais de diversos estados do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará; e também de oito países: Afeganistão, Equador, Espanha, Bolívia, Inglaterra, Venezuela, Ucrânia e Paquistão, os quais tiveram participação ativa com direito a voz durante o Fórum, e mais 640 participantes online, demonstrando o impacto abrangente do evento. Com a colaboração e compartilhamento de experiências, líderes, especialistas e defensores se uniram para explorar soluções e estratégias destinadas a tornar o mundo um lugar mais acolhedor para aqueles que buscam refúgio.
Diversidade de palestrantes
O VII Fórum Refugiados contou com uma impressionante variedade de palestrantes que trouxeram perspectivas únicas e valiosas para a discussão. Desde pastores e líderes religiosos até especialistas em direitos humanos e representantes do poder público, cada um compartilhou sua visão e experiência, contribuindo para uma compreensão mais profunda das complexas questões que cercam a migração e o refúgio.
Participaram como convidados as organizações humanitárias internacionais ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), a OIM (Organização Internacional para Migrações) e Exodus Road. Em âmbito nacional, a ASBRAD (Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude). O Departamento de Migrações da Secretaria Nacional da Justiça - Ministério da Justiça e representante do CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social representaram o poder público
Temas cruciais
A crise migratória global está em constante crescimento, com o número de pessoas forçadas a se deslocar dobrando em apenas 10 anos, totalizando mais de 110 milhões de indivíduos em todo o mundo. A América Latina tem se tornado uma região cada vez mais afetada, com cerca de 7.3 milhões de migrantes e refugiados vivendo na região, a maioria vinda da Venezuela. O Brasil é um dos países mais impactados, com mais de 623 mil pessoas em necessidade de proteção internacional, segundo dados apresentados por Maria Beatriz Nogueira, representante d o ACNUR.
Os temas discutidos abordaram uma ampla gama de questões, desde a importância da espiritualidade na saúde mental dos migrantes até o desafio do tráfico de pessoas e exploração sexual no contexto migratório, como destacou Débora Fahur, diretora da Associação CASA e Coordenadora do Fórum Refugiados: “Tráfico de pessoas é um tema bastante complexo para esse e tempo. Em sete edições do Fórum, é a primeira vez que trazemos esse tema com o objetivo de compreender um pouco mais sobre a temática e quem sabe avançar também em ações nessa área de combate ao tráfico de pessoas”.
Cada mesa e trilha destacou a necessidade de compaixão, cooperação e ação eficaz para lidar com a crise global dos refugiados, mostrando a importância da legislação, políticas públicas e a proteção social a migrantes e refugiados. Além dos temas de inserção profissional e empreendedorismo e interculturalidade, houve também um olhar para o cuidado de si mesmo, tema da trilha que destacou o autoconhecimento, a intimidade com Deus e o cuidado próprio como fundamentais para a saúde emocional de quem atua com a população refugiada e migrante.
Jovens líderes
Comprometidos com a formação da nova geração, a coordenação do Fórum desenvolveu o projeto Jovens Líderes que contou com o apoio financeiro e logístico de organizações parcerias para o oferecimento de onze bolsas que cobriram os investimentos de inscrição, hospedagem, alimentação e deslocamento para jovens de 18 a 30 anos que atuam ou desejam atuar na causa de pessoas refugiadas ou deslocadas forçadamente. Ao todo, 20 jovens líderes foram envolvidos na iniciativa, como Naama Soares que escreveu um poema para sua participação no evento: “Com esperança e fervor desejo aprender e compartilhar experiências. Construir pontes entre culturas e corações. No Fórum encontrarei novas referências para transformar vidas e construir nações. Acredito na força da diversidade, na união dos povos, no abraço acolhedor. No Fórum enxergo a oportunidade de transformar a minha fé em um gesto de amor. Quero contribuir para uma sociedade mais justa onde migrantes e refugiados encontrem abrigo”.
A iniciativa de apoio aos jovens tornou-se um programa e se desdobrará em até seis encontros online pós-fórum, para que este grupo possa receber conteúdo e mentoria sobre a temática. Hugo Motti, mobilizador do Fórum explica que os encontros online estão abertos para os demais jovens que não são bolsistas e desejam participar das reuniões, e faz um apelo para organizações que queiram fornecer recursos para ampliar a participação desses bolsistas.
Responsabilidade social e espiritualidade
Durante o Fórum, as políticas públicas, as responsabilidades das organizações sociais e cidadãs foram pauta das mesas de exposição, trazendo informação e relevância para o trabalho cotidiano das instituições
Contudo, a espiritualidade e experiências inspiradoras de acolhimento de famílias permeavam os testemunhos e falas dos líderes presentes. Livros, Bíblias traduzidas, literatura especializada foram lançados e compartilhados para que a fé e a responsabilidade social caminhassem de mãos dadas no Fórum: “Temos caminhado com essa temática de apoio a refugiados e migrantes como uma maneira da gente celebrar a Palavra de Deus fazendo com que os refugiados imigrantes que chegam até nós tenham acesso a um texto de fácil compreensão, por isso essa investida em literatura e Bíblias com um bom texto”, explicou Tércio Sá Freire, diretor da Associação CASA.
O respeito ao ser humano e a glória de Deus em cada ação são princípios que resumem a abordagem de responsabilidade social e espiritualidade que permeou o Fórum, reforçando a importância de cuidar do próximo e agir com foco no Reino de Deus.
Arte e devoção
Convidados a contemplarem quadros, ilustrações e poemas, os participantes do Fórum puderam caminhar entre telas expostas por artistas voluntários que expressaram através de seus talentos a mensagem de acolhimento, fé e esperança. Felipe Batista, Natália Donini, Silvana Bezerra e Ana Terra expressaram o olhar de Cristo, o amparo, o cuidado e o acolhimento na casa, através das belas artes.
Outro momento de devoção, foi a Ceia realizada no último dia, por Valdir Steuernagel. Um convite para uma caminhada em silêncio em que, individualmente, cada um pode refletir e refazer, de forma bem simples e simbólica, a caminhada de quilômetros e quilômetros que milhões de adultos, idosos e crianças realizam diariamente. E ao chegar no local de destino, perceberem que há ainda uma nova vida para reconstruírem. Com migalhas de pão e copos improvisados e divididos, os participantes puderam cear em meio a árvores, cantos dos pássaros e lágrimas. Reconhecendo ao lado, que tudo o que tinham era a companhia uns dos outros e de Cristo: “Estamos falando de uma realidade humana que está presente, ela já não é nova. Se você não consegue mais chorar por isso, vai fazer outra coisa. Se isso virou um projeto, se isso virou promoção, se isso virou marketing, vá fazer outra coisa! Porque você já não é digno. Nós não somos dignos de sermos convidados por Jesus para chorar sobre a Jerusalém, sobre as rotas indescritíveis de sofrimento e dor humana em nossos dias”, disse Valdir sobre o sofrimento humano de refugiados e migrantes em suas longas caminhadas.
A resposta do Fórum
Um dos principais resultados do Fórum foi a ampla gama de ideias e iniciativas que surgiram a partir das conversas tidas. Os participantes foram desafiados a considerar como podem desempenhar um papel ativo na criação de comunidades acolhedoras e solidárias para refugiados e migrantes. As conexões feitas durante o evento prometem ter um impacto duradouro à medida que esses líderes continuam a trabalhar juntos em prol da causa.
Em um mundo onde os desafios dos refugiados e migrantes são urgentes e complexos, o VII Fórum Refugiados se destacou como um farol de esperança, conhecimento e ação. Este evento não apenas educou e inspirou, mas também catalisou mudanças significativas e fortaleceu a rede de apoio àqueles que mais precisam.
O compromisso demonstrado pelos participantes, tanto presencialmente quanto online, é uma prova de que, juntos, podemos criar um futuro mais brilhante e acolhedor para refugiados e migrantes em todo o mundo. O VII Fórum Refugiados foi, sem dúvida, um evento que fará diferença duradoura na busca por um mundo mais inclusivo e compassivo.
Com a parceria da Aliança Evangélica, ACNUR, Bíblica Brasil, Childfund, Como Nascido Entre Nós, FEPAS, Frontiers, Missão MAIS, Panahgah, Rede IBAB Solidária, Renas, Sociedade Bíblica Brasileira, Tearfund, Ultimato, United World Mission e Visão Mundial, fortalecemos as organizações sociais e igrejas evangélicas brasileiras para enfrentar a crise migratória e fazer a diferença na vida dos refugiados. Agradecemos de coração a todos os participantes e apoiadores do evento, que estão capacitando, sensibilizando, mobilizando e encorajando ações concretas em favor daqueles que precisam de apoio. Com diálogo, compartilhamento de recursos e experiências, estamos construindo um mundo mais acolhedor e solidário.
Acesse o conteúdo do Fórum no canal da CASA, clique aqui. E acompanhe novidades no Instagram @associacao.casa.oficial.
REVISTA ULTIMATO | DOXOLOGIA NO CULTO PÚBLICO E NA VIDA DIÁRIA
A matéria de capa desta edição convida o leitor ao exercício da doxologia: a afirmação vibrante sobre o que Deus é e o que ele faz. Uma afirmação que traduz a nossa opinião sobre Deus forjada pelas Escrituras e pelas experiências com ele. Isso vai contra a correnteza do mundo em que vivemos, tão pouco propício à solitude, à contemplação e à adoração.
É disso que trata a matéria de capa da edição 403 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» A Missão da Igreja Hoje – A Bíblia, a história e as questões contemporâneas, Michael W. Goheen
» A Missão Cristã no Mundo Moderno, John Stott
» Evangelização ou Colonização? – O risco de fazer missão sem se importar com o outro, Analzira Nascimento
» Mapeamento identifica organizações e igrejas cristãs evangélicas que desenvolvem ações de apoio a refugiados e migrantes no Brasil
» Ninguém escolhe ser refugiado ou nem sempre o que queremos dar é o que as pessoas precisam
» Como deve ser a nossa relação com imigrantes e refugiados?
» Qual o papel dos cristãos diante da crise humanitária de refugiados?
» Sobre os refugiados e a responsabilidade da igreja
Por Juliana Gonçalves
Em um encontro marcante que reuniu mentes e corações dedicados, o VII Fórum Refugiados - acolher na comunidade de fé, realizado em São Paulo, entre os dias 28 a 30 de setembro provou ser um evento verdadeiramente inspirador e esclarecedor. Durante 21 horas repletas de conteúdo relevante e envolvente, o Fórum serviu como um farol de conhecimento e engajamento pela causa dos refugiados e migrantes.
Com uma participação impressionante, o evento atraiu 178 participantes presenciais de diversos estados do Brasil: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Ceará; e também de oito países: Afeganistão, Equador, Espanha, Bolívia, Inglaterra, Venezuela, Ucrânia e Paquistão, os quais tiveram participação ativa com direito a voz durante o Fórum, e mais 640 participantes online, demonstrando o impacto abrangente do evento. Com a colaboração e compartilhamento de experiências, líderes, especialistas e defensores se uniram para explorar soluções e estratégias destinadas a tornar o mundo um lugar mais acolhedor para aqueles que buscam refúgio.
Diversidade de palestrantes
O VII Fórum Refugiados contou com uma impressionante variedade de palestrantes que trouxeram perspectivas únicas e valiosas para a discussão. Desde pastores e líderes religiosos até especialistas em direitos humanos e representantes do poder público, cada um compartilhou sua visão e experiência, contribuindo para uma compreensão mais profunda das complexas questões que cercam a migração e o refúgio.
Participaram como convidados as organizações humanitárias internacionais ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), a OIM (Organização Internacional para Migrações) e Exodus Road. Em âmbito nacional, a ASBRAD (Associação Brasileira de Defesa da Mulher, da Infância e da Juventude). O Departamento de Migrações da Secretaria Nacional da Justiça - Ministério da Justiça e representante do CNAS - Conselho Nacional de Assistência Social representaram o poder público
Temas cruciais
A crise migratória global está em constante crescimento, com o número de pessoas forçadas a se deslocar dobrando em apenas 10 anos, totalizando mais de 110 milhões de indivíduos em todo o mundo. A América Latina tem se tornado uma região cada vez mais afetada, com cerca de 7.3 milhões de migrantes e refugiados vivendo na região, a maioria vinda da Venezuela. O Brasil é um dos países mais impactados, com mais de 623 mil pessoas em necessidade de proteção internacional, segundo dados apresentados por Maria Beatriz Nogueira, representante d o ACNUR.
Os temas discutidos abordaram uma ampla gama de questões, desde a importância da espiritualidade na saúde mental dos migrantes até o desafio do tráfico de pessoas e exploração sexual no contexto migratório, como destacou Débora Fahur, diretora da Associação CASA e Coordenadora do Fórum Refugiados: “Tráfico de pessoas é um tema bastante complexo para esse e tempo. Em sete edições do Fórum, é a primeira vez que trazemos esse tema com o objetivo de compreender um pouco mais sobre a temática e quem sabe avançar também em ações nessa área de combate ao tráfico de pessoas”.
Cada mesa e trilha destacou a necessidade de compaixão, cooperação e ação eficaz para lidar com a crise global dos refugiados, mostrando a importância da legislação, políticas públicas e a proteção social a migrantes e refugiados. Além dos temas de inserção profissional e empreendedorismo e interculturalidade, houve também um olhar para o cuidado de si mesmo, tema da trilha que destacou o autoconhecimento, a intimidade com Deus e o cuidado próprio como fundamentais para a saúde emocional de quem atua com a população refugiada e migrante.
Jovens líderes
Comprometidos com a formação da nova geração, a coordenação do Fórum desenvolveu o projeto Jovens Líderes que contou com o apoio financeiro e logístico de organizações parcerias para o oferecimento de onze bolsas que cobriram os investimentos de inscrição, hospedagem, alimentação e deslocamento para jovens de 18 a 30 anos que atuam ou desejam atuar na causa de pessoas refugiadas ou deslocadas forçadamente. Ao todo, 20 jovens líderes foram envolvidos na iniciativa, como Naama Soares que escreveu um poema para sua participação no evento: “Com esperança e fervor desejo aprender e compartilhar experiências. Construir pontes entre culturas e corações. No Fórum encontrarei novas referências para transformar vidas e construir nações. Acredito na força da diversidade, na união dos povos, no abraço acolhedor. No Fórum enxergo a oportunidade de transformar a minha fé em um gesto de amor. Quero contribuir para uma sociedade mais justa onde migrantes e refugiados encontrem abrigo”.
A iniciativa de apoio aos jovens tornou-se um programa e se desdobrará em até seis encontros online pós-fórum, para que este grupo possa receber conteúdo e mentoria sobre a temática. Hugo Motti, mobilizador do Fórum explica que os encontros online estão abertos para os demais jovens que não são bolsistas e desejam participar das reuniões, e faz um apelo para organizações que queiram fornecer recursos para ampliar a participação desses bolsistas.
Responsabilidade social e espiritualidade
Durante o Fórum, as políticas públicas, as responsabilidades das organizações sociais e cidadãs foram pauta das mesas de exposição, trazendo informação e relevância para o trabalho cotidiano das instituições
Contudo, a espiritualidade e experiências inspiradoras de acolhimento de famílias permeavam os testemunhos e falas dos líderes presentes. Livros, Bíblias traduzidas, literatura especializada foram lançados e compartilhados para que a fé e a responsabilidade social caminhassem de mãos dadas no Fórum: “Temos caminhado com essa temática de apoio a refugiados e migrantes como uma maneira da gente celebrar a Palavra de Deus fazendo com que os refugiados imigrantes que chegam até nós tenham acesso a um texto de fácil compreensão, por isso essa investida em literatura e Bíblias com um bom texto”, explicou Tércio Sá Freire, diretor da Associação CASA.
O respeito ao ser humano e a glória de Deus em cada ação são princípios que resumem a abordagem de responsabilidade social e espiritualidade que permeou o Fórum, reforçando a importância de cuidar do próximo e agir com foco no Reino de Deus.
Arte e devoção
Convidados a contemplarem quadros, ilustrações e poemas, os participantes do Fórum puderam caminhar entre telas expostas por artistas voluntários que expressaram através de seus talentos a mensagem de acolhimento, fé e esperança. Felipe Batista, Natália Donini, Silvana Bezerra e Ana Terra expressaram o olhar de Cristo, o amparo, o cuidado e o acolhimento na casa, através das belas artes.
Outro momento de devoção, foi a Ceia realizada no último dia, por Valdir Steuernagel. Um convite para uma caminhada em silêncio em que, individualmente, cada um pode refletir e refazer, de forma bem simples e simbólica, a caminhada de quilômetros e quilômetros que milhões de adultos, idosos e crianças realizam diariamente. E ao chegar no local de destino, perceberem que há ainda uma nova vida para reconstruírem. Com migalhas de pão e copos improvisados e divididos, os participantes puderam cear em meio a árvores, cantos dos pássaros e lágrimas. Reconhecendo ao lado, que tudo o que tinham era a companhia uns dos outros e de Cristo: “Estamos falando de uma realidade humana que está presente, ela já não é nova. Se você não consegue mais chorar por isso, vai fazer outra coisa. Se isso virou um projeto, se isso virou promoção, se isso virou marketing, vá fazer outra coisa! Porque você já não é digno. Nós não somos dignos de sermos convidados por Jesus para chorar sobre a Jerusalém, sobre as rotas indescritíveis de sofrimento e dor humana em nossos dias”, disse Valdir sobre o sofrimento humano de refugiados e migrantes em suas longas caminhadas.
A resposta do Fórum
Um dos principais resultados do Fórum foi a ampla gama de ideias e iniciativas que surgiram a partir das conversas tidas. Os participantes foram desafiados a considerar como podem desempenhar um papel ativo na criação de comunidades acolhedoras e solidárias para refugiados e migrantes. As conexões feitas durante o evento prometem ter um impacto duradouro à medida que esses líderes continuam a trabalhar juntos em prol da causa.
Em um mundo onde os desafios dos refugiados e migrantes são urgentes e complexos, o VII Fórum Refugiados se destacou como um farol de esperança, conhecimento e ação. Este evento não apenas educou e inspirou, mas também catalisou mudanças significativas e fortaleceu a rede de apoio àqueles que mais precisam.
O compromisso demonstrado pelos participantes, tanto presencialmente quanto online, é uma prova de que, juntos, podemos criar um futuro mais brilhante e acolhedor para refugiados e migrantes em todo o mundo. O VII Fórum Refugiados foi, sem dúvida, um evento que fará diferença duradoura na busca por um mundo mais inclusivo e compassivo.
Com a parceria da Aliança Evangélica, ACNUR, Bíblica Brasil, Childfund, Como Nascido Entre Nós, FEPAS, Frontiers, Missão MAIS, Panahgah, Rede IBAB Solidária, Renas, Sociedade Bíblica Brasileira, Tearfund, Ultimato, United World Mission e Visão Mundial, fortalecemos as organizações sociais e igrejas evangélicas brasileiras para enfrentar a crise migratória e fazer a diferença na vida dos refugiados. Agradecemos de coração a todos os participantes e apoiadores do evento, que estão capacitando, sensibilizando, mobilizando e encorajando ações concretas em favor daqueles que precisam de apoio. Com diálogo, compartilhamento de recursos e experiências, estamos construindo um mundo mais acolhedor e solidário.
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REVISTA ULTIMATO | DOXOLOGIA NO CULTO PÚBLICO E NA VIDA DIÁRIA
A matéria de capa desta edição convida o leitor ao exercício da doxologia: a afirmação vibrante sobre o que Deus é e o que ele faz. Uma afirmação que traduz a nossa opinião sobre Deus forjada pelas Escrituras e pelas experiências com ele. Isso vai contra a correnteza do mundo em que vivemos, tão pouco propício à solitude, à contemplação e à adoração.
É disso que trata a matéria de capa da edição 403 da Revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
Saiba mais:
» A Missão da Igreja Hoje – A Bíblia, a história e as questões contemporâneas, Michael W. Goheen
» A Missão Cristã no Mundo Moderno, John Stott
» Evangelização ou Colonização? – O risco de fazer missão sem se importar com o outro, Analzira Nascimento
» Mapeamento identifica organizações e igrejas cristãs evangélicas que desenvolvem ações de apoio a refugiados e migrantes no Brasil
» Ninguém escolhe ser refugiado ou nem sempre o que queremos dar é o que as pessoas precisam
» Como deve ser a nossa relação com imigrantes e refugiados?
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