Opinião
- 01 de dezembro de 2016
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Um médico doente
Fiquei doente. Confesso que para mim, mais de quarenta anos acostumado como médico a ir todo o dia para o hospital, conviver com a doença tornou-se rotina.
É, mas quando somos nós o enfermo, a coisa muda. A dor, a restrição ao leito, as agulhadas, a comida sem gosto, incomodam muito!
E o prognóstico? O amanhã? Esse é um mistério sombrio que se insinua na mente. Como uma sombra, uma bebida amarga que passa arranhando, fazendo perguntas, ardendo o estômago...
Nessas horas, a gente tem algumas opções.
Podemos fugir da realidade e negar tudo o que esta acontecendo. Fingir que está tudo bem, que Deus é nossa força e exteriorizar uma falsa euforia sobre humana. Esta atitude pode até agradar aqueles que nos cercam. Passamos a ser alvo de elogios e admiração! Mas é tudo farsa...
Outra atitude é afundarmos no desânimo. Aquele rosto carente e medroso que traz um cuidado maior dos parentes. Para quem tem mulher atenciosa, é um prato fundo! Mil atenções, comidinhas especiais, carinho em dobro. Não é que tem gente que nestas horas curte um chamego especial? O problema é que à noite ficamos sozinhos com nossos desesperos. Aí não tem mulher que dê jeito...
Mas, existe uma opção mais nobre. Sem subestimar a situação, começarmos a praticar a esperança. Encarar de frente o problema e desenvolver pensamentos de fé. Afinal, Deus nos ensina a pedir! Pedir e crer que o livramento virá. Adotar uma posição de gratidão.
Comigo funciona repetir e repetir e repetir. A resposta, o cuidado do Senhor precisa proteger nossos pensamentos. Não é por medo, mas com confiança. Nessas horas, a oração dos irmãos ajuda demais. Que conforto achar um ombro amigo que estimula. Quando estamos sozinhos somos mais frágeis.
Quem conhece a Bíblia leva uma vantagem colossal. Começamos a falar versículos bíblicos. E a fé vem pelo ouvir! Ouvir com a alma! Com a Bíblia, o sofrimento perde o ferrão. Um salmo bem meditado vale mais que Olcadil*.
Por isso meu amigo, comece a se preparar. Tão certo quanto você vive, a sombra vai surgir lá no horizonte. Em vez de fazer estoque de remédios, faça estoque de versos da Bíblia. Vá guardando na memória – às vezes nem podemos ler. Vá enriquecendo sua fé. Você vai precisar dela um dia... O meu dia chegou. Estou vencendo. Mas preciso dos irmãos, da família, da Bíblia e, principalmente, de Jesus!
* Olcadil é um benzodiazepínico que produz alívio da ansiedade, do medo, da inquietude interior, da tensão.
Paulo Brito é médico, músico e pastor presidente da Igreja Missionária Maranata. Pastoreia no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ).
É, mas quando somos nós o enfermo, a coisa muda. A dor, a restrição ao leito, as agulhadas, a comida sem gosto, incomodam muito!
E o prognóstico? O amanhã? Esse é um mistério sombrio que se insinua na mente. Como uma sombra, uma bebida amarga que passa arranhando, fazendo perguntas, ardendo o estômago...
Nessas horas, a gente tem algumas opções.
Podemos fugir da realidade e negar tudo o que esta acontecendo. Fingir que está tudo bem, que Deus é nossa força e exteriorizar uma falsa euforia sobre humana. Esta atitude pode até agradar aqueles que nos cercam. Passamos a ser alvo de elogios e admiração! Mas é tudo farsa...
Outra atitude é afundarmos no desânimo. Aquele rosto carente e medroso que traz um cuidado maior dos parentes. Para quem tem mulher atenciosa, é um prato fundo! Mil atenções, comidinhas especiais, carinho em dobro. Não é que tem gente que nestas horas curte um chamego especial? O problema é que à noite ficamos sozinhos com nossos desesperos. Aí não tem mulher que dê jeito...
Mas, existe uma opção mais nobre. Sem subestimar a situação, começarmos a praticar a esperança. Encarar de frente o problema e desenvolver pensamentos de fé. Afinal, Deus nos ensina a pedir! Pedir e crer que o livramento virá. Adotar uma posição de gratidão.
Comigo funciona repetir e repetir e repetir. A resposta, o cuidado do Senhor precisa proteger nossos pensamentos. Não é por medo, mas com confiança. Nessas horas, a oração dos irmãos ajuda demais. Que conforto achar um ombro amigo que estimula. Quando estamos sozinhos somos mais frágeis.
Quem conhece a Bíblia leva uma vantagem colossal. Começamos a falar versículos bíblicos. E a fé vem pelo ouvir! Ouvir com a alma! Com a Bíblia, o sofrimento perde o ferrão. Um salmo bem meditado vale mais que Olcadil*.
Por isso meu amigo, comece a se preparar. Tão certo quanto você vive, a sombra vai surgir lá no horizonte. Em vez de fazer estoque de remédios, faça estoque de versos da Bíblia. Vá guardando na memória – às vezes nem podemos ler. Vá enriquecendo sua fé. Você vai precisar dela um dia... O meu dia chegou. Estou vencendo. Mas preciso dos irmãos, da família, da Bíblia e, principalmente, de Jesus!
* Olcadil é um benzodiazepínico que produz alívio da ansiedade, do medo, da inquietude interior, da tensão.
Paulo Brito é médico, músico e pastor presidente da Igreja Missionária Maranata. Pastoreia no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro (RJ).
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Ricardo Barbosa