Prateleira
- 08 de janeiro de 2015
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Somos todos Charlie Hebdo. E somos todos Editores Cristãos*
Em abril de 2007, a Editora Zirve, na cidade de Malatya, na Turquia – cidade natal de Mehmet Ali Agca, o turco que baleou o papa João Paulo II em 1981 –, sofria um ataque bárbaro e tão estúpido quanto o ocorrido ontem em Paris contra a revista francesa "Charlie Hebdo", deixando doze mortos.
Naqueles dias, Ultimato publicou a notícia Editores cristãos assassinados na Turquia, dando conta de que os assassinos fizeram três mortos na sede da editora, que atua na produção e distribuição de livros cristãos e Bíblias na Turquia. As três vítimas, dois turcos e um alemão, foram encontradas com as mãos e os pés atados e a garganta cortada.
Assim como em 2007, estamos chocados e constrangidos com o ódio religioso que não conhece os limites que separam as religiões – qualquer religião. Ultimato junta-se à comunidade editorial global em repúdio ao terrorismo e a qualquer ato contra a liberdade de expressão.
*Hoje “somos todos Charlie Hebdo. Ontem, “fomos todos Editora Zirve”.
- A ilustração desta prateleira é uma reprodução da primeira página do jornal católico francês “La Croix”, publicado hoje. Desenho de Frédéric Deligne.
****
Leia a seguir, a transcrição da nota emitida pela Camâra Brasileira do Livro.
Somos todos Charlie Hebdo
Tendo em vista o ataque à revista francesa Charlie Hebdo, ocorrido nesta quarta-feira (7), em Paris, a Câmara Brasileira do Livro - CBL replica nota de apoio divulgada pela IPA - Associação Internacional dos Editores.
A CBL repudia qualquer ato contra a liberdade de expressão, em especial ações de tamanha violência e intolerância. A entidade se solidariza com o povo francês, que neste momento encontra-se indignado com o atentado, e presta suas mais profundas condolências aos profissionais e suas famílias.
Somos todos Charlie Hebdo: editores árabes e internacionais unidos em defesa da liberdade de expressão
Genebra, 7 de janeiro 2015
O ataque assassino à revista satírica francesa é, na verdade, um ataque aos valores comuns aos editores.
A comunidade editorial global está chocada com o acontecimento brutal de hoje, contra a revista francesa Charlie Hebdo, no qual o editor-chefe Stéphane Charbonnier e os cartunistas Jean Cabut, Bernard Verlhac e George Wolinski estavam dentre as doze pessoas mortas.
Assem Shalaby, presidente da Associação de Editores Árabes, condenou: "este ataque perverso é contrário aos princípios do Islã e à mensagem de seu profeta."
"Este é um horrível crime cometido contra a humanidade, a liberdade de expressão, o Islã e os muçulmanos", disse Ibrahim El Moallem, presidente da Dar El Shorouk, a maior editora de livros árabe. "É um ataque contra a civilização".
Presidente da IPA - International Publishers Association e da Bloomsbury, Richard Charkin, disse que "o ataque à Charlie Hebdo é um ataque aos valores fundamentais dos editores: a liberdade de expressão, a liberdade de publicar e o direito de criticar e polemizar. A IPA apela a todos os editores, autores, jornalistas e cartunistas que estejam juntos a defender esses valores. Somos todos Charlie Hebdo".
Vincent Montagne, presidente da Associação dos Editores Franceses SNE, disse que "estamos profundamente chocados com o ataque assassino de hoje contra os autores, jornalistas e cartunistas. Barbárie e fanatismo não terão a palavra final".
Ola Wallin, presidente do Comitê da Liberdade para Publicar do IPA, disse que "o assassinato de hoje em Paris é um crime contra toda a indústria editorial. Os trabalhadores da Charlie Hebdo sacrificaram suas vidas pela liberdade de expressão".
O secretário-geral da IPA, Jens Bammel, disse que "não devemos permitir que as minorias radicais manchem a mensagem de todas as grandes religiões: de paz, compaixão, amor e respeito. Os sentimentos do mundo editorial estão com as vítimas de hoje e suas famílias."
Nota aos Editores: A IPA - International Publishers Association é a federação internacional de associações de editores nacionais, representando todos os aspectos de publicação de livros e revistas de todo o mundo. A IPA é uma associação da indústria, com uma premissa de direitos humanos. Ela luta contra a censura e promove direitos autorais, alfabetização e liberdade de publicar, em todo o mundo.
www.internationalpublishers.org
Naqueles dias, Ultimato publicou a notícia Editores cristãos assassinados na Turquia, dando conta de que os assassinos fizeram três mortos na sede da editora, que atua na produção e distribuição de livros cristãos e Bíblias na Turquia. As três vítimas, dois turcos e um alemão, foram encontradas com as mãos e os pés atados e a garganta cortada.
Assim como em 2007, estamos chocados e constrangidos com o ódio religioso que não conhece os limites que separam as religiões – qualquer religião. Ultimato junta-se à comunidade editorial global em repúdio ao terrorismo e a qualquer ato contra a liberdade de expressão.
*Hoje “somos todos Charlie Hebdo. Ontem, “fomos todos Editora Zirve”.
- A ilustração desta prateleira é uma reprodução da primeira página do jornal católico francês “La Croix”, publicado hoje. Desenho de Frédéric Deligne.
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Leia a seguir, a transcrição da nota emitida pela Camâra Brasileira do Livro.
Somos todos Charlie Hebdo
Tendo em vista o ataque à revista francesa Charlie Hebdo, ocorrido nesta quarta-feira (7), em Paris, a Câmara Brasileira do Livro - CBL replica nota de apoio divulgada pela IPA - Associação Internacional dos Editores.
A CBL repudia qualquer ato contra a liberdade de expressão, em especial ações de tamanha violência e intolerância. A entidade se solidariza com o povo francês, que neste momento encontra-se indignado com o atentado, e presta suas mais profundas condolências aos profissionais e suas famílias.
Somos todos Charlie Hebdo: editores árabes e internacionais unidos em defesa da liberdade de expressão
Genebra, 7 de janeiro 2015
O ataque assassino à revista satírica francesa é, na verdade, um ataque aos valores comuns aos editores.
A comunidade editorial global está chocada com o acontecimento brutal de hoje, contra a revista francesa Charlie Hebdo, no qual o editor-chefe Stéphane Charbonnier e os cartunistas Jean Cabut, Bernard Verlhac e George Wolinski estavam dentre as doze pessoas mortas.
Assem Shalaby, presidente da Associação de Editores Árabes, condenou: "este ataque perverso é contrário aos princípios do Islã e à mensagem de seu profeta."
"Este é um horrível crime cometido contra a humanidade, a liberdade de expressão, o Islã e os muçulmanos", disse Ibrahim El Moallem, presidente da Dar El Shorouk, a maior editora de livros árabe. "É um ataque contra a civilização".
Presidente da IPA - International Publishers Association e da Bloomsbury, Richard Charkin, disse que "o ataque à Charlie Hebdo é um ataque aos valores fundamentais dos editores: a liberdade de expressão, a liberdade de publicar e o direito de criticar e polemizar. A IPA apela a todos os editores, autores, jornalistas e cartunistas que estejam juntos a defender esses valores. Somos todos Charlie Hebdo".
Vincent Montagne, presidente da Associação dos Editores Franceses SNE, disse que "estamos profundamente chocados com o ataque assassino de hoje contra os autores, jornalistas e cartunistas. Barbárie e fanatismo não terão a palavra final".
Ola Wallin, presidente do Comitê da Liberdade para Publicar do IPA, disse que "o assassinato de hoje em Paris é um crime contra toda a indústria editorial. Os trabalhadores da Charlie Hebdo sacrificaram suas vidas pela liberdade de expressão".
O secretário-geral da IPA, Jens Bammel, disse que "não devemos permitir que as minorias radicais manchem a mensagem de todas as grandes religiões: de paz, compaixão, amor e respeito. Os sentimentos do mundo editorial estão com as vítimas de hoje e suas famílias."
Nota aos Editores: A IPA - International Publishers Association é a federação internacional de associações de editores nacionais, representando todos os aspectos de publicação de livros e revistas de todo o mundo. A IPA é uma associação da indústria, com uma premissa de direitos humanos. Ela luta contra a censura e promove direitos autorais, alfabetização e liberdade de publicar, em todo o mundo.
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