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- 20 de outubro de 2008
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Sexo, o "ponto de vista" de Stephen Kanitz e Salomão
Apesar dos três milênios que separam o capítulo 7 de Provérbios do artigo Por que sexo é tão divertido de Stephen Kanitz (publicado pela revista Veja, 16/07/2008), há muitas semelhanças entre eles.
Kanitz escreve que “um jovem hoje em dia terá sido exposto a 12.000 apelos sexuais antes de completar 14 anos, uma aberração cultural sem precedente na história da humanidade”. Salomão, um dos autores de Provérbios, descreve como um adolescente é exposto a um apelo sexual muito bem feito, que ele não consegue resistir. O rapazinho acaba aceitando o convite da mulher mais velha que ele: “Venha, vamos embriagar-nos de carícias até o amanhecer, gozemos as delícias do amor!” (7.18).
Kanitz explica que “quando as mulheres reclamam que os homens só pensam ‘naquilo’, elas estão sendo tremendamente injustas porque o instinto do ‘não esquecimento’ está em ambos os sexos, e com a mesma intensidade”. Talvez para surpresa de muitos, o colunista de Veja acrescenta: “Hoje se suspeita até que mais mulheres traiam o marido do que vice-versa”. Pois é, a tal mulher que seduziu o adolescente não era nem uma menina assanhada nem uma prostituta: era uma mulher que estava traindo deliberadamente o marido. Ela disse ao jovem: “Meu marido não está em casa, saiu para uma longa viagem e pela quantidade de dinheiro que levou, deverá ficar fora de casa por vários dias” (7.20, BV).
É lógico que Kanitz não fala mal do sexo. Ele critica, sim, “o erotismo desenfreado, a preocupação exagerada com o sexo, o desempenho e a traição, que trazem como conseqüência esta sociedade de consumo e de ostentação”. Salomão age da mesma forma. Ele encoraja o sexo com amor, com responsabilidade: “Alegre-se com a esposa da sua juventude [...] Que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela” (5.18-19). Tanto Kanitz quanto Salomão pregam o compromisso conjugal: “Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio poço” (5.15).
O “Ponto de Vista” de Stephen Kanitz foi algo surpreendente e de uma coragem sem par, pois ele termina seu texto com uma advertência: “Nossos professores, artistas e cineastas, nossos líderes espirituais, nossa igreja, nossos intelectuais estão se esquecendo de que sexo precisa ser de fato divertido, mas o segredo do divertimento são o comedimento, a surpresa e o mistério, e não essa massificação e banalização a que estão nos submetendo”.
Kanitz escreve que “um jovem hoje em dia terá sido exposto a 12.000 apelos sexuais antes de completar 14 anos, uma aberração cultural sem precedente na história da humanidade”. Salomão, um dos autores de Provérbios, descreve como um adolescente é exposto a um apelo sexual muito bem feito, que ele não consegue resistir. O rapazinho acaba aceitando o convite da mulher mais velha que ele: “Venha, vamos embriagar-nos de carícias até o amanhecer, gozemos as delícias do amor!” (7.18).
Kanitz explica que “quando as mulheres reclamam que os homens só pensam ‘naquilo’, elas estão sendo tremendamente injustas porque o instinto do ‘não esquecimento’ está em ambos os sexos, e com a mesma intensidade”. Talvez para surpresa de muitos, o colunista de Veja acrescenta: “Hoje se suspeita até que mais mulheres traiam o marido do que vice-versa”. Pois é, a tal mulher que seduziu o adolescente não era nem uma menina assanhada nem uma prostituta: era uma mulher que estava traindo deliberadamente o marido. Ela disse ao jovem: “Meu marido não está em casa, saiu para uma longa viagem e pela quantidade de dinheiro que levou, deverá ficar fora de casa por vários dias” (7.20, BV).
É lógico que Kanitz não fala mal do sexo. Ele critica, sim, “o erotismo desenfreado, a preocupação exagerada com o sexo, o desempenho e a traição, que trazem como conseqüência esta sociedade de consumo e de ostentação”. Salomão age da mesma forma. Ele encoraja o sexo com amor, com responsabilidade: “Alegre-se com a esposa da sua juventude [...] Que os seios de sua esposa sempre o fartem de prazer, e sempre o embriaguem os carinhos dela” (5.18-19). Tanto Kanitz quanto Salomão pregam o compromisso conjugal: “Beba das águas da sua cisterna, das águas que brotam do seu próprio poço” (5.15).
O “Ponto de Vista” de Stephen Kanitz foi algo surpreendente e de uma coragem sem par, pois ele termina seu texto com uma advertência: “Nossos professores, artistas e cineastas, nossos líderes espirituais, nossa igreja, nossos intelectuais estão se esquecendo de que sexo precisa ser de fato divertido, mas o segredo do divertimento são o comedimento, a surpresa e o mistério, e não essa massificação e banalização a que estão nos submetendo”.
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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