Opinião
- 30 de outubro de 2013
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Sexo e liberdade
Poucos discordariam de que a moralidade sexual evangélica encontra-se em uma grande crise. E não apenas uma crise de coerência, uma crise de práticas, mas uma crise de princípios. Nos púlpitos (ou na grande maioria deles) a moralidade Cristã tradicional continua encontrando suporte: sexo exclusivamente heterossexual, rejeição da pornografia, namoro sem sexo, casamento como pacto moral, monogamia, etc.
Mas no meio do povo a regra já é outra há tempos. Sim, alguns dirão que sempre foi outra. É certo que o ‘puritanismo’ evangélico oficial sempre foi manco na prática, e na verdade isso se aplicaria à história inteira do cristianismo; mas não é disso que estamos falando, da evidente incoerência dos cristãos em manter seus próprios padrões sexuais. O que vemos hoje é um pouco diferente: a moralidade sexual cristã clássica deixou de ser difícil, para se tornar implausível.
Implausível, este é o termo certo. Não apenas porque é muito difícil de cumprir no mundo hipermoderno, com suas ofertas incessantes de prazer rápido e fácil, e com a diminuição dos escrúpulos tradicionais (o que meu avô chamava de “sem-vergonhice”), mas porque ela começou a parecer errada mesmo. Sem fundamentos, sem justificativas, doentia e, mas recentemente, imoral.
- Leia o artigo completo no blog do Guilherme de Carvalho.
Leia mais
Abraçando e reabraçando a santidade do corpo e da mente (revista Ultimato 325)
Sexo: espiritualidade, instinto e cultura (Ageu Lisboa)
Eros e sexualidade (John White)
Mas no meio do povo a regra já é outra há tempos. Sim, alguns dirão que sempre foi outra. É certo que o ‘puritanismo’ evangélico oficial sempre foi manco na prática, e na verdade isso se aplicaria à história inteira do cristianismo; mas não é disso que estamos falando, da evidente incoerência dos cristãos em manter seus próprios padrões sexuais. O que vemos hoje é um pouco diferente: a moralidade sexual cristã clássica deixou de ser difícil, para se tornar implausível.
Implausível, este é o termo certo. Não apenas porque é muito difícil de cumprir no mundo hipermoderno, com suas ofertas incessantes de prazer rápido e fácil, e com a diminuição dos escrúpulos tradicionais (o que meu avô chamava de “sem-vergonhice”), mas porque ela começou a parecer errada mesmo. Sem fundamentos, sem justificativas, doentia e, mas recentemente, imoral.
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É teólogo, mestre em Ciências da Religião e diretor de L’Abri Fellowship Brasil. Pastor da Igreja Esperança em Belo Horizonte e presidente da Associação Kuyper para Estudos Transdisciplinares, é também organizador e autor de Cosmovisão Cristã e Transformação e membro fundador da Associação Brasileira Cristãos na Ciência (ABC2).
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