Opinião
- 08 de setembro de 2021
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Semana da pátria: apoiar ou repudiar não define o irmão
Por Pedro Lucas Dulci
Na semana em que sobram manifestações de apoio ou repúdio político, se os seus olhos não forem bons, todo o seu corpo será tomado de densas trevas!
Viver em uma sociedade do espetáculo significa, dentre muitas coisas, estar submetido constantemente às imagens em movimento assediando nossas afeições e confundindo a lealdade do nosso coração.
Em um ambiente assim, somos iludidos e afetados pelo que vemos nas redes sociais. Nesses dias, ficamos mal com amigos e discutimos em razão do que vemos na internet.
Tim Keller pode nos ajudar a entender porque um ego inflamado toma como ofensa pessoal as publicações contrárias aos compromissos do seu coração. Precisamos de vigilância e disciplina espiritual.
A partir das raízes espirituais dessa dinâmica cultural é muito fácil passarmos a medir o entendimento que as pessoas têm do Evangelho pelo que elas fazem ou falam em relação ao governo — e isso acontece a partir de todas as preferências ideológicas.
E essa é uma ilusão pueril: tornar os compromissos políticos como mediadores das relações entre Deus e os seres humanos — e entre seres humanos. E, pior, compromissos mediados pelas imagens que nos chegam pelas mídias sociais. Julgamos um irmão em Cristo pelo jogo de imagens da lógica sinistra da espetacularização em que vivemos.
Não existe nada mais enganoso e distante do Evangelho do Senhor Jesus, que faz a mediação entre os seres humanos exclusivamente pela obra de Cristo aplicada a nós — independente das manifestações de apoio ou repúdio aos governos humanos, demasiado humanos.
Meu clamor é: guarde seu coração desse erro! Não se esqueça do que te faz chamar alguém de irmão! Não é a presença ou ausência dele em Brasília. Não é o repúdio ou apoio a esse ou aquele candidato. Por mais importantes que sejam as questões políticas, elas são relativas quando comparadas aos compromissos últimos da fé em Jesus. Só isso nos define.
Lembrem-se: a forma desse mundo está passando. Aqueles que se manifestam, vivam como se não se manifestassem. Os que estão no poder ou que estão na oposição, como se não estivessem... Porque o tempo que nos resta está sendo abreviado!
>> Conheça Fé Cristã e Ação Política, de Pedro Dulci.
Na semana em que sobram manifestações de apoio ou repúdio político, se os seus olhos não forem bons, todo o seu corpo será tomado de densas trevas!
Viver em uma sociedade do espetáculo significa, dentre muitas coisas, estar submetido constantemente às imagens em movimento assediando nossas afeições e confundindo a lealdade do nosso coração.
Em um ambiente assim, somos iludidos e afetados pelo que vemos nas redes sociais. Nesses dias, ficamos mal com amigos e discutimos em razão do que vemos na internet.
Tim Keller pode nos ajudar a entender porque um ego inflamado toma como ofensa pessoal as publicações contrárias aos compromissos do seu coração. Precisamos de vigilância e disciplina espiritual.
A partir das raízes espirituais dessa dinâmica cultural é muito fácil passarmos a medir o entendimento que as pessoas têm do Evangelho pelo que elas fazem ou falam em relação ao governo — e isso acontece a partir de todas as preferências ideológicas.
E essa é uma ilusão pueril: tornar os compromissos políticos como mediadores das relações entre Deus e os seres humanos — e entre seres humanos. E, pior, compromissos mediados pelas imagens que nos chegam pelas mídias sociais. Julgamos um irmão em Cristo pelo jogo de imagens da lógica sinistra da espetacularização em que vivemos.
Não existe nada mais enganoso e distante do Evangelho do Senhor Jesus, que faz a mediação entre os seres humanos exclusivamente pela obra de Cristo aplicada a nós — independente das manifestações de apoio ou repúdio aos governos humanos, demasiado humanos.
Meu clamor é: guarde seu coração desse erro! Não se esqueça do que te faz chamar alguém de irmão! Não é a presença ou ausência dele em Brasília. Não é o repúdio ou apoio a esse ou aquele candidato. Por mais importantes que sejam as questões políticas, elas são relativas quando comparadas aos compromissos últimos da fé em Jesus. Só isso nos define.
Lembrem-se: a forma desse mundo está passando. Aqueles que se manifestam, vivam como se não se manifestassem. Os que estão no poder ou que estão na oposição, como se não estivessem... Porque o tempo que nos resta está sendo abreviado!
>> Conheça Fé Cristã e Ação Política, de Pedro Dulci.
Autor de Fé Cristã e Ação Política, Pedro Lucas Dulci, é filósofo e pastor presbiteriano. Casado com Carolinne e pai de Benjamin, desenvolve pesquisa em ética e filosofia política contemporânea e estudos sobre o diálogo entre ciência e religião, com estágio na Vrije Universiteit Amsterdam. É teólogo e coordenador pedagógico no Invisible College.
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