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- 25 de março de 2014
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“Sem a 16ª Consciência Cristã, Campina Grande ficaria vazia”, diz coordenador do evento
Em termos numéricos, o 16º Encontro para a Consciência Cristã, ocorrido de 27 de fevereiro a 04 de março em Campina Grande (PB), foi um dos maiores congressos evangélicos interdenominacionais do país. Com ênfase apologética, o evento, que foi gratuito, recebeu mais de 70 mil pessoas para ouvirem 32 preletores, entre eles, o conhecido pregador norte-americano Paul Washer.
Em termos econômicos, o evento também ajudou a cidade. Segundo levantamento da empresa Instituto de Pesquisas 6 Sigma, o 16º Encontro para a Consciência Cristã gerou um incremento de R$ 2,130 milhões para economia de Campina Grande, atraindo um total de 3.060 turistas de diversas regiões do Brasil para a cidade paraibana no período do Carnaval.
A seguir, publicamos uma entrevista com o coordenador geral do 16º Encontro para a Consciência Cristã, Pr. Euder Guedes, que faz uma avaliação positiva da iniciativa, mas reclama da superficialidade da igreja evangélica brasileira.
Já são 16 anos de Encontro para a Consciência Cristã. Como avalia as transformações pelas quais o evento passou durante esses anos?
Pr. Euder: No princípio tínhamos como único objetivo fazer um contraponto ao Encontro da Nova Consciência, evento esotérico que desde o início da década de 90 é realizado na cidade. Com o passar dos anos, nos voltamos para questões intramuros que afligem a igreja evangélica dos nossos dias, contudo, temos tratado, ainda, de questões apologéticas dentro do evento.
Este ano a pesquisa realizada em Campina Grande levantou que o impacto econômico foi de mais de R$ 2 milhões. O sr acredita que esse impacto pode aumentar nos próximos anos? Qual o prognóstico?
Pr. Euder: O maior impacto do evento é na vida das pessoas, e isso é algo imensurável. O impacto financeiro é importante para cidade, mas o nosso objetivo vai muito além disso. Cremos que o impacto financeiro tende a crescer, mas pensamos que isso seja algo secundário diante da missão do encontro que é promover a edificação do Corpo de Cristo, além do crescimento do indivíduo na sociedade e na família.
O sr. acredita que o evento trouxe mais divisas para a região do que o próprio carnaval traria?
Pr. Euder: O carnaval na nossa cidade não existe, o que temos é um certo saudosismo por parte de alguns carnavalescos na cidade. Sem a Consciência Cristã, cremos que a cidade ficaria completamente esvaziada, já que a tendência natural de quem está no interior é buscar o calor das praias. Campina Grande corre na contramão do que acontece pelo Brasil afora durante o período do carnaval: enquanto o país está correndo atrás do trio elétrico, aqui nos estamos "correndo" atrás de Cristo!
Campina Grande se transformou na “capital religiosa do Nordeste” com o acontecimento do Consciência Cristã e dos demais eventos religiosos na cidade?
Pr. Euder: Eu não diria isso. Na verdade nós temos os mesmos problemas de outros lugares do Brasil, contudo, aprouve Deus escolher a nossa “pequena e heroica” Paraíba, e ainda por cima uma cidade do interior para chamar a atenção do mundo evangélico brasileiro que devemos voltar aos fundamentos da palavra de Deus, tendo Cristo como o centro de todas as coisas.
Com relação aos temas trazidos pelo evento nesses últimos anos, como chegam a um tema que seja consenso entre todos os palestrantes, teólogos e pregadores de todo o mundo?
Pr. Euder: A Consciência Cristã não é um evento reformado, nem pentecostal, mas se denomina como um trabalho bíblico, ortodoxo e conservador. Creio que por nos determos nas questões fundamentais da fé cristã, nossa tarefa seja menos árdua no que diz respeito a obtermos um consenso.
Como o sr. avalia os rumos da igreja evangélica brasileira nos últimos anos? Crescemos em quantidade, mas estamos conseguindo influenciar a sociedade?
Pr. Euder: Alguém já disse que cristianismo dos Estados Unidos da América tem seis mil quilômetros de extensão (distância da costa leste a oeste dos EUA) e 3 centímetros de profundidade. Creio que aqui no Brasil não é muito diferente. O tema do evento deste ano foi "Aviva a tua obra ó Senhor!", e isso expressa bem nossa visão em relação a igreja evangélica brasileira, como diria o pastor Hernandes Dias Lopes, "nós precisamos desesperadamente de um avivamento espiritual no Brasil", e (por que não dizer?) no mundo.
O sr. acredita que o Cristianismo passa por uma crise mundial? Por quê?
Pr Euder: Esses dias, ouvindo uma das mensagens de Charles Spurgeon, ele chamava a atenção das pessoas para as pregações superficiais, que já naquela época eram pregadas por muitos pastores. A modernidade trouxe muitos desafios e a pós-modernidade amplificou isso. Parece que na tentativa de ser relevante temos buscado apresentar o que para as pessoas do nosso tempo é atraente, temos esquecido do bom e velho Evangelho. Vivemos sim um crise, mas temos esperança que em Cristo podemos superar tudo isso.
Sobre o entrevistado:
Euder Faber Guedes Ferreira é casado com Janeide Andrade e pai de duas filhas, Rebeca (16) e Júlia (14). É pastor auxiliar na Igreja O Brasil para Cristo na Bela Vista, em Campina Grande (PB) e presidente da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã), entidade sem fins lucrativos que promove, todos os anos, o Encontro para a Consciência Cristã, evento realizado no período do carnaval.
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Campina Grande está aberta a todos os deuses, até mesmo ao “Deus desconhecido”
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A seguir, publicamos uma entrevista com o coordenador geral do 16º Encontro para a Consciência Cristã, Pr. Euder Guedes, que faz uma avaliação positiva da iniciativa, mas reclama da superficialidade da igreja evangélica brasileira.
Já são 16 anos de Encontro para a Consciência Cristã. Como avalia as transformações pelas quais o evento passou durante esses anos?
Pr. Euder: No princípio tínhamos como único objetivo fazer um contraponto ao Encontro da Nova Consciência, evento esotérico que desde o início da década de 90 é realizado na cidade. Com o passar dos anos, nos voltamos para questões intramuros que afligem a igreja evangélica dos nossos dias, contudo, temos tratado, ainda, de questões apologéticas dentro do evento.
Este ano a pesquisa realizada em Campina Grande levantou que o impacto econômico foi de mais de R$ 2 milhões. O sr acredita que esse impacto pode aumentar nos próximos anos? Qual o prognóstico?
Pr. Euder: O maior impacto do evento é na vida das pessoas, e isso é algo imensurável. O impacto financeiro é importante para cidade, mas o nosso objetivo vai muito além disso. Cremos que o impacto financeiro tende a crescer, mas pensamos que isso seja algo secundário diante da missão do encontro que é promover a edificação do Corpo de Cristo, além do crescimento do indivíduo na sociedade e na família.
O sr. acredita que o evento trouxe mais divisas para a região do que o próprio carnaval traria?
Pr. Euder: O carnaval na nossa cidade não existe, o que temos é um certo saudosismo por parte de alguns carnavalescos na cidade. Sem a Consciência Cristã, cremos que a cidade ficaria completamente esvaziada, já que a tendência natural de quem está no interior é buscar o calor das praias. Campina Grande corre na contramão do que acontece pelo Brasil afora durante o período do carnaval: enquanto o país está correndo atrás do trio elétrico, aqui nos estamos "correndo" atrás de Cristo!
Campina Grande se transformou na “capital religiosa do Nordeste” com o acontecimento do Consciência Cristã e dos demais eventos religiosos na cidade?
Pr. Euder: Eu não diria isso. Na verdade nós temos os mesmos problemas de outros lugares do Brasil, contudo, aprouve Deus escolher a nossa “pequena e heroica” Paraíba, e ainda por cima uma cidade do interior para chamar a atenção do mundo evangélico brasileiro que devemos voltar aos fundamentos da palavra de Deus, tendo Cristo como o centro de todas as coisas.
Com relação aos temas trazidos pelo evento nesses últimos anos, como chegam a um tema que seja consenso entre todos os palestrantes, teólogos e pregadores de todo o mundo?
Pr. Euder: A Consciência Cristã não é um evento reformado, nem pentecostal, mas se denomina como um trabalho bíblico, ortodoxo e conservador. Creio que por nos determos nas questões fundamentais da fé cristã, nossa tarefa seja menos árdua no que diz respeito a obtermos um consenso.
Como o sr. avalia os rumos da igreja evangélica brasileira nos últimos anos? Crescemos em quantidade, mas estamos conseguindo influenciar a sociedade?
Pr. Euder: Alguém já disse que cristianismo dos Estados Unidos da América tem seis mil quilômetros de extensão (distância da costa leste a oeste dos EUA) e 3 centímetros de profundidade. Creio que aqui no Brasil não é muito diferente. O tema do evento deste ano foi "Aviva a tua obra ó Senhor!", e isso expressa bem nossa visão em relação a igreja evangélica brasileira, como diria o pastor Hernandes Dias Lopes, "nós precisamos desesperadamente de um avivamento espiritual no Brasil", e (por que não dizer?) no mundo.
O sr. acredita que o Cristianismo passa por uma crise mundial? Por quê?
Pr Euder: Esses dias, ouvindo uma das mensagens de Charles Spurgeon, ele chamava a atenção das pessoas para as pregações superficiais, que já naquela época eram pregadas por muitos pastores. A modernidade trouxe muitos desafios e a pós-modernidade amplificou isso. Parece que na tentativa de ser relevante temos buscado apresentar o que para as pessoas do nosso tempo é atraente, temos esquecido do bom e velho Evangelho. Vivemos sim um crise, mas temos esperança que em Cristo podemos superar tudo isso.
Sobre o entrevistado:
Euder Faber Guedes Ferreira é casado com Janeide Andrade e pai de duas filhas, Rebeca (16) e Júlia (14). É pastor auxiliar na Igreja O Brasil para Cristo na Bela Vista, em Campina Grande (PB) e presidente da VINACC (Visão Nacional para a Consciência Cristã), entidade sem fins lucrativos que promove, todos os anos, o Encontro para a Consciência Cristã, evento realizado no período do carnaval.
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