Opinião
- 01 de agosto de 2014
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Salvação, chamado, sexualidade
1. Eu necessitava de um Salvador. Ele revelou-me a mim quando eu tinha onze anos. Era extremamente religiosa, filha de ex-frade franciscano, mas a alma era vazia, até que meu pai me ensinou a verdade bíblica, comparando as decisões conciliares da Igreja Católica com o que diz a Escritura. Relutei, fiz uma oração inocente: “Senhor, quero te seguir como meu pai tem me ensinado, mas permite que seja com Maria”. Evidentemente, o Senhor não podia responder a essa oração. Ele venceu minha relutância e me rendi à sua Palavra.
2. O Senhor sabia da minha sublime paixão de agradá-lo. Ele dedicou-se em aprimorar a minha personalidade. Fui estudar teologia no Betel Brasileiro em regime de internato em João Pessoa (PB). Foi como “descer à casa do Oleiro”. Ele moldou meu caráter através de várias experiências. Ao longo dos anos, continua me aperfeiçoando para que eu possa agradá-lo em tudo, tirando força da fraqueza.
3. Eu não poderia realizar-me fora dos seus planos. Ele chamou-me com soberana vocação, me fez conhecer seus propósitos e conduziu-me a realizá-lo, como mulher, cumprir a missão de revelá-lo ao mundo no estilo feminino. Há 42 anos sirvo ao Senhor com exclusividade, dedicando-me a expressar os valores do Reino e trabalhando com instituições de ensino teológico, ministrando em vários Centros de Preparo Missionário, ONG’s e atendendo a cada ano, dezenas de igrejas de várias denominações, históricas e pentecostais; com um único objetivo: a expansão do seu Reino eterno.
4. Eu era consciente de que sem Ele nada poderia fazer. Ele capacitou-me com dons especiais e habilitou-me para toda boa obra. No modelo e nos traços da minha feminilidade, tenho exercido liderança em vários grupos e instituições, tenho servido na área de ensino, aconselhamento, evangelismo e na produção literária. Aprendi que “tudo posso naquele que me fortalece.”
5. Eu sabia que não poderia ser plena como mulher, se não entregasse ao Senhor a minha sexualidade. É possível gozar de identidade sexual sem se casar? Sim, porque ser feminina não é apenas expressão sexual: Deus pôs limite em nosso comportamento sexual, mas jamais na expressão da nossa sexualidade. Os cristãos solteiros são proibidos apenas da expressão genital da mesma; em todas as outras formas temos liberdade de expressá-la ao máximo. É possível expressar nossa feminilidade em diversas áreas: no vestir, no calçar, na estética, nas emoções, no gosto, no prazer de preparar refeições e receber familiares e amigos em casa, na forma de organizar as coisas, na vontade, na forma de exercer liderança, na forma de pensar, de avaliar e conduzir as relações, de contribuir para a humanização do mundo.
Paul Tournier, psiquiatra suíço cristão, declara1: “A mulher possui o sentido da pessoa e o gosto pela abordagem pessoal, mais que pelas ideias abstratas, percebi, ao mesmo tempo, quanto o sentimento da pessoa nos falta a nós homens. E compreendi também por que nossa civilização ocidental evoluiu para a preponderância das coisas sobre as pessoas... O homem é mais apto para construir um mundo das coisas, e a mulher, um mundo das pessoas.” Diferentemente dos animais, somos pessoas e não cabe ao ser humano fazer sexo apenas para saciar seus instintos naturais, pois a relação sexual não é somente um ato erótico, não se reduz apenas à parte física, ela faz parte da vida humana, envolve a pessoa como um todo (sentimentos, emoções, afetos, respeito, dignidade). E, na linguagem Petrina, (1 Pe 3.7) também envolve a relação espiritual da pessoa, pois o Criador fez o ser humano trino — corpo, alma e espírito. “O princípio maior, o ponto de partida, a razão principal da sexualidade não é o prazer, mas sim, o relacionamento.”
Aceitei o celibato, renunciando meus desejos e vencendo cada proposta de casamento com jejum e oração, consciente da sua escolha e tenho provado a superabundante graça de Deus.
A vida só pode ser vivida junto à fonte da Vida, como uma árvore plantada junto às águas. Assim, tenho vivido e bebido da Fonte. Ele tem suprido as minhas reais necessidades e posso afirmar que sou uma mulher feliz e plenamente realizada.
Nota:
1. Tournier, Paul. A Missão da Mulher, 2ª ed., p. 48 e 53.
• Durvalina B. Bezerra é professora de missões e missionária do Betel Brasileiro. Escreveu A Missão de Interceder.
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2. O Senhor sabia da minha sublime paixão de agradá-lo. Ele dedicou-se em aprimorar a minha personalidade. Fui estudar teologia no Betel Brasileiro em regime de internato em João Pessoa (PB). Foi como “descer à casa do Oleiro”. Ele moldou meu caráter através de várias experiências. Ao longo dos anos, continua me aperfeiçoando para que eu possa agradá-lo em tudo, tirando força da fraqueza.
3. Eu não poderia realizar-me fora dos seus planos. Ele chamou-me com soberana vocação, me fez conhecer seus propósitos e conduziu-me a realizá-lo, como mulher, cumprir a missão de revelá-lo ao mundo no estilo feminino. Há 42 anos sirvo ao Senhor com exclusividade, dedicando-me a expressar os valores do Reino e trabalhando com instituições de ensino teológico, ministrando em vários Centros de Preparo Missionário, ONG’s e atendendo a cada ano, dezenas de igrejas de várias denominações, históricas e pentecostais; com um único objetivo: a expansão do seu Reino eterno.
4. Eu era consciente de que sem Ele nada poderia fazer. Ele capacitou-me com dons especiais e habilitou-me para toda boa obra. No modelo e nos traços da minha feminilidade, tenho exercido liderança em vários grupos e instituições, tenho servido na área de ensino, aconselhamento, evangelismo e na produção literária. Aprendi que “tudo posso naquele que me fortalece.”
5. Eu sabia que não poderia ser plena como mulher, se não entregasse ao Senhor a minha sexualidade. É possível gozar de identidade sexual sem se casar? Sim, porque ser feminina não é apenas expressão sexual: Deus pôs limite em nosso comportamento sexual, mas jamais na expressão da nossa sexualidade. Os cristãos solteiros são proibidos apenas da expressão genital da mesma; em todas as outras formas temos liberdade de expressá-la ao máximo. É possível expressar nossa feminilidade em diversas áreas: no vestir, no calçar, na estética, nas emoções, no gosto, no prazer de preparar refeições e receber familiares e amigos em casa, na forma de organizar as coisas, na vontade, na forma de exercer liderança, na forma de pensar, de avaliar e conduzir as relações, de contribuir para a humanização do mundo.
Paul Tournier, psiquiatra suíço cristão, declara1: “A mulher possui o sentido da pessoa e o gosto pela abordagem pessoal, mais que pelas ideias abstratas, percebi, ao mesmo tempo, quanto o sentimento da pessoa nos falta a nós homens. E compreendi também por que nossa civilização ocidental evoluiu para a preponderância das coisas sobre as pessoas... O homem é mais apto para construir um mundo das coisas, e a mulher, um mundo das pessoas.” Diferentemente dos animais, somos pessoas e não cabe ao ser humano fazer sexo apenas para saciar seus instintos naturais, pois a relação sexual não é somente um ato erótico, não se reduz apenas à parte física, ela faz parte da vida humana, envolve a pessoa como um todo (sentimentos, emoções, afetos, respeito, dignidade). E, na linguagem Petrina, (1 Pe 3.7) também envolve a relação espiritual da pessoa, pois o Criador fez o ser humano trino — corpo, alma e espírito. “O princípio maior, o ponto de partida, a razão principal da sexualidade não é o prazer, mas sim, o relacionamento.”
Aceitei o celibato, renunciando meus desejos e vencendo cada proposta de casamento com jejum e oração, consciente da sua escolha e tenho provado a superabundante graça de Deus.
A vida só pode ser vivida junto à fonte da Vida, como uma árvore plantada junto às águas. Assim, tenho vivido e bebido da Fonte. Ele tem suprido as minhas reais necessidades e posso afirmar que sou uma mulher feliz e plenamente realizada.
Nota:
1. Tournier, Paul. A Missão da Mulher, 2ª ed., p. 48 e 53.
• Durvalina B. Bezerra é professora de missões e missionária do Betel Brasileiro. Escreveu A Missão de Interceder.
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