Opinião
- 01 de novembro de 2010
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Reviver a Reforma, vivenciar a igreja, viver o evangelho
No momento em que o Censo de 2010 desmente a previsão de alguns sociólogos, e a percentagem de pessoas que se autodenominam de “protestantes” não para de crescer na população brasileira – e agradecemos a bênção de vidas transformadas –, sentimos que esse crescimento não esteja relacionado com um esperado decréscimo na violência, na injustiça e na desonestidade da nossa nação. Sentimos o fracionamento escandaloso do Corpo de Cristo, em que os cismas se transformaram em uma rotina. Sentimos que cresce a quantidade de púlpitos que não expõem a Palavra de Deus em sua inteireza e em sua integridade. Sentimos que no meio do legalismo falta a graça; que no meio da prosperidade falta a cruz; que no meio da batalha espiritual falta o poder do sangue. No meio dos escândalos falta santidade. No meio do liberalismo falta o temor do Senhor.
Não seriam essas debilidades qualitativas de um gigante quantitativo de pés de barro – a igreja evangélica no Brasil – sinais evidentes do distanciamento e do esquecimento dos postulados sempre atuais da reforma religiosa do século 16?
O estudo, a promoção e a atualização da Reforma são tarefas de cada geração, e quando isso não ocorre, o povo pode se perder.
Como anglicanos, nossas raízes celtas, nossa passagem por Roma e nossa contemporaneidade não minimizam a centralidade do fato de que somos legítimos herdeiros da Reforma, e que essa fidelidade com moderação e bom senso é algo que a nação precisa, e que a nós o Senhor da igreja nos deu como responsabilidade partilhar para construir.
Que o Senhor nos conceda a coragem de Lutero, a lucidez de Calvino e a visão de Cranmer.
“Sola Scriptura”, “Solus Christus”, “Sola Gratia”, “Sola Fide”... “Ad Majorem Dei Gloria”!
• Dom Robinson Cavalcanti é bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de, entre outros, Cristianismo e Política — teoria bíblica e prática histórica e A Igreja, o País e o Mundo — desafios a uma fé engajada.
www.dar.org.br
Não seriam essas debilidades qualitativas de um gigante quantitativo de pés de barro – a igreja evangélica no Brasil – sinais evidentes do distanciamento e do esquecimento dos postulados sempre atuais da reforma religiosa do século 16?
O estudo, a promoção e a atualização da Reforma são tarefas de cada geração, e quando isso não ocorre, o povo pode se perder.
Como anglicanos, nossas raízes celtas, nossa passagem por Roma e nossa contemporaneidade não minimizam a centralidade do fato de que somos legítimos herdeiros da Reforma, e que essa fidelidade com moderação e bom senso é algo que a nação precisa, e que a nós o Senhor da igreja nos deu como responsabilidade partilhar para construir.
Que o Senhor nos conceda a coragem de Lutero, a lucidez de Calvino e a visão de Cranmer.
“Sola Scriptura”, “Solus Christus”, “Sola Gratia”, “Sola Fide”... “Ad Majorem Dei Gloria”!
• Dom Robinson Cavalcanti é bispo anglicano da Diocese do Recife e autor de, entre outros, Cristianismo e Política — teoria bíblica e prática histórica e A Igreja, o País e o Mundo — desafios a uma fé engajada.
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