Opinião
- 13 de novembro de 2018
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Quem são e de que vivem os “sem-igreja”?
Por Idauro Campos
Cresce o número daqueles que intencionalmente não se ligam a uma igreja ou que deixaram as igrejas que frequentavam. O fenômeno dos “sem-igreja” é um desafio enorme e alcança comunidades cristãs em todo o mundo.
A edição 374 da revista Ultimato convidou 8 personalidades para conversar sobre o assunto e apresenta o Especial “Desigrejismo – Anomalia ou Opção?”, em matéria de 5 páginas da revista.
Confira as respostas do autor de “Desigrejados – Teoria, história e contradições”, pastor Idauro Campos.
Quais são os tipos de desigrejados?
Idauro Campos – São dois os tipos principais: os decepcionados e os críticos do sistema. Os decepcionados deixaram de congregar por alguma decepção pessoal ou institucional. Trata-se de decepção pessoal quando envolve a relação direta com a liderança (pastores, bispos, “apóstolos” etc.), geralmente marcada por “abuso espiritual”, expressão empregada por Marília de Camargo César no livro Feridos em Nome de Deus (Mundo Cristão). Os críticos do sistema são aqueles desigrejados que afirmam não possuir decepção alguma, mas que explicam sua deserção institucional por meio da compreensão que alcançaram de que a institucionalização da igreja, com seus templos, liturgia, programas, nada mais é do que um empreendimento humano sem relação com o evangelho.
Um desigrejado perguntou se, em vez de o foco estar na ação de abandono à igreja, não deveria estar nos motivos pelos quais “miríades de pessoas estão abandonando a canoa furada do que se denomina cristianismo”.
Idauro Campos – Sim. Os quase 10 milhões de desigrejados no Brasil devem levar as lideranças a pensar nas razões que levaram tantas pessoas a deixarem as congregações. Explicar o fenômeno do “niilismo eclesiástico” apenas de forma superficial, como, por exemplo, classificar os desigrejados como “gente complicada” ou “falsos crentes” não resolve o problema. Muitas vezes a igreja institucional dá causa à deserção.
Como se alimentam espiritualmente os desigrejados?
Idauro Campos – Geralmente fazem suas reuniões com irmãos na mesma situação. Mas há também aqueles que não querem nenhuma relação com encontros para adoração. Seguem sozinhos, com suas leituras e vídeos na internet. Há trabalhos acadêmicos que tratam da espiritualidade dos desigrejados nas redes sociais.
• Idauro Campos é ministro congregacional e autor do livro Desigrejados – Teoria, história e contradições do niilismo eclesiástico (BV Books).
» Leia na íntegra o especial Desigrejismo – “anomalia” ou opção?
» Conheça o livro Dê Outra Chance à Igreja, de Todd Hunter
Cresce o número daqueles que intencionalmente não se ligam a uma igreja ou que deixaram as igrejas que frequentavam. O fenômeno dos “sem-igreja” é um desafio enorme e alcança comunidades cristãs em todo o mundo.
A edição 374 da revista Ultimato convidou 8 personalidades para conversar sobre o assunto e apresenta o Especial “Desigrejismo – Anomalia ou Opção?”, em matéria de 5 páginas da revista.
Confira as respostas do autor de “Desigrejados – Teoria, história e contradições”, pastor Idauro Campos.
Quais são os tipos de desigrejados?
Idauro Campos – São dois os tipos principais: os decepcionados e os críticos do sistema. Os decepcionados deixaram de congregar por alguma decepção pessoal ou institucional. Trata-se de decepção pessoal quando envolve a relação direta com a liderança (pastores, bispos, “apóstolos” etc.), geralmente marcada por “abuso espiritual”, expressão empregada por Marília de Camargo César no livro Feridos em Nome de Deus (Mundo Cristão). Os críticos do sistema são aqueles desigrejados que afirmam não possuir decepção alguma, mas que explicam sua deserção institucional por meio da compreensão que alcançaram de que a institucionalização da igreja, com seus templos, liturgia, programas, nada mais é do que um empreendimento humano sem relação com o evangelho.
Um desigrejado perguntou se, em vez de o foco estar na ação de abandono à igreja, não deveria estar nos motivos pelos quais “miríades de pessoas estão abandonando a canoa furada do que se denomina cristianismo”.
Idauro Campos – Sim. Os quase 10 milhões de desigrejados no Brasil devem levar as lideranças a pensar nas razões que levaram tantas pessoas a deixarem as congregações. Explicar o fenômeno do “niilismo eclesiástico” apenas de forma superficial, como, por exemplo, classificar os desigrejados como “gente complicada” ou “falsos crentes” não resolve o problema. Muitas vezes a igreja institucional dá causa à deserção.
Como se alimentam espiritualmente os desigrejados?
Idauro Campos – Geralmente fazem suas reuniões com irmãos na mesma situação. Mas há também aqueles que não querem nenhuma relação com encontros para adoração. Seguem sozinhos, com suas leituras e vídeos na internet. Há trabalhos acadêmicos que tratam da espiritualidade dos desigrejados nas redes sociais.
• Idauro Campos é ministro congregacional e autor do livro Desigrejados – Teoria, história e contradições do niilismo eclesiástico (BV Books).
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