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- 08 de dezembro de 2017
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Quando me tornei descrente, minha esperança foi renovada
Por Jean Mendes
Talvez você se identifique com a minha história. Nasci no início dos anos 90, na chamada “Geração Y”, que recebeu dos pais aquilo que eles não tiveram: incentivo para seguir seus sonhos e uma boa dose de superproteção. Naquela década o mundo vivia importantes mudanças como a globalização e o avanço do capitalismo. No Brasil, a internet estava chegando e o então presidente Collor sofria o impeachment.
Nesse cenário, meus pais se converteram à fé cristã, sendo os primeiros em toda a família; eu tinha pouco mais de um ano de idade. Assim, cresci na igreja e fui educado nos princípios bíblicos. Ser “crente” ainda não era tão comum como é hoje e a igreja evangélica tinha muita dificuldade em lidar com a cultura. Tudo que era dito “secular” era censurado. Por isso, posso dizer que cresci em uma “bolha”.
Confesso que não tenho muitas memórias da minha infância na igreja, mas lembro que meus amigos – da escola e da vizinhança – não eram crentes. Eu vivia em uma subcultura gospel que eles desconheciam, mas isso, até então, não me incomodava tanto. O problema começou quando, na minha adolescência, passei a questionar qual era o sentido da fé cristã.
Meu entendimento na época era muito limitado. Não conseguia entender como o Deus criador do universo podia se limitar a religião. Cheguei a me perguntar algumas vezes se Deus realmente existia. Eu queria crer em Deus, mas estava em crise. Tornei-me cético e questionador. Além disso, me decepcionei profundamente com a igreja e quis sair dela. A vida “lá fora” me parecia mais fácil.
É difícil descrever isso, mas quando me tornei descrente, minha esperança foi renovada. Me senti impactado quando dois amigos meus começaram a visitar minha igreja – cheia de problemas – e creram em Jesus. Resolvi dar mais uma chance – à igreja e a mim mesmo. Comecei a ler a Bíblia todos os dias e sempre sentia vontade de orar. Disse a Deus: “se você existe mesmo, revele-se a mim”. Nas páginas das Escrituras encontrei as respostas que eu procurava.
>>> Dê Outra Chance à Igreja <<<
Aos poucos tudo foi fazendo sentido. Reconheci que eu era um pecador miserável que precisava do amor de Cristo. Quanto mais eu o conhecia, mais meu amor por Ele aumentava. Ao longo desse processo muitas pessoas me orientaram e me inspiraram com seus exemplos de vida. No meu coração florescia um amor pela igreja e uma vontade crescente de fortalecer a fé de outros que tinham dúvidas como eu tive.
Meu encontro com Jesus mudou toda a minha cosmovisão. Toda a existência passou a ter outro sentido. Apesar disso, continuo precisando me encontrar com Ele todos os dias. Deixar pra trás o “velho homem” é uma luta diária, mas eu sei que não estou sozinho, pois o mesmo Jesus que se revelou a mim zela pela minha vida. Sei que nele posso confiar, mesmo quando vierem as maiores lutas e incertezas. Quando elas vêm, me lembro do que aprendi com um velho amigo: “pra seguir firme, preciso diariamente beber da fonte do Pai”.
• Jean Mendes é estudante, membro da Igreja Presbiteriana de Viçosa-MG – onde tem cooperado no trabalho com jovens e adolescentes – e faz parte do Conselho Editorial Jovem e do Núcleo Web da Editora Ultimato.
Leia outras histórias de Encontros com Jesus
» Um vazio do tamanho de Deus
» A menina que se perverteu
» A cabra
» Eles viviam Cristo todos os dias
Talvez você se identifique com a minha história. Nasci no início dos anos 90, na chamada “Geração Y”, que recebeu dos pais aquilo que eles não tiveram: incentivo para seguir seus sonhos e uma boa dose de superproteção. Naquela década o mundo vivia importantes mudanças como a globalização e o avanço do capitalismo. No Brasil, a internet estava chegando e o então presidente Collor sofria o impeachment.
Nesse cenário, meus pais se converteram à fé cristã, sendo os primeiros em toda a família; eu tinha pouco mais de um ano de idade. Assim, cresci na igreja e fui educado nos princípios bíblicos. Ser “crente” ainda não era tão comum como é hoje e a igreja evangélica tinha muita dificuldade em lidar com a cultura. Tudo que era dito “secular” era censurado. Por isso, posso dizer que cresci em uma “bolha”.
Confesso que não tenho muitas memórias da minha infância na igreja, mas lembro que meus amigos – da escola e da vizinhança – não eram crentes. Eu vivia em uma subcultura gospel que eles desconheciam, mas isso, até então, não me incomodava tanto. O problema começou quando, na minha adolescência, passei a questionar qual era o sentido da fé cristã.
Meu entendimento na época era muito limitado. Não conseguia entender como o Deus criador do universo podia se limitar a religião. Cheguei a me perguntar algumas vezes se Deus realmente existia. Eu queria crer em Deus, mas estava em crise. Tornei-me cético e questionador. Além disso, me decepcionei profundamente com a igreja e quis sair dela. A vida “lá fora” me parecia mais fácil.
É difícil descrever isso, mas quando me tornei descrente, minha esperança foi renovada. Me senti impactado quando dois amigos meus começaram a visitar minha igreja – cheia de problemas – e creram em Jesus. Resolvi dar mais uma chance – à igreja e a mim mesmo. Comecei a ler a Bíblia todos os dias e sempre sentia vontade de orar. Disse a Deus: “se você existe mesmo, revele-se a mim”. Nas páginas das Escrituras encontrei as respostas que eu procurava.
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Aos poucos tudo foi fazendo sentido. Reconheci que eu era um pecador miserável que precisava do amor de Cristo. Quanto mais eu o conhecia, mais meu amor por Ele aumentava. Ao longo desse processo muitas pessoas me orientaram e me inspiraram com seus exemplos de vida. No meu coração florescia um amor pela igreja e uma vontade crescente de fortalecer a fé de outros que tinham dúvidas como eu tive.
Meu encontro com Jesus mudou toda a minha cosmovisão. Toda a existência passou a ter outro sentido. Apesar disso, continuo precisando me encontrar com Ele todos os dias. Deixar pra trás o “velho homem” é uma luta diária, mas eu sei que não estou sozinho, pois o mesmo Jesus que se revelou a mim zela pela minha vida. Sei que nele posso confiar, mesmo quando vierem as maiores lutas e incertezas. Quando elas vêm, me lembro do que aprendi com um velho amigo: “pra seguir firme, preciso diariamente beber da fonte do Pai”.
• Jean Mendes é estudante, membro da Igreja Presbiteriana de Viçosa-MG – onde tem cooperado no trabalho com jovens e adolescentes – e faz parte do Conselho Editorial Jovem e do Núcleo Web da Editora Ultimato.
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