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- 26 de março de 2013
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Prisão de missionários no Senegal mobiliza milhares de assinaturas
A prisão no Senegal dos missionários brasileiros José Dílson da Silva e Zeneide Moreira Novaes desde novembro de 2012 já mobilizou mais de 38 mil* assinaturas no abaixo-assinado virtual promovido pela ONG Rio da Paz.
A petição direcionada à Presidenta Dilma Roussef, à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e ao Itamaraty pede que “intervenham [junto ao governo do Senegal] em favor da liberdade imediata desses dois missionários que estão sofrendo nessa nação irmã por prestarem ajuda humanitária através de um projeto social que oferece abrigo, alimentação e ensino para crianças e jovens de rua”.
O fundador da ONG, Pr. Antonio C. Costa, questiona o silêncio do Governo Brasileiro. “Ouvimos manifestações oficiais, por exemplo, para defender um traficante brasileiro preso na Indonésia, o que eu considero legítimo. Mas esse caso tem o agravante de serem pessoas inocentes, missionários em uma missão humanitária. É muito importante que o governo brasileiro se sensibilize para a importância de uma ação rápida e efetiva”.
José Dílson trabalha há 21 anos como missionário presbiteriano no continente africano (13 anos em Guiné Bissau e há quase 8 anos no Senegal). Nestes anos, ele tem ajudado a construir escolas, centros assistenciais e por último o Projeto Obadias, que conta com um orfanato-escola para meninos em situação de abandono social.
No dia 06 de novembro de 2012, José Dílson e Zeneide foram detidos na cidade de Mbour e posteriormente enviados a um presídio na cidade de Thies, a 70 quilômetros da capital Dakar. Eles foram presos após a queixa de Abdou Fall, pai de um dos jovens acolhidos pelo projeto.
Pesam sobre os missionários as denúncias de formação de quadrilha, aliciamento e tráfico de menores. Mas, segundo a revista IstoÉ, a manchete do jornal do país “Le Populaire” traz uma conotação religiosa para a denúncia. “Pastor brasileiro convertia crianças ao cristianismo”, dizia o título de uma matéria publicada na primeira página do tabloide. O Projeto Obadias dá abrigo, comida e ensino a 17 crianças e jovens de rua, muitos deles oriundos de escolas corânicas – os chamados talibês, estudantes islâmicos que são forçados por seus professores a mendigar nas ruas. No Senegal, 92% da população se declara sunita.
Até agora todas as tentativas de “habeas corpus” para os missionários foram rejeitadas pela Justiça do Senegal. A resolução do processo pode demorar até seis meses. Enquanto isso José Dílson e Zeneide precisam dividir espaço em celas lotadas.
Em carta enviada no dia 06 de fevereiro Dilson demostrava confiança em Deus e certeza de que a privação da liberdade era parte da sua missão. “Fui preso com pessoas às quais jamais teria acesso. Nunca teria sido possível compartilhar com elas em outra situação. E, com certeza, eu jamais estaria aqui por minha livre e espontânea vontade. O nosso consolo é que temos um Cristo ‘algemado’ conosco”, dizia ele.
Zeneide também demostrava convicções do trabalho que Deus está fazendo por meio dela. “Tenho que me organizar para saber dividir a minha atenção. É uma palavra de encorajamento aqui, uma oração ali, uma aula de francês. Mesmo com as minhas limitações tenho arrancado sorrisos das mulheres ao fazê-las expressar frases na língua oficial do seu país”, dizia.
* Até 04/04/2013 já são 64 mil assinaturas.
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Abaixo-assinado
Missionários brasileiros estão há 3 meses presos no Senegal
Sofrendo pelo nome de Cristo: perseguição no mundo contemporâneo
A petição direcionada à Presidenta Dilma Roussef, à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados e ao Itamaraty pede que “intervenham [junto ao governo do Senegal] em favor da liberdade imediata desses dois missionários que estão sofrendo nessa nação irmã por prestarem ajuda humanitária através de um projeto social que oferece abrigo, alimentação e ensino para crianças e jovens de rua”.
O fundador da ONG, Pr. Antonio C. Costa, questiona o silêncio do Governo Brasileiro. “Ouvimos manifestações oficiais, por exemplo, para defender um traficante brasileiro preso na Indonésia, o que eu considero legítimo. Mas esse caso tem o agravante de serem pessoas inocentes, missionários em uma missão humanitária. É muito importante que o governo brasileiro se sensibilize para a importância de uma ação rápida e efetiva”.
José Dílson trabalha há 21 anos como missionário presbiteriano no continente africano (13 anos em Guiné Bissau e há quase 8 anos no Senegal). Nestes anos, ele tem ajudado a construir escolas, centros assistenciais e por último o Projeto Obadias, que conta com um orfanato-escola para meninos em situação de abandono social.
No dia 06 de novembro de 2012, José Dílson e Zeneide foram detidos na cidade de Mbour e posteriormente enviados a um presídio na cidade de Thies, a 70 quilômetros da capital Dakar. Eles foram presos após a queixa de Abdou Fall, pai de um dos jovens acolhidos pelo projeto.
Pesam sobre os missionários as denúncias de formação de quadrilha, aliciamento e tráfico de menores. Mas, segundo a revista IstoÉ, a manchete do jornal do país “Le Populaire” traz uma conotação religiosa para a denúncia. “Pastor brasileiro convertia crianças ao cristianismo”, dizia o título de uma matéria publicada na primeira página do tabloide. O Projeto Obadias dá abrigo, comida e ensino a 17 crianças e jovens de rua, muitos deles oriundos de escolas corânicas – os chamados talibês, estudantes islâmicos que são forçados por seus professores a mendigar nas ruas. No Senegal, 92% da população se declara sunita.
Até agora todas as tentativas de “habeas corpus” para os missionários foram rejeitadas pela Justiça do Senegal. A resolução do processo pode demorar até seis meses. Enquanto isso José Dílson e Zeneide precisam dividir espaço em celas lotadas.
Em carta enviada no dia 06 de fevereiro Dilson demostrava confiança em Deus e certeza de que a privação da liberdade era parte da sua missão. “Fui preso com pessoas às quais jamais teria acesso. Nunca teria sido possível compartilhar com elas em outra situação. E, com certeza, eu jamais estaria aqui por minha livre e espontânea vontade. O nosso consolo é que temos um Cristo ‘algemado’ conosco”, dizia ele.
Zeneide também demostrava convicções do trabalho que Deus está fazendo por meio dela. “Tenho que me organizar para saber dividir a minha atenção. É uma palavra de encorajamento aqui, uma oração ali, uma aula de francês. Mesmo com as minhas limitações tenho arrancado sorrisos das mulheres ao fazê-las expressar frases na língua oficial do seu país”, dizia.
* Até 04/04/2013 já são 64 mil assinaturas.
Atualizada em 04/04/2013.
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Missionários brasileiros estão há 3 meses presos no Senegal
Sofrendo pelo nome de Cristo: perseguição no mundo contemporâneo
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