Opinião
- 29 de maio de 2015
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Por que devemos orar pelas crianças?
Todas as crianças estão em risco hoje em dia. Milhões sofrem com a pobreza e outros milhões sofrem com os efeitos da prosperidade. Estas têm tudo para viver, mas nada pelo que viver. Em um mundo globalizado, digital, todas as crianças estão expostas e vulneráveis a violência, abuso, negligência, prostituição e pornografia. Em sistemas escolares burocráticos a maioria das crianças suportam sistemas educacionais deficientes e com conteúdo anti-Deus. Outras ameaças incontáveis abundam.
E há mais do que ameaças externas, materiais, seculares. Li um artigo recente que me relembrou que a nossa luta não é contra a carne e o sangue. Jonathan Parnell,1 escreve que “existe uma guerra pelas crianças, e nós todos estamos, de um jeito ou de outro, exercendo um papel nesta guerra. Toda vez que avançamos como pais fiéis (ou cuidamos de crianças em algum aspecto, incluindo a defesa de direitos daqueles que ainda nem nasceram, ou nos voluntariando para o berçário aos domingos), estamos lutando contra demônios”.
Não há nada que Satanás e seus demônios odeiam mais do que crianças. Ele sempre usou pessoas más e sem Deus para roubá-las, matá-las e destruí-las. Nós vemos seus esquemas e atrocidades em toda a Palavra. Algumas passagens que lemos na Bíblia se parecem com as manchetes dos nossos dias:
- A criança de colo é arrancada do seio de sua mãe; o recém-nascido do pobre é tomado e vendido (Jó 24.9).
- Meninos são trocados por prostitutas! “Lançaram sortes sobre o meu povo e deram meninos em troca de prostitutas; venderam meninas por vinho, para se embriagarem” (Jl3.3).
- Crianças sacrificadas por seus próprios pais! (Jr 32.35).
Minha canção de Natal favorita, “Oh, cidadezinha de Belém”, tem os bonitos versos “Tão quieta te encontramos, sobre teu sono profundo e sem sonho as estrelas silentes passam”. No entanto, a cidadezinha de Belém quando Jesus nasceu não estava quieta e profundamente adormecida, como a doce canção sugere. Longe disso, era um lugar de violência terrível e morte chocante, lamento e sofrimento. Aquelas primeiras crianças de Belém morreram porque Satanás odiava o bebê Jesus. Em certo sentido, elas morreram no lugar do menino Jesus. Elas foram as precursoras de milhares, ou até milhões de crianças que vieram a ser mártires por causa do Unigênito e por causa das boas novas que o Filho trouxe ao mundo.
No livro Adopted for Life,2 Russell Moore afirma que “seja através de maquinações políticas como as de Faraó e de Herodes, seja através de conquistas militares nas quais exércitos sanguinários arrancam bebês dos ventres das grávidas (Am 1.13), ou através de ações aparentemente mais “rotineiras” de desintegração da família e de instalação do caos familiar, as crianças sempre são feridas. A história da humanidade está repleta com seus cadáveres (p. 63). As potestades demoníacas odeiam bebês porque odeiam a Jesus. Quando destroem ‘o menor deles’ (Mt 25.40, 45), a criança mais vulnerável entre nós, o Maligno destrói a imagem de Jesus” (pp. 63-64).
O Antigo Testamento termina com uma verdade profunda e séria. A não ser que os corações dos pais se voltem para os filhos, “Eu castigarei a terra com maldição”. Passaram-se quatrocentos anos de silêncio, até o nascimento daquela criança de Belém. Podemos olhar ao nosso redor e ver que a terra está castigada com uma maldição. À medida que vemos o abuso, a exploração e a negligência das crianças, sabemos que não era dessa forma que Deus queria que elas vivessem. A terra está amaldiçoada. Maldição não se remove com comida, remédios, nem com livros ou educação. Maldição não se remove com mais recursos, programas ou intervenções. Maldição é algo espiritual e deve ser removida com uma intervenção espiritual.
Então, sim: Como cristãos, usaremos todas as ferramentas e ideias disponíveis para proteger e sustentar as crianças preciosas que nos foram confiadas. No entanto, nossas armas incluirão algo muito mais poderoso e definitivo do que as intervenções seculares costumeiras. Nós vamos orar. Nós vamos orar sem cessar. Nós vamos encharcar tudo que fazemos e imaginamos em oração e intercessão.
Agiremos conforme o escritor de Lamentações nos exorta:
“Levante-se, grite no meio da noite, quando começam as vigílias noturnas; derrame o seu coração como água na presença do Senhor. Levante para ele as mãos em favor da vida de seus filhos, que desmaiam de fome nas esquinas de todas as ruas” (Lm 2.19).
• Dan Brewster é diretor de programas acadêmicos da Compassion International. Tem como principal responsabilidade servir como conselheiro e consultor para seminários e instituições cristãs sobre programas para o desenvolvimento integral da criança. Participou do planejamento e monitoramento de projetos de ajuda humanitária e voltados para o desenvolvimento infantil e familiar em mais de cinquenta países. Dan é doutor em missiologia pelo Fuller Theological Seminary. Ele e a esposa, Alice, vivem em Penang, na Malásia, e têm três filhos adultos. Dan é o autor do nosso lançamento de junho A Criança, a Igreja e a Missão.
Notas:
1. Jonathan Parnell. “Parenting Means Wrestling Demons,” Desiring God. 3 de março de 2015.
2. Russell B. Moore. Adopted for Life. Wheaton, Ill. Crossway Books. 2009.
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20º Mutirão Mundial de Oração pelas Crianças Socialmente Vulneráveis
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Um mundo perigoso para as crianças
E há mais do que ameaças externas, materiais, seculares. Li um artigo recente que me relembrou que a nossa luta não é contra a carne e o sangue. Jonathan Parnell,1 escreve que “existe uma guerra pelas crianças, e nós todos estamos, de um jeito ou de outro, exercendo um papel nesta guerra. Toda vez que avançamos como pais fiéis (ou cuidamos de crianças em algum aspecto, incluindo a defesa de direitos daqueles que ainda nem nasceram, ou nos voluntariando para o berçário aos domingos), estamos lutando contra demônios”.
Não há nada que Satanás e seus demônios odeiam mais do que crianças. Ele sempre usou pessoas más e sem Deus para roubá-las, matá-las e destruí-las. Nós vemos seus esquemas e atrocidades em toda a Palavra. Algumas passagens que lemos na Bíblia se parecem com as manchetes dos nossos dias:
- A criança de colo é arrancada do seio de sua mãe; o recém-nascido do pobre é tomado e vendido (Jó 24.9).
- Meninos são trocados por prostitutas! “Lançaram sortes sobre o meu povo e deram meninos em troca de prostitutas; venderam meninas por vinho, para se embriagarem” (Jl3.3).
- Crianças sacrificadas por seus próprios pais! (Jr 32.35).
Minha canção de Natal favorita, “Oh, cidadezinha de Belém”, tem os bonitos versos “Tão quieta te encontramos, sobre teu sono profundo e sem sonho as estrelas silentes passam”. No entanto, a cidadezinha de Belém quando Jesus nasceu não estava quieta e profundamente adormecida, como a doce canção sugere. Longe disso, era um lugar de violência terrível e morte chocante, lamento e sofrimento. Aquelas primeiras crianças de Belém morreram porque Satanás odiava o bebê Jesus. Em certo sentido, elas morreram no lugar do menino Jesus. Elas foram as precursoras de milhares, ou até milhões de crianças que vieram a ser mártires por causa do Unigênito e por causa das boas novas que o Filho trouxe ao mundo.
No livro Adopted for Life,2 Russell Moore afirma que “seja através de maquinações políticas como as de Faraó e de Herodes, seja através de conquistas militares nas quais exércitos sanguinários arrancam bebês dos ventres das grávidas (Am 1.13), ou através de ações aparentemente mais “rotineiras” de desintegração da família e de instalação do caos familiar, as crianças sempre são feridas. A história da humanidade está repleta com seus cadáveres (p. 63). As potestades demoníacas odeiam bebês porque odeiam a Jesus. Quando destroem ‘o menor deles’ (Mt 25.40, 45), a criança mais vulnerável entre nós, o Maligno destrói a imagem de Jesus” (pp. 63-64).
O Antigo Testamento termina com uma verdade profunda e séria. A não ser que os corações dos pais se voltem para os filhos, “Eu castigarei a terra com maldição”. Passaram-se quatrocentos anos de silêncio, até o nascimento daquela criança de Belém. Podemos olhar ao nosso redor e ver que a terra está castigada com uma maldição. À medida que vemos o abuso, a exploração e a negligência das crianças, sabemos que não era dessa forma que Deus queria que elas vivessem. A terra está amaldiçoada. Maldição não se remove com comida, remédios, nem com livros ou educação. Maldição não se remove com mais recursos, programas ou intervenções. Maldição é algo espiritual e deve ser removida com uma intervenção espiritual.
Então, sim: Como cristãos, usaremos todas as ferramentas e ideias disponíveis para proteger e sustentar as crianças preciosas que nos foram confiadas. No entanto, nossas armas incluirão algo muito mais poderoso e definitivo do que as intervenções seculares costumeiras. Nós vamos orar. Nós vamos orar sem cessar. Nós vamos encharcar tudo que fazemos e imaginamos em oração e intercessão.
Agiremos conforme o escritor de Lamentações nos exorta:
“Levante-se, grite no meio da noite, quando começam as vigílias noturnas; derrame o seu coração como água na presença do Senhor. Levante para ele as mãos em favor da vida de seus filhos, que desmaiam de fome nas esquinas de todas as ruas” (Lm 2.19).
• Dan Brewster é diretor de programas acadêmicos da Compassion International. Tem como principal responsabilidade servir como conselheiro e consultor para seminários e instituições cristãs sobre programas para o desenvolvimento integral da criança. Participou do planejamento e monitoramento de projetos de ajuda humanitária e voltados para o desenvolvimento infantil e familiar em mais de cinquenta países. Dan é doutor em missiologia pelo Fuller Theological Seminary. Ele e a esposa, Alice, vivem em Penang, na Malásia, e têm três filhos adultos. Dan é o autor do nosso lançamento de junho A Criança, a Igreja e a Missão.
Notas:
1. Jonathan Parnell. “Parenting Means Wrestling Demons,” Desiring God. 3 de março de 2015.
2. Russell B. Moore. Adopted for Life. Wheaton, Ill. Crossway Books. 2009.
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