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- 12 de setembro de 2022
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“Pois eu tinha inveja dos néscios...”
Por Arielle Pedrosa
“Os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos. Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios.” (Salmos 73.2,3)
Quando eu era adolescente, desejava muito estudar, me formar na faculdade, ter um bom emprego – uma carreira –, ganhar bem fazendo o que eu gostava, enquanto delegava “responsabilidades inferiores” como o cuidado da casa, da comida e do filho (porque só queria um, visto que “filho dá trabalho demais”) a terceiros.
Quando o Senhor me alcançou em sua graça, porém, ele passou a me ensinar outros caminhos.
Verdadeiramente eu amei os caminhos dele. Só que não muito. Eu queria ser aquilo que ele estava me ensinando a ser. Só que não. Meu amor a Deus e desejo de servi-lo era real, mas meus sonhos e desejos pessoais também eram.
A luta foi grande – e foi longa – até a minha rendição.
Eu tive inúmeras batalhas internas e dificuldades externas ao me tornar esposa, dona de casa e, finalmente mãe; ao ter que deixar a faculdade (por motivos reais) quando só faltavam duas matérias, ao ver morrerem todos os meus sonhos de conforto e prosperidade.
Eu tinha inveja daqueles que não estavam “presos” às convicções divinas e conseguiam viver como queriam. Uma pessoa especialmente movia meu coração a isso, pois tinha “tudo o que eu não tinha, mas queria”, enquanto eu tentava trilhar o caminho certo sem gostar muito daquilo.
Foram necessários muito tempo e uma boa dose de provação a fim de que eu aprendesse a amar o meu caminho. Mas, acima de tudo, foram necessárias diárias leituras da Palavra e idas aos cultos domingo após domingo. (Leia todo o Salmo 73)
Eu finalmente aprendi a amar a minha vida e recebê-la como um grande presente do Senhor, após o nascimento do meu segundo filho. Depois de muito tempo reencontrei aquela pessoa a quem eu invejava em meu coração, e descobri que ela estava começando a trilhar o caminho que eu trilhei desde o início, lamentando-se pelo tempo que havia perdido. Como as coisas são, não é?
A coisa mais importante que a maternidade me ensinou foi: se eu, que sou imperfeita, vejo mais longe que meus filhos e busco tomar decisões para o Bem deles – quanto mais Deus!
- Arielle Pedrosa é casada com Weliton de Eça há dez anos, com quem tem quatro filhos. Eles são membros da Igreja Reformada de Brasília, onde servem com seus dons. Weliton é analista de dados e presbítero em sua igreja local. Enquanto Arielle é esposa, mãe e dona de casa em tempo integral e estudante da área de educação, tradutora e professora da Comunidade Educação no Lar nas horas vagas. Atualmente, também tem dividido seu tempo com o tratamento de um câncer metastático grau quatro, descoberto em dezembro de 2021. @ariellepedrosa
A (RE)DESCOBERTA DA SERENIDADE – DEIXO COM VOCÊS A PAZ! NÃO FIQUEM AFLITOS | REVISTA ULTIMATO
"Serenidade” é definida como o estado da pessoa serena, que age de maneira calma e tranquila. Pode ser entendida também como a paz da mente, o equilíbrio emocional, o estado não perturbado, o domínio de si mesmo. Fúria, preocupação, inquietude e agitação são alguns de seus antônimos.
É disso que trata a matéria de capa da edição de 395 da revista Ultimato. Para assinar, clique aqui.
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