Opinião
- 19 de maio de 2017
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Os cristãos e o politicamente correto
Por Paul Freston e Raphael Freston
O cristão não deve ser politicamente correto (PC). E o cristão não deve ser anti-politicamente correto (anti-PC). O cristão deve ser anti-anti-politicamente correto (anti-anti-PC).
A liberdade de expressão é um dos direitos mais fundamentais do ser humano, sem o qual os outros direitos se tornam impossíveis ou difíceis de se exercer. Sem a liberdade de expressão, não há como navegar pacificamente a extrema diversidade de experiências humanas; não há como desenvolver a boa governança; e não há como reconhecer e responder à verdade em todos os campos, inclusive o religioso. Este último ponto era reconhecido pelos grandes autores cristãos da Antiguidade (antes da guinada para a repressão que começou no final do século 4º). Por exemplo, o grande teólogo Gregório Nazianzeno disse: “Não considero boa prática coagir as pessoas em vez de persuadi-las. Tudo que é feito contra a própria vontade é como um rio represado por todos os lados”.
A liberdade de expressão é constantemente ameaçada pelo poder político e pelas tensões sociais. Estas têm aumentado sensivelmente num mundo que se globaliza aceleradamente. Sobretudo com a migração e com a internet, o mundo inteiro se torna o nosso vizinho, ou, em termos bíblicos, o nosso próximo. As redes sociais têm facilitado a divulgação de casos (verídicos ou não) de constrangimentos sociais sobre a livre expressão das ideias e dos sentimentos. Ao mesmo tempo, grupos sociais há muito tempo reprimidos ou negligenciados encontram maior espaço para se afirmarem. Para as tensões não transbordarem desastrosamente, incentiva-se o uso de uma linguagem mais ponderada e respeitosa, mais sensível ao dano que pode causar à autoimagem e aos direitos fundamentais dos outros, buscando evitar os retratos caricatos e a ofensa desnecessária. Afinal, o direito de ofender não significa o dever de ofender. Nem tudo que é legal, é moral.
É aqui que surgem as controvérsias sobre o politicamente correto. Não vamos entrar no debate se o politicamente correto, o PC, de fato existe. Se muitas pessoas acham que existe, essa percepção é importante. Quanto à oposição ao politicamente correto, o anti-PC, não há dúvida de que existe. É um fenômeno crescente, com consequências políticas cada vez mais evidentes.
De um lado, temos de reconhecer que ninguém se autointitula “politicamente correto”. Somente se acusa o outro de sê-lo. Por isso, alguns autores sugerem que o PC não existe; existe somente o anti-PC. De fato, o termo “politicamente correto” se popularizou (em inglês primeiro) por volta de 1990 não na boca dos seus supostos adeptos, mas, sim, na boca dos seus críticos. Ou seja, para alguns autores, o fenômeno PC praticamente nasceu com a campanha anti-PC. A pré-história (antes de 1990) do PC seria apenas como um discurso meio jocoso contra o dogmatismo excessivo ou contra a autojustificação farisaica.
Por outro lado, o anti-PC não é construído do nada. Pode ser que o PC seja um “homem de palha”, um “espantalho”, um recurso argumentativo que cria um opositor caricato e absurdo para facilitar a vitória no debate. Mas espantalhos são criados em cima de alguma tendência real, embora caricaturando-a, exagerando-a. O anti-PC não deixa de apontar para uma versão moderna do farisaísmo.
Mesmo assim, o discurso anti-PC tipicamente reúne algumas características. Primeiro, o exagero e a generalização: parte de anedotas para construir um fenômeno generalizado. Depois, a acusação. O discurso anti-PC acusa o outro de agir com má-fé, de ter motivos inconfessáveis, de esconder a verdade para avançar uma agenda. Acusar alguém de estar sendo “politicamente correto” é dizer não somente que está errado, mas também que é mal-intencionado; ou, então, que é inocente útil nas mãos daqueles que querem tomar conta de instituições-chave como a política, a academia e a mídia.
Outra característica é a autovitimização. Quem maneja o discurso anti-PC frequentemente se retrata como oprimido, ora como vítima indefesa de forças ocultas, ora como herói da resistência a essas mesmas forças.
Finalmente, o discurso anti-PC é a antipolítica, pois busca silenciar o debate sério das ideias, preferindo a desqualificação do adversário.
Donald Trump manejou com maestria essas características do discurso anti-PC. “Eles [Obama e Hillary Clinton] colocaram o politicamente correto acima do bom senso, acima da segurança da população, acima de tudo. Mas eu me recuso a ser politicamente correto”, disse Trump após a chacina numa boate na Flórida. Repetidamente, Trump culpou o “politicamente correto” por uma série de problemas sociais e usou o discurso anti-PC para justificar seus comentários chocantes sobre mulheres, imigrantes, latinos, muçulmanos... Apresentava-se ao mesmo tempo como perseguido e como herói. A sua grosseria e insensibilidade seriam, na realidade, a coragem heroica de um perseguido, e não a baixaria de um demagogo.
Se o PC, na medida que existe, é uma manifestação contemporânea do farisaísmo contra o qual se insurgiu Jesus, a realidade é que hoje em dia há muito mais ativismo anti-PC. Quando se trata de cristãos, o sentimento anti-PC muitas vezes reflete a tensão permanente entre pecar com a língua e falar a verdade em amor.
Mas, infelizmente, o discurso anti-PC, mesmo quando fala a verdade, não transmite exatamente o amor. E muitas vezes apenas externaliza sentimentos vis, os quais, em vez de serem expressos em público, deveriam ser confessados em oração, pedindo a cura de Deus.
No fundo, muitas normas que poderiam ser chamadas (xingadas) de politicamente corretas existem por causa de uma realidade humana que os cristãos, teoricamente, reconhecem diariamente: a existência e ubiquidade do pecado; neste caso, o pecado de deixar aflorar certas opiniões e atitudes que o cristão deveria ter vergonha de sentir. Por outro lado, quem crê que a total falta de controle sobre a expressão dos sentimentos equivale à “honestidade” e deve ser encorajada, doa a quem doer, não acredita (supõe-se) na realidade do pecado.
Nada mais distante da visão bíblica do uso responsável da língua, sem falar da visão bíblica da igualdade humana e da universalidade do conceito de “próximo” (todo o mundo) e da “regra de ouro” (“faça aos outros o que você quer que façam a você” [Mt 7.12]). E sem falar do comportamento de Jesus. Como em tantas outras dimensões, Jesus inverteu as expectativas dos religiosos de sua época, mas não pelo destempero verbal contra os indefesos e vulneráveis e marginalizados, como os “politicamente incorretos” de hoje. O destempero verbal de Jesus é proporcional ao poder real (político, ou religioso, ou social) exercido pelo “alvo” da sua crítica: o governante é “raposa”, os líderes religiosos são “sepulcros caiados”. Para Jesus, quanto mais vulnerável o grupo ou pessoa, maior a nossa responsabilidade de evitar ofendê-lo; não na sua sensibilidade exagerada, mas na sua condição de imagem de Deus (“ao menor destes...” [Mt 25.40]).
Os cristãos devem precaver-se da atração pelo destempero e pelas opiniões agressivas de algumas correntes políticas ao redor do mundo hoje. O espírito de Jesus (tanto no seu uso da linguagem como na sua visão do “reino invertido”) pouco ou nada tem a ver com essa atração. Não sejamos como as pessoas que se fascinam com o político (ou melhor, o político que se apresenta como o antipolítico) que fala grosso. Lembremos que, segundo o apóstolo, quem aprova um ato vil é até pior do que quem o pratica (Rm 1.32).
Nosso chamado como cristãos não é ser PC (que, na melhor das hipóteses, representa apenas o atual estágio do preconceito), nem anti-PC, mas buscar entender cada vez mais o alcance estupendo da revelação de Deus em Cristo e as suas implicações para a nossa visão do ser humano. Uma pequena ilustração disso: há alguns anos, um de nós fez uma apresentação sobre pentecostalismo e migração internacional num simpósio acadêmico. Assim que terminou, a primeira reação da plateia foi de um estudioso holandês, um dos mais respeitados no campo da sociologia da religião, que disse com desdém: “Onde quer que haja pentecostais, há problemas”. Não houve reação do grupo. Mas podemos imaginar qual teria sido a reação se ele tivesse falado não de “pentecostais”, mas de “judeus” ou de “muçulmanos”. Teria havido, sem dúvida, uma reclamação ou, no mínimo, um suspiro audível de desaprovação. Mas ainda é aceitável dizer certas coisas sobre pentecostais que não são mais aceitáveis dizer (graças a Deus) a respeito de muçulmanos ou judeus. E isso acontece apesar do fato de que a grande maioria dos pentecostais ao redor do mundo são relativamente pobres, não brancos e mulheres, categorias que o “politicamente correto” deveria proteger.
Esse incidente ilustra a ideia do “estágio atual do preconceito”. E a reação cristã, nos parece, não é de querer que seja, mais uma vez, legítimo falar desrespeitosamente de pobres, não brancos, mulheres, judeus e muçulmanos, mas que o mesmo respeito seja demonstrado aos pentecostais (seja qual for seu gênero, cor ou condição econômica), como também a todos os seres humanos, portadores sem exceção da imagem divina.
Nota: Texto publicado originalmente na seção "Ética" da revista Ultimato, edição 365.
• Paul Freston, inglês naturalizado brasileiro, é professor colaborador do programa de pós-graduação em sociologia na Universidade Federal de São Carlos e professor catedrático de religião e política em contexto global na Balsillie School of International Affairs e na Wilfrid Laurier University, em Waterloo, Ontário, Canadá.
• Raphael Freston é mestrando em sociologia na Universidade de São Paulo.
O cristão não deve ser politicamente correto (PC). E o cristão não deve ser anti-politicamente correto (anti-PC). O cristão deve ser anti-anti-politicamente correto (anti-anti-PC).
A liberdade de expressão é um dos direitos mais fundamentais do ser humano, sem o qual os outros direitos se tornam impossíveis ou difíceis de se exercer. Sem a liberdade de expressão, não há como navegar pacificamente a extrema diversidade de experiências humanas; não há como desenvolver a boa governança; e não há como reconhecer e responder à verdade em todos os campos, inclusive o religioso. Este último ponto era reconhecido pelos grandes autores cristãos da Antiguidade (antes da guinada para a repressão que começou no final do século 4º). Por exemplo, o grande teólogo Gregório Nazianzeno disse: “Não considero boa prática coagir as pessoas em vez de persuadi-las. Tudo que é feito contra a própria vontade é como um rio represado por todos os lados”.
A liberdade de expressão é constantemente ameaçada pelo poder político e pelas tensões sociais. Estas têm aumentado sensivelmente num mundo que se globaliza aceleradamente. Sobretudo com a migração e com a internet, o mundo inteiro se torna o nosso vizinho, ou, em termos bíblicos, o nosso próximo. As redes sociais têm facilitado a divulgação de casos (verídicos ou não) de constrangimentos sociais sobre a livre expressão das ideias e dos sentimentos. Ao mesmo tempo, grupos sociais há muito tempo reprimidos ou negligenciados encontram maior espaço para se afirmarem. Para as tensões não transbordarem desastrosamente, incentiva-se o uso de uma linguagem mais ponderada e respeitosa, mais sensível ao dano que pode causar à autoimagem e aos direitos fundamentais dos outros, buscando evitar os retratos caricatos e a ofensa desnecessária. Afinal, o direito de ofender não significa o dever de ofender. Nem tudo que é legal, é moral.
É aqui que surgem as controvérsias sobre o politicamente correto. Não vamos entrar no debate se o politicamente correto, o PC, de fato existe. Se muitas pessoas acham que existe, essa percepção é importante. Quanto à oposição ao politicamente correto, o anti-PC, não há dúvida de que existe. É um fenômeno crescente, com consequências políticas cada vez mais evidentes.
De um lado, temos de reconhecer que ninguém se autointitula “politicamente correto”. Somente se acusa o outro de sê-lo. Por isso, alguns autores sugerem que o PC não existe; existe somente o anti-PC. De fato, o termo “politicamente correto” se popularizou (em inglês primeiro) por volta de 1990 não na boca dos seus supostos adeptos, mas, sim, na boca dos seus críticos. Ou seja, para alguns autores, o fenômeno PC praticamente nasceu com a campanha anti-PC. A pré-história (antes de 1990) do PC seria apenas como um discurso meio jocoso contra o dogmatismo excessivo ou contra a autojustificação farisaica.
Por outro lado, o anti-PC não é construído do nada. Pode ser que o PC seja um “homem de palha”, um “espantalho”, um recurso argumentativo que cria um opositor caricato e absurdo para facilitar a vitória no debate. Mas espantalhos são criados em cima de alguma tendência real, embora caricaturando-a, exagerando-a. O anti-PC não deixa de apontar para uma versão moderna do farisaísmo.
Mesmo assim, o discurso anti-PC tipicamente reúne algumas características. Primeiro, o exagero e a generalização: parte de anedotas para construir um fenômeno generalizado. Depois, a acusação. O discurso anti-PC acusa o outro de agir com má-fé, de ter motivos inconfessáveis, de esconder a verdade para avançar uma agenda. Acusar alguém de estar sendo “politicamente correto” é dizer não somente que está errado, mas também que é mal-intencionado; ou, então, que é inocente útil nas mãos daqueles que querem tomar conta de instituições-chave como a política, a academia e a mídia.
Outra característica é a autovitimização. Quem maneja o discurso anti-PC frequentemente se retrata como oprimido, ora como vítima indefesa de forças ocultas, ora como herói da resistência a essas mesmas forças.
Finalmente, o discurso anti-PC é a antipolítica, pois busca silenciar o debate sério das ideias, preferindo a desqualificação do adversário.
Donald Trump manejou com maestria essas características do discurso anti-PC. “Eles [Obama e Hillary Clinton] colocaram o politicamente correto acima do bom senso, acima da segurança da população, acima de tudo. Mas eu me recuso a ser politicamente correto”, disse Trump após a chacina numa boate na Flórida. Repetidamente, Trump culpou o “politicamente correto” por uma série de problemas sociais e usou o discurso anti-PC para justificar seus comentários chocantes sobre mulheres, imigrantes, latinos, muçulmanos... Apresentava-se ao mesmo tempo como perseguido e como herói. A sua grosseria e insensibilidade seriam, na realidade, a coragem heroica de um perseguido, e não a baixaria de um demagogo.
Se o PC, na medida que existe, é uma manifestação contemporânea do farisaísmo contra o qual se insurgiu Jesus, a realidade é que hoje em dia há muito mais ativismo anti-PC. Quando se trata de cristãos, o sentimento anti-PC muitas vezes reflete a tensão permanente entre pecar com a língua e falar a verdade em amor.
Mas, infelizmente, o discurso anti-PC, mesmo quando fala a verdade, não transmite exatamente o amor. E muitas vezes apenas externaliza sentimentos vis, os quais, em vez de serem expressos em público, deveriam ser confessados em oração, pedindo a cura de Deus.
No fundo, muitas normas que poderiam ser chamadas (xingadas) de politicamente corretas existem por causa de uma realidade humana que os cristãos, teoricamente, reconhecem diariamente: a existência e ubiquidade do pecado; neste caso, o pecado de deixar aflorar certas opiniões e atitudes que o cristão deveria ter vergonha de sentir. Por outro lado, quem crê que a total falta de controle sobre a expressão dos sentimentos equivale à “honestidade” e deve ser encorajada, doa a quem doer, não acredita (supõe-se) na realidade do pecado.
Nada mais distante da visão bíblica do uso responsável da língua, sem falar da visão bíblica da igualdade humana e da universalidade do conceito de “próximo” (todo o mundo) e da “regra de ouro” (“faça aos outros o que você quer que façam a você” [Mt 7.12]). E sem falar do comportamento de Jesus. Como em tantas outras dimensões, Jesus inverteu as expectativas dos religiosos de sua época, mas não pelo destempero verbal contra os indefesos e vulneráveis e marginalizados, como os “politicamente incorretos” de hoje. O destempero verbal de Jesus é proporcional ao poder real (político, ou religioso, ou social) exercido pelo “alvo” da sua crítica: o governante é “raposa”, os líderes religiosos são “sepulcros caiados”. Para Jesus, quanto mais vulnerável o grupo ou pessoa, maior a nossa responsabilidade de evitar ofendê-lo; não na sua sensibilidade exagerada, mas na sua condição de imagem de Deus (“ao menor destes...” [Mt 25.40]).
Os cristãos devem precaver-se da atração pelo destempero e pelas opiniões agressivas de algumas correntes políticas ao redor do mundo hoje. O espírito de Jesus (tanto no seu uso da linguagem como na sua visão do “reino invertido”) pouco ou nada tem a ver com essa atração. Não sejamos como as pessoas que se fascinam com o político (ou melhor, o político que se apresenta como o antipolítico) que fala grosso. Lembremos que, segundo o apóstolo, quem aprova um ato vil é até pior do que quem o pratica (Rm 1.32).
Nosso chamado como cristãos não é ser PC (que, na melhor das hipóteses, representa apenas o atual estágio do preconceito), nem anti-PC, mas buscar entender cada vez mais o alcance estupendo da revelação de Deus em Cristo e as suas implicações para a nossa visão do ser humano. Uma pequena ilustração disso: há alguns anos, um de nós fez uma apresentação sobre pentecostalismo e migração internacional num simpósio acadêmico. Assim que terminou, a primeira reação da plateia foi de um estudioso holandês, um dos mais respeitados no campo da sociologia da religião, que disse com desdém: “Onde quer que haja pentecostais, há problemas”. Não houve reação do grupo. Mas podemos imaginar qual teria sido a reação se ele tivesse falado não de “pentecostais”, mas de “judeus” ou de “muçulmanos”. Teria havido, sem dúvida, uma reclamação ou, no mínimo, um suspiro audível de desaprovação. Mas ainda é aceitável dizer certas coisas sobre pentecostais que não são mais aceitáveis dizer (graças a Deus) a respeito de muçulmanos ou judeus. E isso acontece apesar do fato de que a grande maioria dos pentecostais ao redor do mundo são relativamente pobres, não brancos e mulheres, categorias que o “politicamente correto” deveria proteger.
Esse incidente ilustra a ideia do “estágio atual do preconceito”. E a reação cristã, nos parece, não é de querer que seja, mais uma vez, legítimo falar desrespeitosamente de pobres, não brancos, mulheres, judeus e muçulmanos, mas que o mesmo respeito seja demonstrado aos pentecostais (seja qual for seu gênero, cor ou condição econômica), como também a todos os seres humanos, portadores sem exceção da imagem divina.
Nota: Texto publicado originalmente na seção "Ética" da revista Ultimato, edição 365.
• Paul Freston, inglês naturalizado brasileiro, é professor colaborador do programa de pós-graduação em sociologia na Universidade Federal de São Carlos e professor catedrático de religião e política em contexto global na Balsillie School of International Affairs e na Wilfrid Laurier University, em Waterloo, Ontário, Canadá.
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Ricardo Barbosa