Por Escrito
- 06 de março de 2015
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O pioneirismo de uma mulher virtuosa
Nascida em 14 de novembro de 1934, em Canhotinho (PE), Eusa Almeida dos Santos era uma mulher forte, dedicada, dinâmica, portadora de uma elegância interior, que a fazia contrastar com os ambientes pioneiros nos quais viveu ao longo de sua caminhada, e, acima de tudo, obediente a Deus.
Ainda pequena, junto com sua família, Eusa mudou-se para Presidente Prudente (SP). Lá a menina cresceu, estudou, trabalhou e, enfim, tornou-se uma pessoa de valor.
Em 1960, Eusa casou-se com Jonathan Santos e, em 1962, respondendo ao convite da Junta de Missões Nacionais da Igreja Presbiteriana do Brasil, o casal seguiu para Cianorte (PR).
O novo ministério foi um desafio, pois nos 250 quilômetros daquele campo missionário, não havia nenhuma igreja organizada, só algumas congregações e pontos de pregação esparsos. Como parte do desafio, Eusa – moça bonita, elegante, fina e requintada que sempre havia vivido na cidade grande – passou a morar em uma pequena cidade que ainda nascia e que era rodeada por uma floresta exuberante.
Nesse contexto de pioneirismo, Eusa enfrentou dificuldades para o estabelecimento de novas amizades, e não faltaram mal-entendidos! Com boa intenção, ela recebia os visitantes da melhor maneira possível – com uma bela mesa e um cardápio especial –, mas, muitas vezes, isso levava as pessoas a especular acerca das “possíveis riquezas” do pastor!
Em 1965, respondendo à necessidade local e ao alvo de alcançar a região para o Senhor Jesus, o casal se envolveu na fundação do Instituto Bíblico Presbiteriano de Cianorte, que recebeu alunos de todo o Brasil e que, de fato, colaborou muito para evangelização do norte do Paraná e de outras regiões do Brasil e do mundo.
Além do apoio ao ministério de seu esposo, Eusa também colaborou com a sociedade na área da educação, sendo diretora de ensino de algumas escolas da cidade.
Em 1976, o nascimento da Missão Antioquia moveu a família toda para Londrina (PR) e, posteriormente, para São Paulo (SP).
Em Londrina, Eusa viveu experiências de fé quando, muitas vezes sozinha, administrou situações complicadas no cuidado da casa, como, por exemplo, em certa ocasião na qual seu esposo viajou para a Europa Oriental, então sob regime comunista, para encorajar a igreja local. Antes de viajar, seu esposo deixou a despensa cheia, com suprimento para uns três meses, mas, como a casa era local de constante hospedagem, Eusa recebeu uma equipe que consumiu o que deveria durar mais tempo! O Senhor, porém, enviou suprimentos, tocando no coração de um grupo de senhoras, que chegaram à sua casa com o necessário.
O abençoado crescimento daquele movimento levou o casal a sonhar com uma propriedade na qual a Missão Antioquia poderia ter sua base e na qual outros ministérios poderiam ser desenvolvidos.
Assim, Eusa, já na fase madura da vida, viu-se de volta ao pioneirismo, participando da fundação do Ministério Vale da Bênção, sediado às margens da Rodovia Castelo Branco, nos arredores de São Paulo.
Apesar de todas as dificuldades próprias do pioneirismo, como recursos escassos, falta de conforto e precariedade, Eusa continuou a lutar ao lado de seu esposo. O casal ajudou na transformação de muita gente que passou pelo Vale da Bênção.
Dentre os ministérios que Eusa desenvolveu, destaca-se a reintegração social, que proporcionava acolhimento para jovens desejosos de reintegrar-se à sociedade após anos de dependência química. Hoje, muitos deles são líderes de organizações sociais evangélicas, pastores e missionários. Como professora de português, Eusa ensinou aos seus alunos muito mais do que o bê-á-bá; ensinou a eles lições de vida! Sua presença firme, mas amorosa, foi fundamental na vida de muitos jovens, seja nos treinamentos teológicos, nos quais teve participação ativa, seja nos processos de recuperação.
Muitos chamavam Eusa de “primeira-dama”, não porque se sentisse assim ou porque se comportasse de modo superior em relação aos outros, mas porque assim era vista por todos: mulher culta, bem informada e de gosto refinado, amável e companheira de todas as horas – preocupava-se com o bem-estar das pessoas, em especial, carentes e idosos.
Eusa foi uma mãe zelosa; criou seus filhos com sabedoria em meio a muitas dificuldades, encarando os desafios próprios do pioneirismo. Enfrentou a distância de seus familiares e a ausência de seu esposo em função do desbravamento de uma região e de outros tantos desafios. Manteve-se firme, atingindo seus objetivos e fazendo com que seu esposo e seus filhos alcançassem voos mais altos que os dela.
Em 25 de fevereiro de 2011, após um tempo de grande sofrimento devido às consequências da Doença de Alzheimer, Eusa partiu para o Senhor. Viveu de maneira digna, buscando o bem de muitos e glorificando a Deus com sua existência, pelo que será sempre lembrada!
Nota:
A história da trajetória de Eusa com a Doença de Alzheimer é contada no livro “Caminho Distante”, de Márcia Tostes, que pode se adquirido pelo telefone (11) 4136-1272.
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Ainda pequena, junto com sua família, Eusa mudou-se para Presidente Prudente (SP). Lá a menina cresceu, estudou, trabalhou e, enfim, tornou-se uma pessoa de valor.
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O novo ministério foi um desafio, pois nos 250 quilômetros daquele campo missionário, não havia nenhuma igreja organizada, só algumas congregações e pontos de pregação esparsos. Como parte do desafio, Eusa – moça bonita, elegante, fina e requintada que sempre havia vivido na cidade grande – passou a morar em uma pequena cidade que ainda nascia e que era rodeada por uma floresta exuberante.
Nesse contexto de pioneirismo, Eusa enfrentou dificuldades para o estabelecimento de novas amizades, e não faltaram mal-entendidos! Com boa intenção, ela recebia os visitantes da melhor maneira possível – com uma bela mesa e um cardápio especial –, mas, muitas vezes, isso levava as pessoas a especular acerca das “possíveis riquezas” do pastor!
Em 1965, respondendo à necessidade local e ao alvo de alcançar a região para o Senhor Jesus, o casal se envolveu na fundação do Instituto Bíblico Presbiteriano de Cianorte, que recebeu alunos de todo o Brasil e que, de fato, colaborou muito para evangelização do norte do Paraná e de outras regiões do Brasil e do mundo.
Além do apoio ao ministério de seu esposo, Eusa também colaborou com a sociedade na área da educação, sendo diretora de ensino de algumas escolas da cidade.
Em 1976, o nascimento da Missão Antioquia moveu a família toda para Londrina (PR) e, posteriormente, para São Paulo (SP).
Em Londrina, Eusa viveu experiências de fé quando, muitas vezes sozinha, administrou situações complicadas no cuidado da casa, como, por exemplo, em certa ocasião na qual seu esposo viajou para a Europa Oriental, então sob regime comunista, para encorajar a igreja local. Antes de viajar, seu esposo deixou a despensa cheia, com suprimento para uns três meses, mas, como a casa era local de constante hospedagem, Eusa recebeu uma equipe que consumiu o que deveria durar mais tempo! O Senhor, porém, enviou suprimentos, tocando no coração de um grupo de senhoras, que chegaram à sua casa com o necessário.
O abençoado crescimento daquele movimento levou o casal a sonhar com uma propriedade na qual a Missão Antioquia poderia ter sua base e na qual outros ministérios poderiam ser desenvolvidos.
Assim, Eusa, já na fase madura da vida, viu-se de volta ao pioneirismo, participando da fundação do Ministério Vale da Bênção, sediado às margens da Rodovia Castelo Branco, nos arredores de São Paulo.
Apesar de todas as dificuldades próprias do pioneirismo, como recursos escassos, falta de conforto e precariedade, Eusa continuou a lutar ao lado de seu esposo. O casal ajudou na transformação de muita gente que passou pelo Vale da Bênção.
Dentre os ministérios que Eusa desenvolveu, destaca-se a reintegração social, que proporcionava acolhimento para jovens desejosos de reintegrar-se à sociedade após anos de dependência química. Hoje, muitos deles são líderes de organizações sociais evangélicas, pastores e missionários. Como professora de português, Eusa ensinou aos seus alunos muito mais do que o bê-á-bá; ensinou a eles lições de vida! Sua presença firme, mas amorosa, foi fundamental na vida de muitos jovens, seja nos treinamentos teológicos, nos quais teve participação ativa, seja nos processos de recuperação.
Muitos chamavam Eusa de “primeira-dama”, não porque se sentisse assim ou porque se comportasse de modo superior em relação aos outros, mas porque assim era vista por todos: mulher culta, bem informada e de gosto refinado, amável e companheira de todas as horas – preocupava-se com o bem-estar das pessoas, em especial, carentes e idosos.
Eusa foi uma mãe zelosa; criou seus filhos com sabedoria em meio a muitas dificuldades, encarando os desafios próprios do pioneirismo. Enfrentou a distância de seus familiares e a ausência de seu esposo em função do desbravamento de uma região e de outros tantos desafios. Manteve-se firme, atingindo seus objetivos e fazendo com que seu esposo e seus filhos alcançassem voos mais altos que os dela.
Em 25 de fevereiro de 2011, após um tempo de grande sofrimento devido às consequências da Doença de Alzheimer, Eusa partiu para o Senhor. Viveu de maneira digna, buscando o bem de muitos e glorificando a Deus com sua existência, pelo que será sempre lembrada!
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A história da trajetória de Eusa com a Doença de Alzheimer é contada no livro “Caminho Distante”, de Márcia Tostes, que pode se adquirido pelo telefone (11) 4136-1272.
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