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- 29 de maio de 2009
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O pastor que "explica" Freud
“Se você quiser conhecer o meu pai, não leia a sua biografia: leia as suas cartas”. A frase é, digamos, definitiva. E não é de um historiador ou de um biógrafo. É, claro, da filha do pai da psicanálise, Anna Freud, e foi dita pessoalmente a Armand Nicholi, professor da Escola de Medicina de Harvard e autor de Deus em Questão -- C. S. Lewis e Freud.
Ultimato acaba de receber da gráfica a segunda edição (sexta impressão), agora de acordo com a nova ortografia, de Cartas Entre Freud & Pfister -- um diálogo entre a psicanálise e a fé cristã. Foram 30 anos de correspondência, de 1909 a 1939. Não podemos deixar de celebrar o centenário do início de tudo. Em especial porque o teólogo e pastor suíço Oskar Pfister soube construir uma relação de afeto e de diálogo aberto, também cheio de divergências, com o seu “amado adversário”.
Há exatos 100 anos, em carta datada de 7 de julho de 1909, Freud escreveu: “Nenhuma visita, desde a de Jung, teve tanto impacto nas crianças e trouxe tanto bem-estar a mim mesmo”. Para a psicanalista e tradutora da obra, Karin Wondracek, “pouco a pouco, os dois trocam ideias, textos e, acima de tudo, compartilham vida. Visitam-se, presenteiam-se, fazem confidências e influenciam-se mutuamente”.
Anna Freud, que também prefacia a obra, é ainda um pouco mais pessoal: “Com sua aparência e atitude de pastor, (Pfister) era uma aparição de um mundo estranho [...]. Para as crianças, Pfister era não um ‘santo homem’, mas um tipo de ‘flautista de Hamelin’, que só precisava tocar seu instrumento para ter um bando inteiro obediente atrás de si”.
O centésimo aniversário das “Cartas” merecia uma festa. Ultimato acaba de desembrulhar o presente. Boa leitura.
Ultimato acaba de receber da gráfica a segunda edição (sexta impressão), agora de acordo com a nova ortografia, de Cartas Entre Freud & Pfister -- um diálogo entre a psicanálise e a fé cristã. Foram 30 anos de correspondência, de 1909 a 1939. Não podemos deixar de celebrar o centenário do início de tudo. Em especial porque o teólogo e pastor suíço Oskar Pfister soube construir uma relação de afeto e de diálogo aberto, também cheio de divergências, com o seu “amado adversário”.
Há exatos 100 anos, em carta datada de 7 de julho de 1909, Freud escreveu: “Nenhuma visita, desde a de Jung, teve tanto impacto nas crianças e trouxe tanto bem-estar a mim mesmo”. Para a psicanalista e tradutora da obra, Karin Wondracek, “pouco a pouco, os dois trocam ideias, textos e, acima de tudo, compartilham vida. Visitam-se, presenteiam-se, fazem confidências e influenciam-se mutuamente”.
Anna Freud, que também prefacia a obra, é ainda um pouco mais pessoal: “Com sua aparência e atitude de pastor, (Pfister) era uma aparição de um mundo estranho [...]. Para as crianças, Pfister era não um ‘santo homem’, mas um tipo de ‘flautista de Hamelin’, que só precisava tocar seu instrumento para ter um bando inteiro obediente atrás de si”.
O centésimo aniversário das “Cartas” merecia uma festa. Ultimato acaba de desembrulhar o presente. Boa leitura.
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