Opinião
- 22 de agosto de 2016
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O ouro dos ouros
Colocar o ouro no Cristo Redentor é uma irreverência [veja imagem ao lado], além de ser muito pouco. Mas o Jesus - não de concreto mas de carne e osso - merece o ouro dos ouros. Aos olhos dos crentes, ele já foi coroado de “glória e de honra por causa da morte que ele sofreu” (Hb 2.9). Falta apenas a sessão pública e final para que todo o universo veja a sua glória “para declarar abertamente que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai” (Fp 2.9-11). É preciso esperar só mais um pouco!
***
De onde nos vem a certeza da centralidade absoluta de Jesus?*
O que o mundo sabe sobre Jesus Cristo -- sua concepção sobrenatural e seu nascimento, seus feitos e suas palavras, sua morte vicária e sua ressurreição, sua ascensão aos céus e sua volta em poder e muita glória -- não foi escrito originalmente por qualquer pessoa. Além de inspirados especialmente por Deus (2Tm 3.16) e guiados especialmente pelo Espírito Santo (2Pe 1.21), os escritores do Novo Testamento foram testemunhas pessoais dos fatos que se deram, e de tudo aquilo que entrou dentro deles (pelos olhos e ouvidos). Pedro escreve em sua segunda carta:
“Nós não estávamos contando coisas inventadas quando anunciamos a vocês a vinda poderosa do nosso Senhor Jesus Cristo, pois com os nossos próprios olhos nós vimos a sua grandeza. Nós estávamos lá [no monte da transfiguração] quando Deus, o Pai, lhe deu honra e glória [...]” (2Pe 1.16-17).
João fez a mesma declaração:
“Estamos escrevendo a vocês a respeito da Palavra da vida [Jesus Cristo], que existiu desde a criação do mundo. Nós a ouvimos e com os nossos próprios olhos a vimos. De fato, nós a vimos, e as nossas mãos tocaram nela. Quando essa vida apareceu, nós a vimos. É por isso que agora falamos dela e anunciamos a vocês a vida eterna que estava com o Pai e que nos foi revelada. Contamos a vocês o que vimos e ouvimos para que vocês estejam unidos conosco, assim como nós estamos unidos com o Pai e com Jesus Cristo, o seu Filho” (1Jo 1.1-3).
Paulo, por sua vez, explica que ele tem autoridade para dar sua opinião neste ou naquele assunto “como uma pessoa que, pela misericórdia, merece confiança” (1Co 7.25). Afinal, ele viu e ouviu pessoalmente o próprio Senhor Jesus, no dia da sua conversão (At 9.17; 22.14) e em outras ocasiões (At 18.9; 22.18; 23.11). Além do mais, catorze anos antes de escrever a segunda epístola aos Coríntios, talvez em 54 depois de Cristo, o apóstolo foi levado ao paraíso ou ao mais alto céu e “ouviu coisas que palavras humanas não conseguem contar” (2Co 12.4).
Outra coisa que alimentou a convicção dos apóstolos e dos primeiros discípulos quanto à centralidade de Jesus foi a descoberta de que era sobre ele que os profetas falavam, mesmo sem ter perfeita consciência do fato (1Pe 1.10-12).
Precisamos levar em conta ainda que o autor do terceiro Evangelho e do primeiro volume da história da igreja (Atos dos Apóstolos) era um historiador nato, um mestre em historiografia. Basta ler a apresentação do Evangelho que leva o seu nome:
“Tendo em vista que muitos já se empenharam em elaborar uma narrativa histórica sobre os eventos que se cumpriram entre nós, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares dos fatos e servos dedicados à Palavra, eu, pessoalmente, investiguei tudo em minúcias, a partir da origem e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo Teófilo. E isso, para que tenhas plena certeza das verdades que a ti foram ministradas” (Lc 1.1-4, KJ).
(Segundo a Bíblia King James, Teófilo foi um militar de alta patente do exército romano que, convertido ao Senhor, patrocinou a pesquisa e a publicação do Evangelho de Lucas.)
* Texto publicado originalmente na revista Ultimato 354.
Imagem: Anderson Góes
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De onde nos vem a certeza da centralidade absoluta de Jesus?*
O que o mundo sabe sobre Jesus Cristo -- sua concepção sobrenatural e seu nascimento, seus feitos e suas palavras, sua morte vicária e sua ressurreição, sua ascensão aos céus e sua volta em poder e muita glória -- não foi escrito originalmente por qualquer pessoa. Além de inspirados especialmente por Deus (2Tm 3.16) e guiados especialmente pelo Espírito Santo (2Pe 1.21), os escritores do Novo Testamento foram testemunhas pessoais dos fatos que se deram, e de tudo aquilo que entrou dentro deles (pelos olhos e ouvidos). Pedro escreve em sua segunda carta:
“Nós não estávamos contando coisas inventadas quando anunciamos a vocês a vinda poderosa do nosso Senhor Jesus Cristo, pois com os nossos próprios olhos nós vimos a sua grandeza. Nós estávamos lá [no monte da transfiguração] quando Deus, o Pai, lhe deu honra e glória [...]” (2Pe 1.16-17).
João fez a mesma declaração:
“Estamos escrevendo a vocês a respeito da Palavra da vida [Jesus Cristo], que existiu desde a criação do mundo. Nós a ouvimos e com os nossos próprios olhos a vimos. De fato, nós a vimos, e as nossas mãos tocaram nela. Quando essa vida apareceu, nós a vimos. É por isso que agora falamos dela e anunciamos a vocês a vida eterna que estava com o Pai e que nos foi revelada. Contamos a vocês o que vimos e ouvimos para que vocês estejam unidos conosco, assim como nós estamos unidos com o Pai e com Jesus Cristo, o seu Filho” (1Jo 1.1-3).
Paulo, por sua vez, explica que ele tem autoridade para dar sua opinião neste ou naquele assunto “como uma pessoa que, pela misericórdia, merece confiança” (1Co 7.25). Afinal, ele viu e ouviu pessoalmente o próprio Senhor Jesus, no dia da sua conversão (At 9.17; 22.14) e em outras ocasiões (At 18.9; 22.18; 23.11). Além do mais, catorze anos antes de escrever a segunda epístola aos Coríntios, talvez em 54 depois de Cristo, o apóstolo foi levado ao paraíso ou ao mais alto céu e “ouviu coisas que palavras humanas não conseguem contar” (2Co 12.4).
Outra coisa que alimentou a convicção dos apóstolos e dos primeiros discípulos quanto à centralidade de Jesus foi a descoberta de que era sobre ele que os profetas falavam, mesmo sem ter perfeita consciência do fato (1Pe 1.10-12).
Precisamos levar em conta ainda que o autor do terceiro Evangelho e do primeiro volume da história da igreja (Atos dos Apóstolos) era um historiador nato, um mestre em historiografia. Basta ler a apresentação do Evangelho que leva o seu nome:
“Tendo em vista que muitos já se empenharam em elaborar uma narrativa histórica sobre os eventos que se cumpriram entre nós, conforme nos transmitiram os que desde o princípio foram testemunhas oculares dos fatos e servos dedicados à Palavra, eu, pessoalmente, investiguei tudo em minúcias, a partir da origem e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo Teófilo. E isso, para que tenhas plena certeza das verdades que a ti foram ministradas” (Lc 1.1-4, KJ).
(Segundo a Bíblia King James, Teófilo foi um militar de alta patente do exército romano que, convertido ao Senhor, patrocinou a pesquisa e a publicação do Evangelho de Lucas.)
* Texto publicado originalmente na revista Ultimato 354.
Imagem: Anderson Góes
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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