Opinião
- 03 de novembro de 2015
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Ó morte, onde está a sua vitória?
A Biologia é uma ciência admirável. Deve-se a ela a descoberta das leis que regem a vida. Dentro de sua área estão as chamadas ciências da vida: zoologia, botânica, medicina e outras. Compete a ela o estudo de coisas delicadas e complexas, como gametogênese, genética, embriologia, sexualidade, crescimento e metamorfose, envelhecimento e morte.
A contribuição da Biologia cessa com a morte. Primeiro, porque a morte é de fato a cessação definitiva de todos os atos cujo conjunto constitui a vida dos seres organizados. Segundo, porque a Biologia não admite a ressurreição do corpo, nem como hipótese, já que é uma ciência e, como tal, depende da observação, da pesquisa, da análise, de instrumentos, de reações químicas e bioquímicas e de métodos estatísticos. A Biologia precisa ver e provar para crer. Ela não faz nada, não diz nada, não promete nada, se não tiver um microscópio.
Por meio das ciências biológicas, portanto, ninguém chegará a acreditar na ressurreição dos mortos. Há vários anos, conversei sobre o assunto com Moacyr Maestri, então professor aposentado da UFV, e ele me disse que toda a história de vida “indica que indivíduos inclusive da espécie humana, são perecíveis: a senescência e sua etapa final, a morte, são partes do próprio ciclo vital”. Mais ainda, “não se pode afirmar, hoje, que o ser humano possa vir a possuir um corpo fisicamente incorruptível e imortal”. Na mesma época, o citologista Chotaro Shimoya, também da UFV, revelou que acreditava que “alguns fenômenos observados em histologia ou anatomia vegetal assemelhavam-se à ressurreição: a célula morre para dar lugar a outra”. De uma coisa todos estão certos, tanto os cientistas como os teólogos: se existe ressurreição de mortos, ela não será graças aos esforços da ciência.
A ressurreição dos mortos é matéria de fé. Fé na revelação de Deus através daqueles que falaram da parte dele, cujos escritos estão contidos e se acha, preservados nas Escrituras Sagradas. A acertadamente chamada Palavra de Deus inclui em suas páginas não só a ressurreição dos mortos mas também a transformação dos vivos que não passarem pela morte:
“Eis que vos dou a conhecer um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados. Num instante, num abrir e fechar de olhos, ao soar da trombeta final, pois a trombeta tocará, e os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Com efeito é necessário que este ser corruptível revista a imortalidade. Quando, pois, este ser corruptível tiver revestido a incorruptibilidade e este ser mortal tiver revestido a imortalidade, então se cumprirá a palavra da Escritura: A morte foi absorvida na vitória. Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15.51-55 em A Bíblia de Jerusalém).
Ao se tratar deste assunto, passa-se simplesmente da ciência para a Bíblia, da Biologia para a Teologia. Não é necessário indispor uma com a outra. Temos que reconhecer que a Bíblia não é um livro científico nem a ciência é a Palavra de Deus.
Se na outra ordem de vida houver estudo organizado, os afeiçoados à Biologia terão que escrever novos livros. Porque o corpo novo, de acordo com as Escrituras, será totalmente diferente do corpo atual. A diferença não residirá apenas na área moral. O outro corpo será incorruptível (no sentido orgânico) e imortal. Quer dizer, as células ou outra unidade fundamental qualquer e a constituição física e orgânica do ser humano jamais serão as mesmas de hoje. Será tudo novo, nunca visto, acima do que foi observado e analisado até agora, além de qualquer imaginação e da própria ficção científica.
Não há motivo para, em nome da ciência, rejeitar esta nova e desconhecida Biologia. Afinal, não foi o homem quem fez ou quem criou o mecanismo biológico que se encontra nos seres vivos de hoje. Ele apenas observa, investiga e descobre as leis da vida. Os cientistas acharam tudo pronto e, desde Hipócrates, Aristóteles e Galeno, na Grécia antiga, vêm estudando o assunto e construindo o acervo de documentação de que dispõe atualmente. É certo que ainda há muita coisa a investigar e descobrir.
Ora, o Deus que formou o primeiro homem e formulou as leis da Biologia, não terá a menor dificuldade para formar o segundo homem, dando-lhe o “corpo espiritual”, de natureza diversa.
Ou será que alguém pensa que este homem do futuro sairá de um tubo de ensaio, das mãos de um messias de avental branco?
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Uma ressurreição atrás da outra
O rosto desfigurado da morte
Foto: Celso Pinto/Freeimages
A contribuição da Biologia cessa com a morte. Primeiro, porque a morte é de fato a cessação definitiva de todos os atos cujo conjunto constitui a vida dos seres organizados. Segundo, porque a Biologia não admite a ressurreição do corpo, nem como hipótese, já que é uma ciência e, como tal, depende da observação, da pesquisa, da análise, de instrumentos, de reações químicas e bioquímicas e de métodos estatísticos. A Biologia precisa ver e provar para crer. Ela não faz nada, não diz nada, não promete nada, se não tiver um microscópio.
Por meio das ciências biológicas, portanto, ninguém chegará a acreditar na ressurreição dos mortos. Há vários anos, conversei sobre o assunto com Moacyr Maestri, então professor aposentado da UFV, e ele me disse que toda a história de vida “indica que indivíduos inclusive da espécie humana, são perecíveis: a senescência e sua etapa final, a morte, são partes do próprio ciclo vital”. Mais ainda, “não se pode afirmar, hoje, que o ser humano possa vir a possuir um corpo fisicamente incorruptível e imortal”. Na mesma época, o citologista Chotaro Shimoya, também da UFV, revelou que acreditava que “alguns fenômenos observados em histologia ou anatomia vegetal assemelhavam-se à ressurreição: a célula morre para dar lugar a outra”. De uma coisa todos estão certos, tanto os cientistas como os teólogos: se existe ressurreição de mortos, ela não será graças aos esforços da ciência.
A ressurreição dos mortos é matéria de fé. Fé na revelação de Deus através daqueles que falaram da parte dele, cujos escritos estão contidos e se acha, preservados nas Escrituras Sagradas. A acertadamente chamada Palavra de Deus inclui em suas páginas não só a ressurreição dos mortos mas também a transformação dos vivos que não passarem pela morte:
“Eis que vos dou a conhecer um mistério: nem todos morreremos, mas todos seremos transformados. Num instante, num abrir e fechar de olhos, ao soar da trombeta final, pois a trombeta tocará, e os mortos ressurgirão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Com efeito é necessário que este ser corruptível revista a imortalidade. Quando, pois, este ser corruptível tiver revestido a incorruptibilidade e este ser mortal tiver revestido a imortalidade, então se cumprirá a palavra da Escritura: A morte foi absorvida na vitória. Morte, onde está a tua vitória? Morte, onde está o teu aguilhão?” (1 Coríntios 15.51-55 em A Bíblia de Jerusalém).
Ao se tratar deste assunto, passa-se simplesmente da ciência para a Bíblia, da Biologia para a Teologia. Não é necessário indispor uma com a outra. Temos que reconhecer que a Bíblia não é um livro científico nem a ciência é a Palavra de Deus.
Se na outra ordem de vida houver estudo organizado, os afeiçoados à Biologia terão que escrever novos livros. Porque o corpo novo, de acordo com as Escrituras, será totalmente diferente do corpo atual. A diferença não residirá apenas na área moral. O outro corpo será incorruptível (no sentido orgânico) e imortal. Quer dizer, as células ou outra unidade fundamental qualquer e a constituição física e orgânica do ser humano jamais serão as mesmas de hoje. Será tudo novo, nunca visto, acima do que foi observado e analisado até agora, além de qualquer imaginação e da própria ficção científica.
Não há motivo para, em nome da ciência, rejeitar esta nova e desconhecida Biologia. Afinal, não foi o homem quem fez ou quem criou o mecanismo biológico que se encontra nos seres vivos de hoje. Ele apenas observa, investiga e descobre as leis da vida. Os cientistas acharam tudo pronto e, desde Hipócrates, Aristóteles e Galeno, na Grécia antiga, vêm estudando o assunto e construindo o acervo de documentação de que dispõe atualmente. É certo que ainda há muita coisa a investigar e descobrir.
Ora, o Deus que formou o primeiro homem e formulou as leis da Biologia, não terá a menor dificuldade para formar o segundo homem, dando-lhe o “corpo espiritual”, de natureza diversa.
Ou será que alguém pensa que este homem do futuro sairá de um tubo de ensaio, das mãos de um messias de avental branco?
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Qual é o sentido da esperança cristã?
Uma ressurreição atrás da outra
O rosto desfigurado da morte
Foto: Celso Pinto/Freeimages
Elben Magalhães Lenz César foi o fundador da Editora Ultimato e redator da revista Ultimato até a sua morte, em outubro de 2016. Fundador do Centro Evangélico de Missões e pastor emérito da Igreja Presbiteriana de Viçosa (IPV), é autor de, entre outros, Por Que (Sempre) Faço o Que Não Quero?, Refeições Diárias com Jesus, Mochila nas Costas e Diário na Mão, Para (Melhor) Enfrentar o Sofrimento, Conversas com Lutero, Refeições Diárias com os Profetas Menores, A Pessoa Mais Importante do Mundo, História da Evangelização do Brasil e Práticas Devocionais. Foi casado por sessenta anos com Djanira Momesso César, com quem teve cinco filhas, dez netos e quatro bisnetos.
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