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- 14 de novembro de 2017
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O justo viverá pela fé
Por Cristiano Rocha Heckert
31 de outubro de 2017: exatos 500 anos depois, tive o privilégio de estar no lugar onde Lutero, sem imaginar à época, começou uma revolução que mudou o mundo e gerou uma história de fé, que chegou até nós.
Já estivera na Alemanha 15 anos antes. Na ocasião, valendo-me de uma oportunidade de trabalho que me fixou por quase um ano na Bélgica, visitei Berlim, Munique, Colônia e a belíssima Aachen. Desta vez, com meus pais e minha filha, éramos três gerações de Heckert (a 4ª, a 5ª e a 6ª nascidas no Brasil), voltando à terra de nossos ancestrais. Além da capital, visitamos Leipzig e Wittenberg. Essa pequena cidade da Saxônia tinha cerca de 3.000 habitantes à época de Lutero e hoje, pouco mais de 40.000. Poderia algo bom vir de lá?
Como disse o pastor que celebrou o culto na Igreja do Castelo, onde Lutero fixou suas 95 teses, mais que um passeio turístico ou mesmo religioso, estávamos ali em uma peregrinação espiritual. Desde que comecei a programar essa viagem, frequentei aulas na Escola Bíblica Dominical, assisti vídeos da série “A Chama Flamejante” e li livros como “Movimento da Liberdade”, da Editora Monergismo e “A Reforma: o que você precisa saber e por quê”, da Editora Ultimato, que foram pavimentando essa jornada em meu coração.
Acima de tudo, porém, reli, algumas vezes ao longo deste ano, a Epístola aos Romanos, que tocou Lutero de forma especial na afirmação: “o justo viverá pela fé” (Rm. 1:17). E, graças a Deus, sabemos fé em quê. Como meu avô gostava de enfatizar: não falamos a língua, não preservamos a culinária e nenhum outro costume; a única herança que nossos antepassados alemães nos legaram e que temos passado de geração em geração é a fé em Jesus Cristo.
“Ninguém que esteve em Wittenberg naquele dia sairá de lá igual”, disse o pastor. O que temos pela frente? Não sabemos, mas como cristãos somos livres para viver, proclamando as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
Recentemente, ao completar 40 anos, fiz meu primeiro check-up de saúde completo. Segundo os exames, está tudo bem, o que me estimula a continuar caminhando e semeando. Sei, contudo, que, neste mundo sempre mutante, de repente, pode ser que o barco vire e a aquarela comece a se descolorir.
Cabe a mim, então, juntar-me à multidão dos que aqui seguem professando esta fé (somos 900 milhões, segundo a revista The Economist desta semana) e de tantos outros que já se encontram junto ao Cordeiro e cantar, puxados por Lutero e regidos por Bach ao som do órgão:
Se temos de perder
Família, bens, poder
Se tudo se acabar
E a morte enfim chegar
Com Ele reinaremos!
• Cristiano Rocha Heckert, natural de Juiz de Fora/MG, com graduação, mestrado e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo, reside em Brasília onde é servidor público de carreira do Ministério do Planejamento. Descendente de protestantes alemães, neto do pastor presbiteriano Oseas Heckert, filho de Uriel Heckert, pai de Amanda, é membro da Igreja Presbiteriana Semear em Brasília.
Leia mais
A Reforma Protestante: 500 anos depois
A juventude dos reformadores: um chamado ao amor intergeracional
Contra o que protestam os protestantes?
31 de outubro de 2017: exatos 500 anos depois, tive o privilégio de estar no lugar onde Lutero, sem imaginar à época, começou uma revolução que mudou o mundo e gerou uma história de fé, que chegou até nós.
Já estivera na Alemanha 15 anos antes. Na ocasião, valendo-me de uma oportunidade de trabalho que me fixou por quase um ano na Bélgica, visitei Berlim, Munique, Colônia e a belíssima Aachen. Desta vez, com meus pais e minha filha, éramos três gerações de Heckert (a 4ª, a 5ª e a 6ª nascidas no Brasil), voltando à terra de nossos ancestrais. Além da capital, visitamos Leipzig e Wittenberg. Essa pequena cidade da Saxônia tinha cerca de 3.000 habitantes à época de Lutero e hoje, pouco mais de 40.000. Poderia algo bom vir de lá?
Como disse o pastor que celebrou o culto na Igreja do Castelo, onde Lutero fixou suas 95 teses, mais que um passeio turístico ou mesmo religioso, estávamos ali em uma peregrinação espiritual. Desde que comecei a programar essa viagem, frequentei aulas na Escola Bíblica Dominical, assisti vídeos da série “A Chama Flamejante” e li livros como “Movimento da Liberdade”, da Editora Monergismo e “A Reforma: o que você precisa saber e por quê”, da Editora Ultimato, que foram pavimentando essa jornada em meu coração.
Acima de tudo, porém, reli, algumas vezes ao longo deste ano, a Epístola aos Romanos, que tocou Lutero de forma especial na afirmação: “o justo viverá pela fé” (Rm. 1:17). E, graças a Deus, sabemos fé em quê. Como meu avô gostava de enfatizar: não falamos a língua, não preservamos a culinária e nenhum outro costume; a única herança que nossos antepassados alemães nos legaram e que temos passado de geração em geração é a fé em Jesus Cristo.
“Ninguém que esteve em Wittenberg naquele dia sairá de lá igual”, disse o pastor. O que temos pela frente? Não sabemos, mas como cristãos somos livres para viver, proclamando as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.
Recentemente, ao completar 40 anos, fiz meu primeiro check-up de saúde completo. Segundo os exames, está tudo bem, o que me estimula a continuar caminhando e semeando. Sei, contudo, que, neste mundo sempre mutante, de repente, pode ser que o barco vire e a aquarela comece a se descolorir.
Cabe a mim, então, juntar-me à multidão dos que aqui seguem professando esta fé (somos 900 milhões, segundo a revista The Economist desta semana) e de tantos outros que já se encontram junto ao Cordeiro e cantar, puxados por Lutero e regidos por Bach ao som do órgão:
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• Cristiano Rocha Heckert, natural de Juiz de Fora/MG, com graduação, mestrado e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade de São Paulo, reside em Brasília onde é servidor público de carreira do Ministério do Planejamento. Descendente de protestantes alemães, neto do pastor presbiteriano Oseas Heckert, filho de Uriel Heckert, pai de Amanda, é membro da Igreja Presbiteriana Semear em Brasília.
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